Mais uma jornada... dias 22 a 25 de novembro.
Iniciamos a nossa etapa II em Vilhena
com uma formação junto com nossos formadores regionais. Foram dias de grande
proveito para que o Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio saia da teoria e
seja efetivado em nossas escolas de Rondônia. Cada caderno foi trabalhado por
professores qualificados para servirem de norte para a organização de nossas
oficinas junto aos professores. Ao término dos estudos prévios o sentimento que
me invadiu foi: Educar com qualidade é um desafio que requer vontade,
determinação e coragem.
A ideia inicial era que os estudos referentes a etapa II fossem realizados
em 2015, mas ao aprofundar as reflexões sobre o caderno I, Organização do
Trabalho Pedagógico, percebi o quão produtivo seriam essas reflexões ao término
de 2014, uma vez que poderíamos ter uma semana pedagógica direcionada para as
novas propostas. Apesar de tantas atividades para fecharmos o nosso ano letivo,
com o apoio de nossos professores foi possível realizar esses estudos. Foram
necessários para isso três encontros para contemplamos todo o quadro de
professores e gestão.
Tivemos a alegria de em um dos encontros recebermos a nossa formadora regional Maria Helena, que está sempre disposta a contribuir para que o Pacto seja uma realidade em todas as escolas que coordena.
Pudemos sentir que a
segunda etapa retoma os estudos feitos na etapa I, com um diferencial: que
saiamos da teoria e vamos para a prática.
O
capítulo I aborda a formação humana integral: a articulação entre os direitos à
aprendizagem e ao desenvolvimento humano e a Organização do Trabalho
Pedagógico. Volta a nossa atenção para o que é primordial na educação da
atualidade. Que seja levado em conta o contexto da diversidade cultural:
[...]
levar em conta a origem das famílias e reconhecer as diferenças entre os
referenciais culturais de uma família nordestina e de uma família gaúcha, ou
ainda, reconhecer que, no interior dessas famílias e na relação de umas com as
outras, encontramos indivíduos que não são iguais, mas que têm especificidades
de gênero, raça/etnia, religião, orientação sexual, valores e outras diferenças
definidas a partir de suas histórias pessoais. (BRASIL/ MEC/SEPPIR, 2009, p.
23)
Após assistirmos ao
vídeo do professor Miguel Arroyo refletimos acerca da diversidade na sociedade e
na escola.
Os grupos trouxeram as
seguintes reflexões:
1- A diversidade e a
pluralidade constituem desafio na organização do trabalho pedagógico escolar?
Quais?
Sim.
Na formação do conhecimento, no planejamento, na divulgação, implementação
teórica e na prática da diversidade e pluralidade de nossa nação.
Grupo: Berenice,
Chagas, Marilson e Tatiane
Sim,
pois a escola precisa levar em conta as diversidades que são muitas: Cultural,
econômica, religiosa, familiar entre outros.
Grupo: Jandira Souza Andrade Job. Nelice Selmer
Fiuza.e Maria do Carmo.
2- A pluralidade e a
diversidade podem ser mola propulsora de nova organização do trabalho
pedagógico? Como? Por quê?
A
pluralidade e a diversidade constituem um desafio na organização do trabalho
pedagógico escolar. Visto que é necessário ter um olhar diversificado,
múltiplo, para os sujeitos do nosso trabalho. Fazer um planejamento que atenda
a todos exige conhecimento prévio da clientela como: quais são os seus anseios,
suas limitações, angústias e insatisfações. Para que o docente adquira mais
conhecimento, ele terá que ter tempo disponível. “Há tempo disponível para
isso?”
Grupo: Berenice,
Chagas, Marilson e Tatiane
Disponibilizar
de cursos profissionalizantes, tanto para alunos com para suas famílias,
trazendo a comunidade para a escola. Porque muitos de nossos alunos ao saírem
do ensino médio não têm como continuar os estudos, com o possível curso ele
poderá trabalhar e futuramente pagar a sua própria faculdade.
Fazer
a festa das nações com ensino médio e festas das regiões para ensino
fundamental. Isso fará a aproximação cultural dos alunos.
Propor
reuniões com alunos e professores dando oportunidade para eles exporem seus
anseios e necessidades.
Ter
um acompanhamento mais intenso com alunos em dificuldades disciplinares e de
aprendizagem.
