CADERNO II- CIÊNCIAS HUMANAS

“A MINHA ESCOLA NÃO TEM PERSONAGEM, A MINHA ESCOLA TEM GENTE DE VERDADE”.
Legião Urbana

                Nos dias 03 e 04 de março, iniciamos as nossas reflexões referente ao Caderno Ciências Humanas através da dinâmica: “Você tira o chapéu”? Uma atividade para estimular a autoestima, que muitas vezes está em baixa. Cada colega teve a oportunidade de elencar suas características marcantes e perceber o quanto cada um de nós é importante e singular. 

          “Valorizar a si mesmo é o primeiro passo para se valorizar o próximo”.

         O objetivo do caderno, que inclui as disciplinas de História, Geografia, Filosofia e Sociologia; é o de reconhecer o quanto os componentes curriculares da área das Ciências Humanas podem, e devem, contribuir para o processo qualificado de universalização do ensino.

       O primeiro tópico, A integração entre as Ciências Humanas como projeto pedagógico, foi apresentado pelos professores de História: Leandro e Gláucia. Proporcionaram ao grupo um percurso em algumas camadas historicamente sobrepostas das quais emergem o legado das Humanidades, com o objetivo dessa educação integrada.

              Passeamos pela paideia grega: a formação do cidadão; as artes liberais romanas: a formação do orador; as Humanidades renascentistas: a formação literária; as especialidades e disciplinas modernas: a formação do cientista; as Ciências Humanas contemporâneas: a formação do especialista.

            Assim, em meio a tantas heranças e tradições disciplinares, propor e realizar a integração e a interdisciplinaridade entre as Ciências Humanas como projeto pedagógico no Ensino Médio brasileiro, na atualidade, não é tarefa simples, envolvendo desafios, dilemas, mas também possibilidades.

        Não se pode esquecer que “Integrar não é unificar”.  É preciso “reimaginar as fronteiras” disciplinares não de uma única perspectiva particular, mas das várias perspectivas que, no âmbito da Educação Básica, cada componente curricular pode oferecer. Com essa variedade e diversidade, com imaginação e reflexão, por meio de práticas curriculares inventivas, repensam-se as fronteiras disciplinares, sem pretensões de anulá-las.

            Desenvolvemos em grupos a atividade Reflexão e Ação I que propõe a discussão o que significa o “encargo da compreensão”.

           

              A seguir seguem algumas reflexões dos colegas:

      A interdisciplinaridade é a integração das mais diversas áreas, com propósito de promover uma abrangência maior do conhecimento para um determinado conteúdo, explorando dessa forma todas as informações possíveis, não estando assim limitada. Dessa forma, deve ser discutido, refletido pelos professores, pois colocar a ideia em prática é um desafio, já que praticá-la não se deve esperar consenso de todos. Esperar essa compreensão e ação de forma homogênea é uma utopia, mas que pelo menos, os mais conscientes de seu papel em sociedade, atuem e infiram em questões que são desafios de todos os cidadãos. Além do que, o professor tem a responsabilidade de formar cidadãos críticos e sociáveis. Colocar a ideia em prática exigirá: adequação ao conteúdo programático, metodologias alternativas e boa vontade do professor para organizar sua aula. Cabe aos docentes se identificarem quanto às vantagens e viabilidade de utilizarem essa metodologia nas salas de aula. É importante que a educação se desenvolva e promova discussões relacionadas à economia, à política, às pessoas, ao mundo. Afinal, as escolas têm a responsabilidade de formar cidadãos críticos e sociáveis.

       Professoras: Aida Dominado Gonçalves, Claudia Liege, Cláudia Lúcia, Juliana Bessa e Maria do Carmo.

       A interdisciplinaridade possibilita a interação entre as várias áreas de conhecimento proporcionando o fortalecimento do conhecimento social.

É importante que professor tenha uma visão ampla, contemplando uma compreensão dos conceitos básicos das áreas afins. Torna-nos mais conectados com a evolução educacional, possibilitando uma fronteira maior de conhecimento. O conteúdo do componente curricular referente a ciências naturais que pode ser trabalhado de forma interdisciplinar é sobre a Fotossíntese. Esse tema abrange as disciplinas de biologia, química e física:    

·         Na Biologia (Nutrição das Plantas).

·         Na Química (Processo de formação da glicose).

·         Na Física (Luz e a calorimetria).

Professores: Chagas, Ricardo e keila.

       As disciplinas quando são trabalhadas na interdisciplinaridade elas se complementam trazendo para o aluno uma abordagem mais ampla. Para se desenvolver tal prática, requer-se:

• Socializar com os colegas professores o que cada um vai abordar dentro do tema proposto;
• Preparar os materiais e mídias que serão utilizados para a explanação do tema;
• Buscar o interesse do aluno em relação à aplicação do tema proposto, esperando que os mesmos aceitem e levem para a prática diária.

Um trabalho a ser desenvolvido, como sugestão, é o trabalho com a História da Matemática.  “Quem foi Pitágoras e sua contribuição matemática para a humanidade”.

     Professores: Gláucia Mendes, Cíntia Navarro, Marilson Turini e Antônio Assis.

       A interdisciplinaridade não só exige compreensão e visão mais ampla de vários conhecimentos como também de conhecer a disciplina curricular. É necessário que além de buscarmos conhecimento nessa interdisciplinaridade, também conhecer formas de adequação ao ensinar, conduzindo o aluno a ter uma melhor compreensão da realidade, utilizando métodos corretos, facilitando a assimilação da aprendizagem. O encargo da compreensão consiste em ser capaz de compreender os objetivos das outras disciplinas e o que elas buscam enquanto ciência, para que eu consiga aplicar em sala. Não significa, no entanto, que a disciplina deixe de ser específica, mas que elas precisam “conversar” entre si.

            Professores: Claudete, Franciele, Izabel e Léa.

