sábado, 8 de novembro de 2014

ENCERRAMENTO SISMÉDIO - ETAPA I

     No dia sete de novembro, nós professores da E. E. E. F. M. Aluízio Ferreira, tivemos a alegria de concluirmos os estudos referentes à primeira etapa.
     Eu não poderia iniciar o encontro sem antes agradecer àquele que move e sustenta todas as coisas. Aquele que me deu forças para conciliar meu lado espiritual, família, vinte e sete  aulas e formação. Assim, refletimos através da música: Amar como Jesus amou interpretada pelo padre Marcelo Rossi.


      Na sequência, a professora de Geografia Áida Dominato ofertou a cada colega uma linda mensagem.
      Então, foi o momento de começarem os depoimentos referentes à formação. Cada professor recebia um cartão com uma qualidade sua marcante e expunha seu ponto de vista em relação aos estudos.


 


 










        Confesso que as palavras ouvidas foram molas que me impulsionaram para ir ao encontro em Vilhena desejosa de voltar pronta para que a segunda etapa seja tão boa, ou ainda melhor que a primeira. Não digo isso no intuito de valorizar o meu trabalho, mas o empenho e a dedicação de todos os professores em cada atividade que lhes foi proposta. Sei que alguns orientadores não tiveram esse privilégio que tive. Uma equipe grande, vinte e cinco professores e uma coordenadora pedagógica, que sistematicamente compareciam aos encontros e estavam empenhados em refletir sobre cada caderno estudado. Sem contar que tivemos encontros em que passamos o dia todo na escola. Não havia desculpas, mas se buscavam estratégias para que pudéssemos chegar a esse momento.






        Concluo essa postagem com a vivência da professora de Língua Portuguesa Jandira.