Reunião
com pais nas salas com mais dificuldades, tanto de aprendizagem como
disciplinar.
Grupo: Jandira Souza Andrade Job. Nelice
Selmer Fiuza.e Maria do Carmo.
Outro ponto que o capítulo aborda é a escola
como lócus da formação integral:
trajetórias docentes e reconhecimento das diferentes juventudes. São
apresentados dois modelos de organização da escola de Ensino Médio, que se
constituíram na história da educação brasileira:
O
primeiro decorrente da lógica econômica – formar perfis profissionais para o
mercado de trabalho, em especial destinado aos alunos das classes populares. E
o segundo, destinado à formação das elites dirigentes com vistas ao acesso à
educação superior.
Essa
dualidade estrutural do Ensino Médio historicamente construiu diferentes
políticas educacionais que refletiram dois perfis de formação de professor: Um
destinado à educação geral e outro a educação profissional. Esta dualidade do
Ensino Médio atingiu professores e estudantes nos aspectos formativos e
profissionais, como uma resposta às demandas do contexto econômico; que por sua
vez, distribuiu os estudantes em dois grupos distintos. Um desses grupos, o
maior, direcionado a atender a necessidade de mão de obra; e o
outro, muito seleto, formado para corresponder aos cargos intermediários
e dirigentes da sociedade brasileira.
A pluralidade e
diversidade dos sujeitos (professores e estudantes) são fundamentos a serem
considerados no PPP.
As professoras: Cícera
Maria Felix de Figueiredo, Cíntia L. Navarro da Silva, Franciele B. Sá
Monteiro, Glaucia Lemos Ribeiro e Izabel F. da Silva colocaram que é preciso
haver maior participação e envolvimento nos projetos da escola; o trabalho em
equipe não somente a busca pela nota, mas para o crescimento e conhecimento.
Participação docente na tomada de decisões, quanto às datas de reuniões,
encontros, decisões pertinentes a toda comunidade escolar e principalmente um
representante dos professores nestas (assim aproximará o professor da equipe
gestora e administrativa.)
Também em conversa com
os alunos verificaram que a democracia nas escolas ainda não teve grande
avanço. Esses compreendem que este é o caminho, porém a maioria da classe estudantil não entende o
verdadeiro significado da mesma, e acham que o objetivo é barganhar algo para
si próprio e não exercem o seu papel de acompanhar os avanços e recusar o que
não está certo ao ponto de lutar por seus diretos. Por este motivo a
implantação do grêmio estudantil é peça chave na democracia escolar.
Por fim, as professoras
refletiram sobre os problemas que precisam ser resolvidos imediatamente na
escola, que é a participação nas decisões, maior autonomia e acompanhamento do
professor junto às decisões com a equipe gestora. As nossas falas têm que
condizer com a nossa conduta (ex. mau humor na sala vai trazer resultados
ruins). As manifestações são diversas, pois ainda persiste a ideia de que uma
parcela (grande) dos alunos estuda para conseguir trabalho enquanto a minoria
busca e almejam uma vaga na universidade garantindo um futuro promissor. Foi
observado que na semana pedagógica foi debatido e fizemos algumas mudanças, em
alguns projetos, mas que na prática não foram alterados e causaram desmotivação
e frustrações para os professores. Assim, requer que cada segmento tenha
comprometimento e seja organizado em sua função para que o trabalho em equipe
funcione.
As professoras Cláudia
Liege e Lea chegaram à conclusão que os problemas que precisam ser resolvidos
imediatamente na escola são:
- Os
alunos terem mais responsabilidade com a aprendizagem;
- Maior
entrosamento dos professores de todas as áreas;
- Resgatar
os sonhos dos alunos, o que querem ser no futuro.
Chamaram a atenção para
o fato de que até agora não foram feitos trabalhos sistemáticos para atingir os
problemas acima citados. Apresentaram sugestões que contribuir para mudar essa
situação:
- Os
alunos levarem mais a sério os estudos que o governo propicia, tendo uma
conscientização da necessidade de estudar.
- Reunir
os professores e discutir o conteúdo programático (interdisciplinaridade);
- Mostrar que tudo o que é conquistado na vida não vem de graça e sim com trabalho e estudo.