       A interdisciplinaridade exige especialmente a compreensão do seu significado, ou não teremos a oportunidade de trazer essa prática ao nosso meio. Por isso, alguns colegas são contrários ao projeto. Além disso, essa didática exige compreensão e um objetivo em comum, para que a ideia seja difundida. Este curso está nos proporcionando esta compreensão e a aceitação dessa nova ideia. Não esquecendo que no nosso cotidiano o tempo é muito escasso e estamos muito sobrecarregados, pois devemos estar sempre nos reunindo e planejando. O tema escolhido por nosso grupo foi às formas de disputas dos jogos (Chaveamento em forma do diagrama). Trabalho esse que pode ser desenvolvido por ocasião dos jogos interclasse que todos os anos são promovidos na escola. Professoras: Cleonice, Glaucia e Jandira.

         Em grupos refletimos sobre o tópico II: Os estudantes – sujeitos do Ensino Médio – e os direitos à aprendizagem e ao desenvolvimento humano na Área de Ciências Humanas.  Focalizou-se a partir das DCNEM (BRASIL, 2012), com destaque para a centralidade dos jovens estudantes como sujeitos do processo educativo tal como proposto no Parecer no 05/2011 do Conselho Nacional de Educação (BRASIL, 2011).

            Foram discutidas questões como:

• As Ciências Humanas são valorizadas pelos jovens estudantes?    
• Os estudos tradicionalmente propostos pela área das Ciências Humanas se aproximam dos interesses e necessidades dos estudantes do Ensino Médio?

            Destacamos o legado mais importante das Ciências Humanas que é o de “FOMENTAR CONHECIMENTOS EMANCIPATÓRIOS, VOLTADOS AO ENFRENTAMENTO DE DILEMAS DE NOSSA CONTEMPORANEIDADE”.

            Foi proposta a realização de uma produção de texto em todas as salas de Ensino Médio, divididas entre os professores cursistas e orientadora de estudos. A temática era conforme indicação do caderno na atividade de reflexão e ação II. Os alunos mencionariam seus valores atuais, seus planos para o futuro, e como eles se imaginam daqui a 10 anos.

            Ainda no primeiro encontro relacionado ao caderno, estudamos o capítulo III que trata dos eixos que devem integrar o fazer pedagógico: Trabalho, Ciência, Cultura e Tecnologia. O professor Antonio Assis, de forma muito dinâmica e clara tratou do assunto.

     Dentre os pontos abordados destacou-se a pesquisa como o princípio pedagógico, em que o planejamento de estratégias de investigação ultrapassem a pura e simples dimensão do ensino para abranger a aprendizagem significativa, duradoura e transformadora. Dessa forma, os alunos passam a serem  ativos na construção do seu próprio conhecimento.

          A tecnologia, como uma das dimensões, auxilia tanto como método de abordagem como estratégia por tornar menores as distâncias, o mundo mais conectado e a aprendizagem mais atraente aos jovens nativos digitais.

     As categorias trabalho e economia são fundamentais para a compreensão de desigualdades sociais, de relações hierárquicas, de formas de estratificação social (classificação das pessoas de acordo com seu poder aquisitivo), de diferenciação social e da construção de identidades coletivas.

         O conhecimento científico pode ser apresentado ao estudante por meio de estratégias pedagógicas que estimulem a curiosidade e o estranhamento, desafiando-o a pensarem sobre si e sobre o outro.

      A construção da cidadania só existe com a valorização do patrimônio cultural de uma dada comunidade, região e nação.

       Por isso, as Ciências Humanas tem um papel fundamental na construção da cidadania dos brasileiros, quando auxiliam no processo de reconhecimento e valorização dos saberes e das identidades dos estudantes e de seus familiares.

        Nos dias 17 e 18 de março, por ocasião do segundo encontro relacionado aos estudos do caderno Ciências Humanas, houve a socialização de um dos textos de cada sala. Foi possível perceber bem enraizados na maioria dos alunos valores familiares, religiosos, perspectivas de prosseguir nos estudos. Foi uma atividade bem proveitosa, pois fez com que conhecêssemos esse sujeito com o qual temos contato em nossas salas de aula. 

         Refletimos sobre o vídeo: O poder das palavras. 

        Quanto cuidado precisamos ter no contato com essas juventudes que nos cercam! Nossas palavras tanto podem construir, quando destruir.

            Por fim, estudamos o último capítulo: Possibilidades de abordagens pedagógico-curriculares na Área de Ciências Humanas. Elencamos dois temas: Valorização da cultura afrodescendente e o Resgate das memórias no âmbito escolar.

        No dia 17 um grupo de professores organizou um projeto interdisciplinar que foi intitulado: “PROJETO CONSCIÊNCIA NEGRA: EDUCAÇÃO NÃO TEM COR”.      Historicamente, o Brasil, no aspecto legal, teve uma postura ativa e permissiva diante da discriminação e do racismo que atinge a população afrodescendente brasileira até hoje. Nesse sentido, ao analisar os dados que apontam as desigualdades entre brancos e negros, constatou-se a necessidade de políticas específicas que revertam o atual quadro. Tal proposta é uma determinação para todas as escolas. Já era feito um trabalho nesse sentido, mas de forma bem restrita. Através dos estudos desse caderno, percebeu-se que todas as áreas poderiam unir-se nesse objetivo.

          No dia 18 um grupo de professores contribuiu com um projeto idealizado pelo professor de História Leandro, que propôs um trabalho belo voltado à criação de um espaço de memória para escola Aluízio Ferreira. Um trabalho que se propõe a fazer com que os alunos sintam-se parte da história e construtores dessa história, ligando passado, presente e futuro. Trata-se de proporcionar um ambiente de comunicação e interlocução capaz de dar maior significado ao processo educativo. O projeto intitula-se: “MEMORIAL ESCOLAR ALUÍZIO FERREIRA”.

            São sugeridas algumas etapas:

1ª etapa: estudo da história da escola.

2ª etapa: estudo dos conceitos de patrimônio histórico e memória coletiva, individual, e memória social.

3ª etapa: organização de um espaço permanente para expor materiais como fotos, objetos antigos, relatos de funcionários e de alunos, troféus, reportagens, alunos destaques; que mostrem parte da história e da memória da escola.

4ª etapa: criar um mural (para exposição rotativa) e um site para exposição permanente com imagens que registrem a memória imagética da história da escola, como: diretores, funcionários, alunos. Realizar gravações em vídeo com relatos de funcionários que passaram pela escola e com funcionários que ainda trabalham na instituição.