RENOVAR SEMPRE, 

MAS SEM PERDER A ESSÊNCIA





Ao ser convidada a participar do pacto, logo veio a mente o desafio que seria incluir mais um trabalho entre tantos que já tenho, como professora, dona de casa, esposa, mãe, igreja, enfim, são vários. Porém, refletindo sobre o assunto cheguei a conclusão que não devo conformar somente com a minha formação e parar, pois tudo vai mudando com o passar dos tempos e  como educadora devo  estar sempre buscando novos caminhos para o melhoramento próprio e dos meus alunos.
No decorrer do curso constatei que os trabalhos tornaram-se bastante interessantes, os encontros descontraídos com a participação de todos, uma equipe animada, isso fez um bem enorme para mim, nesses momentos o grupo pode compartilhar experiências positivas e negativas levando todos a reflexão para encontrar soluções e não culpados. Além disso, a orientadora, Telma Rocha, conduziu essa primeira etapa com muita eficiência, tanto nos estudos como na organização de dias e horários, facilitando assim, o bom desempenho de cada um. A maior parte das atividades foram coletivas, o que facilitou a realização das mesmas, além de torná-las mais atrativas e proveitosas. As atividades individuais também foram bem conduzidas pela a orientadora do curso, podendo ser realizadas sem grandes dificuldades.
Em relação aos conteúdos dos cadernos, concordo com a maior parte deles, mas alguns pontos devem ser repensados. Vejamos alguns pontos:
Ao estudar o primeiro caderno do pacto, foi possível perceber os avanços que houve durante todos esses anos em relação à educação. Não há como negar a melhoria na qualidade do ensino, principalmente nos quesitos como, o acesso às escolas, ao profissionalismo dos educadores, aos incentivos aos educando, mas por outro lado perderam-se os valores, o amor à pátria, o respeito aos pais e aos professores. Com isso, a educação também perdeu o rumo.
Sabe-se que o ensino pode e deve ser melhorado, porém se algo não for mudado na mente da nossa sociedade, toda essa busca em avançar, será em vão. Para que aconteça essa mudança tão esperada por todos é preciso descobrir meios para compreender os anseios dessa juventude em conflito.
Já no segundo caderno foi possível perceber que jovens e professores estão em conflito. Do ponto de vista da maioria dos professores a juventude atual não tem colaborado para um bom desenvolvimento do ensino, por outro lado são constantes as reclamações dos estudantes em relação aos professores, pois os mesmos veem seus educadores como opositores e não como mediadores.
Os educadores veem sofrendo ultimamente com a brusca mudança de comportamento dos seus educando, visto que nossa juventude tem vivido uma realidade em que os valores antigos já não têm tanta importância para os mesmos, ou seja, os conceitos de valores são outros, vivemos em uma sociedade fragmentada, onde a maioria das famílias não possui mais os princípios que regem uma boa conduta. Com isso nossos jovens parecem estar perdidos, principalmente em relação aos estudos e consequentemente ao seu futuro.
Os jovens, por outro lado, não encontram respostas as suas dúvidas em seus professores, pois há muitas vezes uma barreira entre o “velho e o novo” os anseios não são supridos na escola, talvez porque a escola e professores não estão preparados para tal realidade. Percebe-se essa disparidade quando entra a questão da tecnologia. Essa nova geração tem acesso a todo o momento aos inúmeros meios tecnológicos, mas ao mesmo tempo não sabem usá-los adequadamente, a rede de ensino do nosso país incluindo os educadores, não estão preparados para dar suporte a esse avanço desenfreado da tecnologia.
As discussões feitas nos encontros do pacto têm como objetivo descobrir meios para que possam ajudar nesses conflitos, como encontrar soluções para os problemas existentes, não achar culpados, mas buscar o caminho menos doloroso para ambas a partes.
No terceiro caderno foi abordada a questão das grades curriculares. Nelas devem trazer a realidade de cada escola, porém é preciso levar em consideração o currículo nacional para que todos os estudantes de todo o país tenham a mesma oportunidade, além disso, propor aos jovens algo concreto, ou seja, que os ajude a se prepararem para o futuro.
Mas qual seria a necessidade maior dos jovens hoje? Talvez seja preciso incluir atividade além dos conteúdos disciplinares, como projetos que levam à reflexão sobre os problemas sociais do país, ao pensamento crítico, pois cabe a eles elaborarem suas próprias experiências na construção do novo.
Com este objetivo vale repensar a ideia dos cursos técnicos dentro da escola, visto que as pesquisas mostram um número grande de jovens que não ingressaram no ensino superior. Isso devido vários fatores, mas o principal é a falta de recursos financeiros, por isso, precisam trabalhar para ajudar no sustento da família.
No intuito de diminuir estas dúvidas ou entender melhor as necessidades dos alunos, houve um diálogo entre eles e os professores da escola, onde pôde perceber que falta muito para se chegar ao ideal, mas ficou clara a grande possibilidade de alcançar o objetivo.
No quarto caderno vimos que formação tanto intelectual quanto humana está nas mãos dos educadores, pois esses têm, ou melhor, deveriam ter o dever e a capacitação para ensiná-los. No entanto, essa realidade está longe de ser alcançada em nosso país.
Sabe-se que o papel do educador vai muito além de passar conteúdo para o aluno, antes de tudo um ser humano precisa entender o porquê está em uma sala de aula, ter em mente seus objetivos e ser acima de tudo um bom cidadão. Porém, quando o professor se depara com as situações adversas no dia a dia sente-se tão incapaz que às vezes pensa até em desistir, visto que sua vontade é transformar e não conformar com a situação.
Entende-se também, que um profissional depende de outros para desenvolver um bom trabalho, ou seja, é preciso capacitação de todos os profissionais da área para desenvolver um bom trabalho, mas capacitação na formação humana e não somente em uma disciplina ou em qualquer setor.
Por isso, a formação continuada tanto de professores quanto dos demais profissionais da escola é indispensável, mas para alcançar essa interação depende de muito esforço por parte dos educadores, de toda sociedade e apoio dos governantes, podendo iniciar com atitude de cada um de nós.
Os cadernos cinco e seis foram muito importantes, pois falaram das avaliações e administração escolar. Foram quebrados alguns conceitos sobre avaliação, conhecemos um pouco mais sobre administração da escola, expomos nossas opiniões no trabalho realizado em grupo.
Durante esse processo de formação já pude observar algumas mudanças, principalmente na maneira de eu agir com os alunos, mais flexibilidade, mais segurança, são pequenas mudanças, mas o suficiente para ouvir alguns comentários como, “nossa professora que legal essa atividade”, ainda um dia desses quando eu cheguei a uma sala e entreguei a atividade para os alunos, um deles disse: até que enfim, uma coisa legal. Embora dizendo num tom de ironia, eu fiquei feliz, afinal tudo que um professor quer é que os seus alunos mostrem interesse pelas aulas.  Cheguei ao final dessa etapa com muito confiança e espero que a próxima seja ainda melhor.
 “Dizem que a vida é para quem sabe viver, mas ninguém nasce pronto. A vida é para quem é corajoso o suficiente para se arriscar e humilde o bastante para aprender.” Clarice Lispector

Professora: Jandira Job


      Acredito que o meu sorriso demonstra o quão satisfeita estou com a nossa equipe.



Que venha a segunda etapa... estamos prontos!