Outro
ponto importante que o caderno trata é a efetivação do novo redesenho
curricular que deve ser baseado nas Diretrizes Curriculares Nacionais o que se
torna inviável se não houver a valorização e interpretação do planejamento
participativo: Projeto Político-Pedagógico, Proposta Pedagógica Curricular,
Plano de Trabalho Docente, Regimento Escolar e Estatuto(s) como mediações para
a Organização do Trabalho Pedagógico Escolar.
Refletimos que não é possível mais concebermos uma
educação em que nós professores planejemos
solitariamente. Faz-se necessária a interação entre a mesma disciplina e entre outras
disciplinas. Busca-se, neste planejamento, a articulação entre os conteúdos e
seus significados para a formação humana integral.
As
professoras Cláudia Lúcia e Cleonice, a partir de reflexões, concluíram que “os trabalhos pedagógicos na
educação, ou seja, o plano de trabalho dos docentes, para que aja um
funcionamento da política educacional o trabalho tem que acontecer em rede.
Devemos analisar as diferença nas diversas áreas social, econômica, política e
cultural e, deverão estar embasados na legislação brasileira, diretrizes e
parâmetros curriculares para que assim possam acontecer os projetos, os planos
os regimentos e estatutos educacional. A
escola precisa absorver a todos esses fatores e repensar suas ações, pois assim
poderemos alcançar os nossos objetivos”.
As professoras Juliana, Cássia, Glaucia e Áida, após analisarem o
esquema acima apresentaram as seguintes reflexões:
A população brasileira é resultado do processo de miscigenação racial,
refletindo na grande diversidade de grupos étnicos, estes trazem consigo uma
gama de hábitos e costumes diferenciados. Dessa forma estas diferenças,
refletem na sociedade na qual estão inseridas. No contexto educacional elas
ficam evidenciadas, assim, o grande desafio é: como trabalhar com tantas
diferenças, sem perder o foco, nem o direcionamento? Não adianta só criar leis
é necessário o apoio técnico ao professor, que atualmente se sente pressionado,
sobrecarregado, desmotivado financeiramente, solitário em suas angústias, não
consegue mais gerenciar sua atividade, perdeu a direção, não sabe mais qual sua
atribuição, ou seja, ser professor, psicólogo, médico para diagnosticar casos graves de deficiência e desequilíbrio
emocional, assistente social, tem que atuar com as famílias e .......
Portanto, por muito tempo ignoradas as diferenças, tanto em relação a
grupos étnicos, desigualdade social, de
gênero, pessoas com deficiências, é uma gama de pequeninas formas de
expressar-se e demonstrar suas habilidades e capacidade, mas na atualidade não é mais possível ignorá-las, ou tratar o
sujeito(aluno) com descaso já que muitos necessitarão um atendimento
especializado(como é o caso dos deficientes). Assim a Lei de Diretrizes e Bases
(LDB) da Educação já prevê esta mudança no contexto da pluralidade e
diversidade cultural e no respeito à vida e a dignidade humana.
De
acordo com as LDB o PPP (projeto político pedagógico) manifesta a identidade
escolar e o mesmo tem que atingir a todos colocando em prática as forças
coletivas possibilitando a busca da qualidade da educação escolar. O PPC
articula as relações entre LDB e as PCNEM reafirmando o significado da
participação da escola e dos professores na construção de redesenhar o
currículo do ensino médio. O PTD tem que acontecer de forma interativa entre os
docentes para eliminar o planejamento solitário.
O
Regimento e Estatuto – é a síntese da normativa escolar que apresenta como
finalidade assegurar a execução dos objetivos pedagógicos e sócio educacionais
no projeto da escola direitos e deveres, disciplina as atividades onde todos
devem ser educadores seja qual for sua função dentro da escola.
Foram discutidos também
os principais problemas da escola (Ensino Médio), os impactos desses problemas e
propostas ações para mudar essa realidade, com vistas a reconstrução do PPP em
2015:
PROBLEMAS
(o que precisa ser mudado)
|
IMPACTOS NEGATIVOS
(do problema)
|
AÇÕES
(para resolver o problema)
|
1- Indisciplina
|
Dificuldade do ensino aprendizagem.
|
Projetos esportivos;
Efetivação de diálogos entre gestores,
docentes, discentes e funcionários.
|
2-Estrutura inadequada
|
Dificuldade na efetivação das atividades
aplicadas.