     Um evento de destaque ficou definido também no encontro, a comemoração dos 35 anos de escola Aluízio Ferreira em maio de 2016.

            

      Os estudos foram de grande proveito e tornou indiscutível que a concretude de um currículo interdisciplinar só será realizada no exercício conjunto. Planejamentos isolados é uma prática que precisa ser quebrada.

           

            Concluímos com célebres palavras de Paulo Freire: 

CADERNO IV- LINGUAGENS

           O primeiro encontro em 2015, aconteceu durante a semana pedagógica, no dia 19 de fevereiro. Nesta oportunidade, foram oito horas de reflexões em prol de um Ensino Médio melhor em nossa escola. A equipe gestora disponibilizou doze horas para estudos relacionados ao Pacto pelo fortalecimento do Ensino Médio. Iniciamos as nossas reflexões através do caderno IV: Linguagens. Assistimos a uma trágica e emocionante história de amor contada de forma espantosa e magnífica pela companhia de teatro de sombras Attraction, um grupo de Budapeste, Hungria. Encantador ver a possibilidade de sem o uso de uma palavra, corpos falarem de forma clara, tocante e extraordinária.

           São os seguintes componentes da área denominada Linguagens, códigos e suas tecnologias:

·         Língua Portuguesa

·         Língua Materna (populações indígenas)

·         Línguas Estrangeiras

·         Artes (Artes Visuais, Dança, Música e Teatro)

·         Educação Física 
       Tais componentes se voltam para os conhecimentos e saberes relativos às interações e às expressões do sujeito em práticas socioculturais. Enfocam as representações de mundo, as formas de ação e as manifestações de linguagens, entendendo-as como constitutivas das práticas sociais e, ao mesmo tempo, por elas constituídas.

            A área da Linguagem desempenha um importante papel na medida em que é constitutiva das relações humanas, perpassando, assim, toda e qualquer prática social, e, portanto, todas as áreas específicas de construção de conhecimentos.

      Dessa forma, é importante arrolar conhecimentos que favoreçam a aprendizagem significativa e também a interdisciplinaridade na área e entre as áreas.

         Para refletirmos sobre o conceito de linguagem assistimos ao filme: O enigma de Kaspar Hauser. Obtivemos assim, importantes reflexões sobre o quão atrelada está aos contextos sociais e históricos.

            Seguem alguns depoimentos:

         Um jovem que vivia preso e isolado, sem contato com o mundo, não pensava em nada, não sonhava.

Não demonstrava medo, sentimentos de dor e felicidade, apenas derramava lágrimas quando se assustava.

Ele teve que aprender tudo no início por repetição e depois por assimilação. Tinha dificuldade de se expressar, havia uma distância entre as palavras e seus significados.

Demonstrou aprender quando foi inserido no contexto da sociedade no convívio com pessoas e com a natureza.

A construção do que sabemos, ocorre de forma abstrata com a nossa compreensão da realidade, inicialmente pequeninas coisas, com o passar do tempo conseguimos captar, compreender, apreender de acordo com nosso interesse questões cada vez mais complexas, estas se transformam em conhecimento. Através dos pais e educadores vamos aprendendo a expressar o que sabemos em habilidades com as artes, com desenhos, rabiscos e através da alfabetização construiremos nosso cabedal de letras, estas transformar-se-ão em palavras, que unidas formarão frases para se transformarem em ideias. Quanto mais aprendermos e tivermos interesse em compreender as coisas, mas poderemos expressá-las através da escrita.

O filme “o enigma de Kaspar Hauser” mostra bem como o conhecimento das coisas no caso de Kaspar, “ausência dele”. Ele já adulto era um enigma para a aldeia. Ficou muito tempo confinado, quando descoberto ali, percebeu-se que ele não sabia nem comer sozinho, nem andar ereto, não sabia comer outro alimento que não fosse pão que já lhe era servido sempre. Sua figura causou muitos questionamentos junto à aldeia, mas os aldeões começaram tanto a estudar suas atitudes, quanto a tentar ajudá-lo. Assim aprendeu a se socializar, organizar ideias, conceitos, conhecimentos, sentimentos, mas também algumas ideias começaram a ser impostas a ele. Com o passar do tempo ele já formulava e expressava melhor seu conhecimento, sua linguagem começou a se tornar mais rica, ele aprendeu a escrever, tocar piano e perceber e analisar situações mais simples. Mas seu pai que o havia isolado da sociedade, descobriu que ele já tinha aprendido muita coisa, perseguiu-o e matou-o.

O filme perpassa questões filosóficas como a alegoria da caverna de Platão, a lógica aristotélica, o racionalismo no pensamento Ocidental, o pensamento religioso.

A história narrada pelo personagem Kaspar Hauser no leito de morte remete a um pensamento livre, libertador, questionador e transformador. O deserto (imensidão), uma caravana e seu líder cego. Percebendo-se perdidos, enxergam montanhas. O velho líder cego ingere areia e diz que as montanhas que estão vendo são da imaginação. E seguem o caminho sem um fim para a história. Esta narrativa de Kaspar Hauser evidencia o limite tênue entre “mundo real” e “mundo ficcional” num convite a reflexão sobre o conhecimento enquanto linguagem formatadora do mundo e a necessidade de desconstrução e desnaturalização desse conhecimento. 

Grupo: Leandro Coelho de Souza/ Marilson Turim/ Aida Dominato Gonçalves/ Cícera Maria Felix de Figueiredo/ Berenice Jacques/ Ricardo Leandro Arcari/ José Emílio Barriviera/ Cleonice de  Moura Fonseca Viana

             É um filme denso, que nos mostra uma visão sobre a humanidade e faz uma reflexão sobre o ser humano como um ser único, da história de vida e experiências de cada um, e sobre o quanto linguagem e cultura representam para o desenvolvimento psicológico do indivíduo.