|
Rever as ações propostas pelo PPP;
Repensar as ações filosóficas. (ideológicas)
|
3-Invisibilidades para execução de aulas de
campo
|
Falta de aproximação entre a teoria e a
pratica.
|
Criar parcerias com instituições ou órgãos
nas mais diversas áreas.
|
4- Carga horária extensa.
|
Tempo de planejamento insuficiente ou
reduzido.
|
Redução de carga horária.
|
5- Ineficiência na execução da
interdisciplinaridade.
|
Dificuldade em se alcançar o objetivo.
|
Execução da interdisciplinaridade.
|
Professoras: Cláudia Lúcia Leitão de Figuerêdo
Cleonice de Moura Fonseca Viana
PROBLEMAS
(o que precisa ser mudado)
|
IMPACTOS
NEGATIVOS
(do
problema)
|
AÇÕES
(para resolver o problema)
|
1- Autonomia
|
As leis delimitam muito e não permitem que realmente as escolas sejam
“autônomas” exemplo sistema de avaliação.
|
?
|
2-Participação
de Pais
|
Não acontece na semana pedagógica.
|
Trazer os pais que estão inseridos no Conselho Escolar a participarem
efetivamente do PPP.
|
3- Divulgação do PPP final.
|
Não temos o PPP finalizado de fácil acesso, sempre tem que procurar e
tal.
|
Promover de forma expositiva no mural, impresso e digitalizado para
cada professor
|
4- Projetos
|
Muitos projetos que dificultam trabalhar o conteúdo em sala de aula.
|
Retirar alguns, reformular outros e na semana Pedagógica deixar
decidido os coordenadores e colaboradores, pois sobrecarregam alguns e outros
não fazem nada em nenhum projeto.
|
5- Conselho de Classe
|
Péssimo, acredito que devem pedir a opinião dos professores referente
a que abordar no conselho pois tentam
fazer um diagnóstico geral que não é bom. O tempo é
insuficiente.
|
Entrar em consenso no que abordar no conselho. Marcar data com
antecedência consultar os professores antes, pois não está sendo eficaz do
jeito com que vem sendo feito.
|
Professoras: Cássia, Gláucia, Áida e Juliana.
O último capítulo,
também de grande importância para a efetivação das mudanças propostas, tratou
do papel do gestor em promover com os coordenadores pedagógicos a possibilidade
da realização de formações continuadas.
A organização do trabalho pedagógico na escola requer compreender,
inicialmente, qual a natureza desse trabalho e quem são seus atores. Vale
ressaltar que na escola todos realizam trabalho de natureza educativa:
os docentes, o gestor, os coordenadores pedagógicos e os demais profissionais
da educação: funcionários que atuam nas áreas de infraestrutura (limpeza,
segurança), administrativa, alimentação escolar, laboratórios e, também, os
estudantes.
Como
última atividade, cada professor analisou como o conselho escolar tem sido
trabalhado em nossa escola, uma vez que Lima (2012) afirma que:
Reside
no Conselho de Classe o espaço apropriado para avaliação do processo de ensino,
mas que este é deixado de lado sob a pressão das forças tradicionais que cedem
lugar à mera expressão numérica dos resultados da avaliação da aprendizagem.
Em alguns casos, o Conselho de Classe significa simplesmente, um espaço para
leilões de notas, conceitos e menções. O desejo exagerado por anunciar apenas
os resultados, tem ocasionado a fragilização do processo de avaliação que perde
sua importância pela ênfase nos resultados descontextualizados da realidade
onde foram originados. (WERLE, 2010)
Nesta mesma linha de
raciocínio, Dalben alerta que o papel do Conselho de Classe no cotidiano
escolar tem sido mais o de reforçar e legitimar os resultados dos alunos, já
fornecidos pelos professores e registrados em seus diários, e não o de
propiciar a articulação coletiva desses profissionais num processo de análise
dialética, considerando a totalidade. (DALBEN, 1994, p. 114).