            Destaca-se ainda que, a interação com outro indivíduo foi essencial para o desenvolvimento e aprendizagem do Kasper, que até mais ou menos seus 16 anos nunca interagiu com pessoas ou com a natureza, não tendo aprendido a assimilar conceitos e interagir de nenhuma maneira com pessoas, começando seu processo de aquisição da linguagem e de inserção na sociedade, na adolescência. Kaspar tem a audição e a visão muito aguçadas, o que o ajuda a aprender muitas coisas nos primeiros dois anos em que está com o professor Daumer, processo esse que acontece de uma maneira parecida no aprendizado de uma criança, como este processo foi tardio, no caso de Kaspar, ele não pôde absorver completamente toda a gama de símbolos sociais envolvidos neste processo.

            O fato de ter vivido muito tempo isolado de outras pessoas trouxe a Kaspar Hauser graves consequências em sua formação como sujeito, como indivíduo.

            Nessa interação entre Kasper e a sociedade em que ele foi inserido não houve uma integração já que os mundos eram diferentes e ambos não estavam habituados um com o outro. A linguagem (a comunicação) existia, mas o contexto dos seres envolvidos nela são diferentes e distanciam Kasper na sociedade.

          A linguagem nos remete a inúmeras interpretações do objeto concreto e dos conhecimentos adquiridos. O objeto concreto quando do seu significado desígnio acaba por si só em uma representação. Essa representação se moldou em um significado que a sociedade assim o determinou e o aceitou. Essa aceitação por si só já é uma imposição até a própria sociedade  considerar outro conceito que a sociedade  passara a considerarcomo um novo conceito.

      Grupo: Antônio Assis, Cláudia Liége, Cintia Navarro, Jandira Souza, Lea Aparecida e Tatiane Comisso .

              A realidade em que estamos inseridos desenvolve ou não, nosso modo de expressar. Se eu conheço o mundo que me cerca, consigo falar sobre ele. Consigo expressar, Kaspar Hauser não conhecia o mundo que o cercava, então não conseguia se expressar, nem se fazer entender. Ele tinha um nível de comunicação mínimo, que era o que precisava.

      A prática da linguagem é uma constante em nossas vidas e a desenvolvemos no âmbito que vivemos a partir do modo como vivemos. A relação entre linguagem e construção da realidade é inserida no mesmo contexto.

         A construção da linguagem está inserida no contexto da realidade. No filme, o personagem não consegue fazer um conceito do mundo real, pois viveu a maior parte de sua vida isolado. O mundo de linguagens e com linguagens são vivenciadas no dia a dia.

        A linguagem é desenvolvida de acordo com a vivência e nossa experiência, nossos contatos primários. Kaspar Hauser não tinha contato, nem vivência, então não tinha condições de interagir com o mundo e assimilá-lo. Quando ocorreu o contato com o mundo, ele teve problemas, não conseguia assimilar a realidade à sua volta.

            Grupo: Claudete da Silva Reis, Franciele Biella Sá Monteiro, Izabel Ferreira da Silva, Maria do Carmo Andrade Amaral e Nelice Selmer Fiuza.

          Falar em direitos de aprendizagem está relacionado a fomentar alternativas de diversificação e flexibilidade de currículos que atendam às características, interesses e necessidades dos estudantes e às demandas do meio social, privilegiando propostas com opções pelos estudantes. Sendo assim, para o desenvolvimento de saberes, a escola precisa promover diferentes possibilidades de abordagens pedagógico-curriculares na área de Linguagens:

• Rodas de leitura e debates;
• Produção de mídias;
• Construção de fórum de intercâmbio entre falantes de línguas diferentes;
• Projetos de danças, teatros, música, artes plásticas;
• Visitas a museus, cinemas, teatros, feiras;
• Projetos esportivos.

            Na parte da tarde, foi trabalhada uma oficina com gêneros textuais, atividade essa que pode ser desenvolvida em todas as disciplinas curriculares.

       CABE A QUAL PROFESSOR DESENVOLVER A LEITURA E A ESCRITA?

“     "Os professores das diversas disciplinas precisam ensinar o aluno a ler os gêneros próprios de suas matérias, uma vez que eles são gêneros textuais produzidos de forma particular em cada área de conhecimento. [...] Seja qual for a disciplina, a leitura se dá de forma particular, e exige conhecimentos específicos para ser bem sucedida. Então, ler é uma competência indispensável para a aprendizagem em cada uma das áreas, uma competência que precisa ser ensinada pelos professores de cada uma delas. [...] não há como ler textos, gráficos ou imagens, sem ter compreendido bem a natureza dos gêneros textuais das diferentes áreas de conhecimento, ou seja, a situação particular em que textos, gráficos ou imagens foram produzidos” (AMARAL, 2007, p. 36).

               Após cantarmos a música: Meu país, de Zezé de Camargo e Luciano, canção que dá margem para diferentes abordagens, foram sugeridas sete produções textuais que foram desenvolvidas com maestria pelo grupo de professores.

               

Proposta número 1

Na música há a expressão “Por que será que tá faltando pão?” Criem uma receita de pão rico em vitaminas com baixo custo financeiro. A atividade foi desenvolvida pelas professoras de Química e Língua Portuguesa: Cláudia Liege e Cíntia Navarro.

Pão Brasileiro

Valor calórico da porção: 180,64Kcal

Valor unitário: 0,13

Rendimento: 15 porções

Ingredientes

Massa

• 1 1/2 xícara(s) (chá) de açúcar
• 2 xícara(s) (chá) de farinha de trigo
• 2/3 xícara(s) (chá) de Óleo de soja
• 1/4 xícara(s) (chá) de leite
• 2 unidade(s) de ovo
• 2 unidade(s) de banana em rodelas
• 1 colher(es) (sopa) de suco de limão
• 1 colher(es) (chá) de bicarbonato de sódio
• 30 gr de espinafre
• 20 gr de amendoim torrado sem casca e triturado

• Cobertura
• 3/4 xícara(s) (chá) de farinha de trigo
• 3/4 xícara(s) (chá) de açúcar
•  canela em pó a gosto
• 1 colher(es) (sopa) de manteiga

Como fazer

Massa

1. Coloque todos os ingredientes em um recipiente e bata por 15 segundos.
2.  Em uma forma retangular alta, untada com óleo.
3. Despeje a massa na forma, polvilhe com a cobertura e leve ao forno por 30 minutos na temperatura de 200 ºC.
4. Tempo de espera: 10 minutos.

Cobertura

1. Misture tudo como uma farofa e coloque sobre a massa antes de levar ao forno.

Proposta número 2

Escrevam uma carta para seu (sua) amigo(a), que mora no exterior e não conhece o Brasil, detalhando as características deste país tropical (diversidade climática regional, influências do clima na distribuição dos tipos de vegetação).

A atividade foi desenvolvida pelas professoras: Áida, Izabel e Maria do Carmo, ambas as professoras ministram Geografia:

MEU CARO AMIGO JHON

            É com grande prazer que lhe escrevo, primeiramente desejando-lhe muita saúde e paz.  Ao mesmo tempo venho convidá-lo para que venha ao Brasil, para conhecer esse país maravilhoso e acolhedor, onde o clima tropical faz com que na maioria das regiões tenha o sol a brilhar e aquecer corações, quase o ano todo.  O clima quente atrai turistas, em busca de praias belíssimas, paisagens paradisíacas, lugares pitorescos, hotéis fazenda, onde poderá cavalgar, tomar banho de rio, beber água da fonte, leite fresquinho tirado na hora, comer aquela comidinha   caseira, feita no fogão a lenha. Escolha o roteiro, se quiser comece pelo Pantanal, na Região Centro-Oeste do Brasil, ali encontrará o maior viveiro de pássaros do mundo, além de outros animais silvestres, como a onça pintada, além de paisagens que a natureza esculpiu magistralmente de tão importante do ponto de vista ambiental essa região recebeu o título de Reserva Mundial da Biosfera. Subindo um pouco mais, na região Norte do Brasil, temos a Amazônia Brasileira, ali estará a maior biodiversidade do planeta, conhecer tudo é impossível, mas apreciar o que for possível será inesquecível. Aí estará o maior rio do planeta, o caudaloso Amazonas, navegue por esse mar de água doce.  Comidas e sabores exóticos surgiram convidando o turista a experimentar o gostoso e forte açaí, o cupuaçu, muito bom para mouses e sucos. No Pará encontrará uma feira diferente a do Veropeso, ela tem temperos e remédio naturais que você não encontra em nenhuma parte do mundo, as festas religiosas, também são destaque, aonde a fé do povo se revela, um exemplo é o Círio de Nazaré.   Voltando ao Brasil Central, no coração do Brasil, estará Brasília, onde os candangos como eram chamados os trabalhadores, fizeram erguer essa cidade, sonhada, planejada e edificada por Juscelino Kubitschek e hoje é a sede do governo brasileiro. Surgirão nesse cenário obras arquitetônicas do genial Oscar Niemayer. A paisagem natural é diferente suas árvores tortuosas e cheias de nuances, revelam uma paisagem simples mas com um pouco de atenção perceberá o quão rico é esse ecossistema,a tal ponto que a Unesco denominou-a como Patrimônio Natural da Humanidade, ali temos as árvores do Cerrado, aonde aparecerá o pequi, para quem gosta desse sabor, poderá provar os pratos típicos.  Seguindo em direção a Região Nordeste, irá encontrar muitos lugares históricos e turísticos, praias aonde o mar revela o quão Deus foi piedoso com esse povo que pode aproveitar o doce balanço das águas, tomar água de coco e aproveitar as festas tradicionais que serão embaladas com músicas regionais, comidas típicas, como o vatapá, o acarajé, e muito mais. As danças locais, como o Axé, o frevo, e o carnaval atrás dos trios elétricos, alegrará qualquer um. Descendo agora em direção ao Sudeste, estará as maiores metrópoles do Brasil, quiçá do mundo, a maior e mais populosa é São Paulo, centro financeiro da nação, seguida pelo Rio de Janeiro, cidade maravilhosa que tem o Cristo Redentor, de braços abertos convidando a todos ao acolhimento desse povo, alegre e festivo. Tampouco não deixe de conhecer as belezas naturais dessa região aonde parques e reservas levam a trilhas, as serras marcam o cenário, mostrando as belezas da mata atlântica, o maior orquidário do Brasil encontra-se presente nesse ecossistema.  Ainda falta descrever a região Sul do Brasil, onde  terá a oportunidade de conhecer a araucária árvore típica do nordeste paranaense, suas mudas foram espalhadas pela gralha azul, e hoje é árvore símbolo do Paraná, Santa Catarina tem Gramado, cidade preparada para receber turistas,  cheia de flores, e festas preparadas para encantar,  na época do inverno, até neve poderá encontrar em são Joaquim na Serra Gaúcha, além de ter a oportunidade de conhecer as tradições gaúchas, orgulho desse povo acostumado a lida do gado, suas danças revelam o quanto gostam do campo,suas noites frias de inverno são aquecidas no encontro á beira da fogueira, tomando chimarrão, comendo churrasco e contando as proezas do gaúcho. Termino pedindo a você que analise o roteiro e venha estar conosco ainda esse ano.                                                                                                                                                   Abraços e até breve.

              Proposta número 3

Na música há menção a palavras relacionadas às condições climáticas do país, tais como “Aqui não falta sol/ Aqui não falta chuva”. Escreva a previsão do tempo para o próximo fim de semana.

Os professores Leandro, Cícera e Berenice, de História, Sociologia e Língua Portuguesa, desempenharam de forma bem divertida a atividade, Seus nomes eram: Climonildo, Climática e Climeia.

 Proposta número 4

           

            A palavra “loucura” nos remete à sensação de mal-estar. Quando nos sentimos assim, precisamos procurar orientação médica. Invente o nome de um medicamento, com a respectiva bula para tratar desse sintoma.

            A atividade foi desenvolvida pelas professoras Tatiane, Cássia e Claudete de Língua Portuguesa, Língua Inglesa e Educação Física.

 Remédio: Antiroubalina

Formas Farmacêuticas e Apresentações

Comprimidos com 50 mg de antiroubalina: caixa com 20.
Comprimidos com 100 mg de antiroubalina: caixa com 20.

USO ADULTO

Composição de Antiroubalina

Cada comprimido contém:
Composto de Amor (a Deus, ao próximo e a si mesmo)

Extrato de Responsabilidade

Pitada de Respeito

Informações ao Paciente de Antiroubalina

Ação esperada do medicamento: Antiroubalina é um medicamento que age no sistema nervoso central, utilizado para prevenir o aparecimento de loucura em indivíduos corruptos que tem tendência a roubar dos outros, mentir desfreadamente e induzir os outros também a mentir.