O Conselho de Classe
precisa responder a alguns questionamentos: O que o estudante aprendeu, o que
ele ainda não aprendeu, o que foi realizado para que ele aprendesse e,
finalmente, o que pode realizar para que ele ainda aprenda. (BRASÍLIA-DF,
2014). Nesta perspectiva, o gestor escolar realiza a gestão pedagógica da
escola com vistas à garantia dos direitos de aprendizagem de todos os
estudantes. Quando afirmamos a gestão pedagógica, reiteramos a inadiável organização
do trabalho pedagógico com base na Proposta Pedagógica Curricular, reconhecendo
que as ações pedagógicas decorrem desse núcleo, o que pressupõe a garantia de
algumas condições materiais objetivas, como uma ampla compreensão dos
fundamentos curriculares e planejamento coletivo da prática docente, com a
finalidade de articular os componentes curriculares, as metodologias de ensino
e as práticas avaliativas. As análises decorrentes das práticas dos Conselhos
de Classe constituem espaço propício para fazer o acompanhamento e avaliação
das práticas docentes e discentes.
Seguem algumas reflexões de alguns
professores:
No
conselho de classe de Dezembro de dois mil e catorze foram abordadas algumas
situações, como por exemplo, os alunos de recuperação, os desistentes, a
questão da IPP (Intervenção Processual Pedagógica), ainda foi discutido sobre
os educandos quem vêm de outras escolas sem notas nos bimestres anteriores.
No
momento algumas sugestões foram encaminhadas. Em relação aos alunos de
recuperação, os professores foram
alertados a recolher as assinaturas de todos, os mesmos também foram
questionados quanto a IPP, sobre os alunos que não tem nota em determinados
bimestres foi dito que fica a critério do professor a resolução do problema, ou
seja, poderá ser aplicado um trabalho, uma prova ou repetir a nota adquirida em
outro bimestre.
Durante
a conversa houve muitas queixas sobre as leis e procedimentos atuais na
educação, pois os mesmos têm tornado o trabalho do professores e gestores ainda
mais difícil, além disso, foram comentados alguns problemas como, a falta de
compromisso de professores e alunos, a indisciplina em sala de aula e o
desencontro de informações entre os gestores da escola.
Quanto
ao ensino e aprendizagem não houve grandes comentários, visto que se tratava do
último conselho do ano, tornando assim desnecessário alguns assuntos.
Em relação às práticas democráticas sempre
acontece salvo em algumas situações. Neste
conselho não houve decisões importantes, somente a questão dos alunos que vêm
sem nota para escola, neste caso cada integrante pode dar sua opinião e a
decisão foi feita democraticamente.
Os
conselhos acontecem com frequência, porém algumas mudanças devem acontecer.
Primeiro, deixar de ser prioridade saber quem ficou ou não de recuperação, ao
invés disso, encontrar caminhos para que o índice diminua ainda propor
caminhamentos individuais para cada situação, discutir as práticas positivas e
negativas, contar com a participação de alunos responsáveis neste processo,
além disso, repensar meios para facilitar o dia a dia de educador e educando em
sala de aula, ou seja, regras e conscientização dos alunos em relação ao ensino
e aprendizagem, já que, o nosso maior problema é a indisciplina e não a
dificuldade de aprendizagem, exceto em poucos casos. Muito é feito, mas com
certeza com empenho de todos é possível fazer mais por nós educadores e por
nossos alunos que é o principal foco da educação.
Professora: Jandira Andrade Job
O
principal objeto do Conselho de Classe é o ensino e suas relações com a
avaliação da aprendizagem. Nesse sentido, a importância do Conselho de Classe,
está na possibilidade e capacidade de leitura coletiva da prática e, diante do
reconhecimento compartilhado das necessidades pedagógicas, mobilizarem esse
coletivo no sentido de alterar as relações nos diferentes espaços da escola.
Torna-se
necessária a participação de todos os segmentos nos Conselhos de Classe,
assumindo assim, suas parcelas de responsabilidade na efetivação do Projeto
Político-Pedagógico da escola e assegurando a função desta instância colegiada,
como um dos mecanismos de gestão democrática da escola.
Segundo
Dalben, um novo Conselho de Classe só será possível de ser efetivado quando os
sujeitos que o integram apoderam-se, conscientemente, dele, colocando-o a
serviço de seus propósitos, articulando-o com um Projeto Político Pedagógico
comum. Desta forma o Conselho é um espaço educativo gerador de ideias, que
deverá dar conta de importantes questões didático-pedagógicas, possibilitando
assim, aprendizagem efetiva a todos os alunos e ao professor uma reflexão da
sua própria prática. Ao refletir sobre seu próprio trabalho, o professor terá
oportunidade de construir novas teorias, novos esquemas e novos conceitos,
adquirindo um novo olhar pedagógico que se refletirá no espaço de sala de aula.
Portanto,
há necessidade de se rever as reais finalidades do Conselho de Classe, como instância
integradora da organização social e do trabalho desenvolvido pela escola.
Professora: Cíntia Navarro
O
primeiro impasse é a falta de organização da equipe escolar, pois ainda
tínhamos professores aplicando provas bimestrais e desta forma não foi possível
diagnosticar em todas as disciplinas o ensino-aprendizagem e a nota final dos
alunos causando insatisfação de muitos professores e até mesmo dos alunos que
perguntam por que alguns já terminaram e outros não? Ai quem termina antes do
calendário escolar fica como bom e o outro que está seguindo o calendário e
segurando o aluno até na data correta fica como irresponsável.
Em
relação aos alunos a primeira problemática abordada foram os alunos que faltam muito durante o bimestre perdendo atividades, conteúdos, matando aula
comprometendo o ensino-aprendizagem dos mesmos. Segundo ponto, alunos que vêm
de outra escola sem nota de bimestre anterior por vários motivos: sem
professor, não avaliaram parcialmente, tinham sistema de avaliação diferente.
Os
encaminhamentos não foram feitos, pois o conselho foi para levantamento dos
alunos aprovados e diagnosticar os que ficaram para recuperação desta forma não
foi tratado sobre aprendizado somente notas baixas.
Durante
o conselho escolar são várias as queixas dos professores em relação dos alunos
devido a falta de compromisso dos mesmos, quando falamos de queixa é dito no
sentido de expressar com os colegas também professores comportamento ruins do
aluno enquanto quando dizemos problema é quando temos fatos e situações em
comum que precisa de uma intervenção geral com participação de todos gestão
escolar, orientador, professor, pais e responsáveis.
Diante
de um conselho escolar de final de ano não tivemos muitas sugestões na verdade
foi pedido para ser verificado na CRE coordenadoria regional de ensino o que
deveria ser feito com os alunos vindos de outras escolas sem notas de bimestre
anterior? Pois, diante destas situações gostaríamos de como professores sermos
respaldados pelas atitudes de acordo com as normas do estado e não como achamos
que devemos dar a nota que não temos.
Em relação a práticas de
gestão democrática, não podemos fazer muito diante das problemáticas abordadas,
mas estamos percebendo o quanto devemos estudar as normas e leis que regem a
educação.
Teoricamente o conselho de classe deveria
discutir o ensino aprendizagem, o andamento da turma em geral, convivência
entre os alunos, parecido com o que é citado por Lima (2012), mas na prática
não conseguimos praticá-lo da forma correta, pois são tantas as angústias
referentes à indisciplina dos alunos, falta de compromisso dos mesmos, falta
excessivas nas aulas que na verdade tratamos destes alunos o que fazer com eles
para tentar melhorar as notas mesmo ele não querendo aprender. O método
tradicional é necessário sim, pois não conseguimos tratar de forma geral dos
nossos alunos e sim de forma individualizada como já estudamos no caderno de
tarefa, os alunos são diferentes, tem tempo e forma diferente de aprendizagem
as quais ainda não conseguimos chegar a todos propiciando um
ensino-aprendizagem igual para todos, com esta fala não digo que devemos
continuar com o método tradicional mas complementá-lo, o problema é que não
existe uma regra para todos os casos e como foi respondido pela CRE fica a
critério da escola resolver a nota do aluno. Então deixo a questão... será que
estamos preocupados com nota ou com aprendizado? Pois o conteúdo que este aluno
não viu ele não terá como ver, a nota podemos avaliar pelo que foi lhe passado,
mas o que ele perdeu?
Nem
tudo podemos resolver de forma justa e coerente pois até a onde a lei nos
ampara?
Precisamos
estudar a fundo a LDB e o regimento escolar, estadual e quaisquer outros
documentos que possa nos amparar e ajudar a resolver alguns problemas que nos
surgem durante o processo de ensino.
Professora: Juliana Bessa
Professora: Juliana Bessa
Assim, concluímos os estudos relacionados ao
caderno I: Organização do Trabalho Pedagógico no Ensino Médio, com a certeza de
a mudança é urgente e necessária. Afinal, nossos alunos precisam voar.