Cuidados de conservação: Antiroubalina comprimidos deve ser conservado em
temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), ao abrigo da luz, umidade e de desordeiros que gostam de semear contendas pelo Brasil

Prazo de validade: vide cartucho. Verifique sempre o prazo de validade do medicamento antes de usá-lo.

Gravidez e lactação: Informe seu médico a ocorrência de gravidez durante ou após o
tratamento com Antiroubalina. Mas não há registro de contra indicação, pois o remédio faz bem até ao feto.

Cuidados de administração: Siga a orientação do seu médico respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Modo de usar:

Em loucura inicial é indicado 1 comprimido de 12 em 12 horas;

Em casos de loucura desenfreada 1 comprimido de  6 em 6 horas.

Interrupção do tratamento: Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu
médico. A interrupção abrupta do tratamento pode induzir crises de loucura para roubos imediatos e até desvios de verbas e ações de empresas.

Reações adversas: Não foi relatada nenhuma reação adversa.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS

Ingestão concomitante com outras substâncias: O consumo de bebidas alcoólicas é
estritamente proibido durante o tratamento, pois deixa o caráter fraco e propenso a cometer atos de subtração de pertences alheios.

Contra-indicações e precauções:

O antiroubalina é contra indicado para pessoas de caráter, boa conduta, íntegros, honestos e tementes a lei de Deus e dos homens.

Indicações de Antiroubalina

O Antiroubalina tem como princípio ativo um composto de  Amor, que é um componente que inibe qualquer sentimento de apego as coisas materiais, alheias e as coisas que não estão em seu alcance.

O extrato de Responsabilidade desenvolve no individuo uma espécie de conduta digna e respeitosa que afasta qualquer traço de loucura por roubo e apropriação indevida.

A pitada de respeito traz à tona uma incipiente vontade de abnegação que torna o paciente mais digno de viver em sociedade.

Remédio:Equilibrina

Formas Farmacêuticas e Apresentações

Comprimidos de 50 mg em caixa com 20.
Comprimidos de 100 mg em caixa com 20.

USO ADULTO

Composição de Equilibrina

Cada comprimido contém:
Composto de Amor (a Deus, ao próximo e a si mesmo)

Extrato de Humorex com traços de Agradecimina

Pitada de Desligax com traços de Resposabilidina

Informações ao Paciente de Equilibrina

Ação esperada do medicamento: Equilibrina é um medicamento que age no sistema nervoso central, utilizado para prevenir o aparecimento de loucura em indivíduos estressados e ansiosos com  tendência mudanças de humor e que reclama da vida.

Cuidados de conservação: Equilibrina comprimidos deve ser conservado em
temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), ao abrigo da luz, umidade e de desordeiros que gostam de uma vida com correria e desentendimentos.

Prazo de validade: vide cartucho. Verifique sempre o prazo de validade do medicamento antes de usá-lo.

Gravidez e lactação: Informe seu médico a ocorrência de gravidez durante ou após o
tratamento com Equilibrina. Mas não há registro de contra indicação, pois o remédio faz bem até ao feto.

Cuidados de administração: Siga a orientação do seu médico respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Modo de usar:

Em loucura inicial é indicado 1 comprimido de 12 em 12 horas;

Em casos de loucura desenfreada 1 comprimido de  6 em 6 horas.

Interrupção do tratamento: Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu
médico. A interrupção abrupta do tratamento pode induzir crises de loucura, acessos de raiva descontrolada, desânimos imediatos e até desvios de condutas.

Reações adversas: Não foi relatada nenhuma reação adversa.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS

Ingestão concomitante com outras substâncias: O consumo de bebidas alcoólicas é
estritamente proibido durante o tratamento, pois deixa o caráter fraco e propenso a cometer atos que desabone o individuo.

Contra-indicações e precauções:

A Equilibrina é contraindicada para pessoas de caráter, boa conduta, íntegros, honestos e tementes a lei de Deus e dos homens e que sabe agradecer a vida que tem.

Indicações de Equilibrina

A Equilibrina tem como princípio ativo um composto de  Amor, que é um componente que inibe qualquer sentimento de apego aos sentimentos ruins e as coisas que não estão em seu alcance.

Extrato de Humorex com traços de Agradecimina traz o desenvolvimento no individuo uma espécie de agradecimento instantâneo da vida e dos acontecimentos, além de gerar uma alegria instantânea e espontânea.

Pitada de Desligax com traços de Responsabilidina  traz à tona uma incipiente vontade de abnegação de todas as notícias ruins que povoa o Brasil.

Ficando assim: Equilibrina torna a sua vida calma e conduz para o Equilíbrio.

           Proposta número 5

            Vocês são famosos repórteres e receberam a tarefa de entrevistar a presidente Dilma. Elaborem as questões e realizem a entrevista.

 Jornal Meu País

1.O que você acha da crise da Petrobrás?

Veja bem, não existe crise, isso é uma ilusão. Brasileiro é criativo, alegre, otimista, gosta de fantasiar. O que aconteceu foi um erro de contabilidade, o responsável é meu primo, digo vizinho, terminou contabilidade no EJA da cidade.

2.Presidenta, e o salário do professor, vai aumentar? Ou a senhora também acha que professor trabalha por amor?

Amor é óbvio. Professor ganha muito bem não precisa de aumento. O professor se satisfaz com a beleza do ensinar. Vai ao mercado, faz aquela cara de cachorro que caiu da mudança, e fala que é professor e paga com amor.

3.“Feito um trem desgovernado, quem trabalha tá ferrado,  nas mãos de quem só engana.” O que a senhora diz desse trecho música do Zezé e Luciano?

O Zezé ta louco, desgovernado tá o casamento dele, a filha dele a Zilu. Deve ter feito essa música na França. Aqui não, aqui ta tudo certo. Vai ver a mocréia que ele casou, desgovernado, descontrolado é ele.

4.Presidenta, cadê o Lula?

Deve estar pescando. Fico  nervoso e foi  pescar.

5.O que a senhora acha do que o Ex. Ministro Joaquim Barbosa andou falando?

Aqui quem manda sou eu! Eu mudo até o português de presidente para presidenta. Eu que mando nessa bagaça. Joaquim Barbosa. Acho que devia ir pescar. E se não for eu mando sumir com ele.

6.O que a senhora diz dessa onda de impeachmant?

Dia 15 de março, estou contratando trios elétricos e vou espalhar nesse Brasilzão  Ivete semgalo,  Chiclete com batata, a Ponte do rio Machado, Timbalada, e Olodum, Brasil é festa, carnaval. Já falei com Neguinho da Beija-Flor  e a bateria com rainha e tudo vão pra Brasília.

Professora de Biologia: Franciele Biela Sá. (Interpretando Dilma)

Professora de Espanhol: Nelice Selmer Fiuza. (repórter)

Professor de Sociologia: Geraldo Moreira Filho (repórter)

     Proposta número 6: 

          Cantar também é uma forma de contar. A partir da canção trabalhada, elabore uma paródia empregando conceitos matemáticos, a fim de que a Matemática possa ser vista de uma forma mais lúdica e prazerosa.

            A paródia foi construída pelos professores de Matemática, Física e Língua Portuguesa: Cleonice, Francisco Chagas e Jandira.

 A matemática na realidade

Aqui não falta luz,

Porque o nosso gerador

Natural esférico nos conduz,

Pois sabemos que a esfera

Tem volume definido

E a gente faz divertido.

Se o aluno sempre reclamou da gente

Vamos fazer diferente, um novo jeito de ensinar.

Se tudo na terra se conta

Dá pra fechar a conta

Vamos calcular.

Pra medir a circunferência não precisa

Experiência é só 2 vezes o raio do seu PI.

Um número irracional,

Pra calcular o diâmetro

É duas vezes o seu raio. 

Sem um calculo aplicado

Quem não estuda está ferrado

Nas mãos de quem só engana.

Tem que ler pra entender

Raciocinar e calcular.

Vamos fazer diferente,

Um novo jeito de ensinar.

             Proposta número 7

            O grêmio de sua escola está promovendo uma passeata em repúdio ao aumento da gasolina e vocês ficaram responsáveis em fazer toda divulgação do evento. Faça uma propaganda bem criativa. A atividade foi desenvolvida pelos professores Assis e Gláucia de Sociologia e História:

         Proposta número 8

       A expressão “Feito um trem desgovernado/ Quem trabalha tá ferrado/Nas mãos de quem só engana", retrata a situação triste pela qual o Brasil passa. Escreva 05 dicas importantes para combater a corrupção.

A corrupção é uma questão de [falta de] princípios moral e ética de uma sociedade.

1º Deve-se extirpar a raiz da corrupção da nossa sociedade, através da conscientização e moralização do povo.

2º Melhorar as condições básicas de sobrevivência das pessoas, pois não deve servir de base de barganha para uma classe se impor sobre a outra através desses direitos básicos, como não os fossem.

3º Incentivar a denúncia de qualquer ato de corrupção seja a menor que for, por quem for.

4º Pautar na educação da sociedade para que entenda que o maior prejudicado é ela mesma, mesmo que tenha no princípio um ganho pessoal ou corporativo, mas que pagará caro pelas consequências de tais ações.

5º Todo ato de corrupção deverá ser combatido e punido exemplarmente, pois a corrupção no Brasil, por incrível que pareça, ainda compensa, pois as leis são brandas e cheias de falhas.    
     Professor de Matemática: Marilson Turini

          O fazer pedagógico é “Uma atividade prática de humanização das pessoas”. (Libâneo 2010, p. 20)

            Gera: questionamentos e incertezas.

            “Não há respostas ou soluções universais preestabelecidas e tampouco definitivas para as dúvidas e problemas”.

            Qual o papel dos conhecimentos na vida dos alunos? É a pergunta que sempre precisa ser feita por parte de nós professores, sem nos esquecermos de que toda e qualquer prática está carregada de ideologias.

           No dia vinte de fevereiro, partimos para a reformulação de nossos projetos. Cada área reuniu-se para dar início à elaboração de um projeto ou atividade interdisciplinar.

•   A área Códigos e Linguagens desenvolverá um projeto voltado ao incentivo à leitura denominado: Show da Leitura, previsto para ser concretizado com um evento por turno no dia 14 de outubro.
•   A área Ciências da Natureza desenvolverá no mês de maio uma Gincana voltada ao combate da Aids, Drogas, DSTs, Gravidez na Adolescência e no mês de agosto uma Feira de Experimentos em Física e Química com o apoio das demais áreas.
•  A área Ciências Humanas elaborará um projeto, nos próximos encontros de formação, voltado ao resgate das memórias da escola e das pessoas que a constituem. Também um projeto voltado à valorização da cultura negra. Ambos os projetos terão a participação de outras áreas.

 Ao término do encontro, em grupos, os professores refletiram sobre a atividade educativa na atualidade, influenciada pelos impactos das tecnologias digitais, bem como as considerações de Libâneo aqui abordadas sobre a pedagogia como forma de humanização das pessoas. Também, as implicações na elaboração do nosso currículo e como veem a atividade educativa na atualidade.

“        As tecnologias digitais impactaram o cotidiano escolar em todos os aspectos e níveis (aluno e professor), e a classe docente se viu diante de um paradigma, ou seja, os professores precisaram atualizar-se para que a linguagem aplicada em sala fosse a mesma dos alunos. No entanto, conteúdos também precisaram adaptar-se a essas mudanças, fazendo com que o currículo também fosse adaptado. dificilmente um livro, é elaborado sem pensar na mídia disponível para que o professor possa trabalhar. Desse modo, currículo e conteúdo adaptam-se cada dia a essas novas pedagogias. Prof.:  Franciele, Nelice e Izabel.

            A educação já passou por várias transformações até chegar onde estamos, mas nos últimos tempos com o impacto da tecnologia, a mudança deverá ser ainda maior, ou está sendo maior. Além disso, a pedagogia deve ser vista como forma de humanização. Diante dessa realidade faz-se necessário uma nova abordagem para o nosso currículo, como, inserir atividade prática, onde os alunos possam interagir com a comunidade local, ex: ação social, pesquisa de campo, visitas em pontos históricos e culturais, palestras com temas diversificados (política, doenças sexualmente transmissíveis, preconceitos, consumismo, etc. Assim, o educando passará fazer parte do processo, pois o mesmo precisa adquirir ou construir o novo e deixar de ser um simples repetidor do que já está pronto. Professora: Jandira Souza Andrade Job

     

            No Brasil, a proposta de Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs),em 1999, voltou-se aos objetivos de revisão do processo curricular em função de melhores resultados na escolarização, buscando uma educação escolar sustentável, e de adaptação aos processos da globalização. Por outro lado, os pressupostos e princípios consubstanciados na LDB,de1996, buscaram responder em certa medida, às questões contextuais e aos problemas sócio-culturais presentes no complexo panorama atual.

            A constituição e elaboração da proposta curricular são mais que os conteúdos escolares inscritos nas disciplinas. O currículo é o conjunto dos vários tipos de  aprendizagens, aquelas  exigidas pelo processos  de escolarização, mas também aqueles  valores   comportamento, atitudes que se adquirem nas vivencias cotidianas na comunidade, na  interação   entre    professores,    alunos,  funcionários, nos jogos e no recreio e outras  atividades concretas que  acontecem  na escola  que denominamos ora   currículo real, ora  currículo  oculto.  ( Libanêo 2004, pp. 173 – 174)

            Muitos conteúdos passados na escola acabam não sendo significativos para os alunos, tornando o ensino incoerente, sabemos que há o impasse entre o que o aluno tem que aprender e o que verdadeiramente ele quer aprender.

            Medidas que possivelmente poderão combater os problemas que retratam a educação brasileira:

• Mobilização da sociedade para a importância que a Educação exerce.

• Direcionamento de recursos financeiros para escolas e professores.

• Valorização do profissional da educação.

• Implantação de medidas políticas educacionais em longo prazo.

             Portanto, se hoje a educação pública está um caos é pela própria ausência da Educação como base formadora e prioritária na cultura de nossa sociedade. 

      Professora: Cláudia Liége Santana Silva

A educação como ensino escolar é tida por muitos como algo levados ao insucesso; embora demonstradas em gráficos com o Pisa, onde o Brasil não tem boa colocação! Vários Governos através de suas políticas Públicas voltadas para a educação às correntes ideológicas mudam de acordo com o Partido Político que está no poder.

A Educação somente tem um olhar romântico em épocas de pleitos políticos, onde cada um para angariar votos de determinadas categorias colocam a educação como prioridade nas suas metas de governos. Sendo assim não e tem como exemplos países que veem na educação uma forma de superar seus atrasos nos mais variados setores e o mais incrível é que esses países conseguem ter uma visão mais ampla e conseguem enxergar a educação como uma das maiores possibilidades de desenvolvimento, “ educação de qualidade, economia forte”!

A educação atual e seus defensores da ideia de que não se pode reprovar aluno é uma negação ao desenvolvimento da educação. O Brasil tido como o “país do jeitinho”, mais uma vez soube aproveitar o momento em que governantes e direções escolares com visão limitada acerca do que vem a ser uma educação onde se privilegia o esforço, as competências, as habilidades, nada fazem a não ser questionar os profissionais da educação principalmente os que estão em salas de aula caso tenha alunos retidos no final de cada ano escolar. Muitos escritores escrevem teorias das mais belas, apenas um detalhe me chama a atenção, “escrevem com propriedades, mas sem estar em sala de aula”. Embora sejam autores renomados a teoria e a prática há uma distância enorme, sem levar em consideração as realidades locais.

Atualmente a educação atravessa um boom tecnológico, onde professores e alunos estão distantes da realidade tecnológica que os cerca. Alunos que em boa parte ou sua maioria tem um maior e melhor acesso aos recursos tecnológicos que professores! As interações sociais acerca da evolução na qualidade da educação, alunos e professores tem a percepção de algo tem que ser feito para que o quantitativo não se sobressaia ao qualitativo. A prática pedagógica deve estar voltada para o desenvolvimento do educando e a sua plena capacidade para concorrer em pé de igualdade com todos os alunos do país.

Sendo assim enquanto nossos diretores escolares assim como as equipes diretivas forem covardes a ponto de ameaçar professores para passar alunos ou passar alunos sem o consentimento dos professores em épocas de férias e realmente se preocupar com a qualidade do ensino e não com portarias e o próprio bolso, dificilmente o quadro para o desenvolvimento da educação vai melhorar seus índices. As dificuldades das práticas educativas são inúmeras não cabe aqui enumerá-las, mas vale ressaltar que diferentemente de algumas pessoas por mais que os professores amem a educação, com amor não se paga conta! Trabalhar motivado vai além das questões financeiras, mas sem elas jamais terá na atualidade alguém motivado a trabalhar se o seu trabalho não for reconhecido e o fruto do seu trabalho for digno.

Professor de Sociologia: Antonio Assis

As preocupações atuais a respeito do conhecimento nos reportam a uma reflexão necessária sobre o contexto educacional e digo mais sobre o contexto em que nossos alunos estão inseridos.

   A dinâmica educacional no papel é linda e floreada, contudo a realidade é dura e desestimulante. Os professores encontram uma sala de aula com vinte e nove seres (no mínimo) únicos, diferentes e divergentes com realidades de vida complexas e diversificadas e tem o papel de conduzi-los ao caminho do conhecimento. Sem saber ao certo, muitas vezes, de qual caminho é o melhor, qual teoria seguir, qual prática usar; tendo em vista que o seu trabalho humanizador é cheio de percalços e que sempre deverá seguir em frente e vislumbrando as conquistas e os avanços de cada, isto sim será e é o grande desafio da educação.

   Reconhecendo os desafios e procurando a inovação e a integração de conteúdos e acima de tudo dos profissionais a educação alcançará o tão sonhado fortalecimento.

 Professora de Língua Portuguesa: Tatiane Felisberto dos Santos Comisso.

"NENHUM DE NÓS É TÃO BOM, QUANTO TODOS NÓS JUNTOS".