1º MOMENTO:
CADERNO SUPLEMENTAR- O USO DOS DISPOSITIVOS MÓVEIS NA EDUCAÇÃO: reflexões sobre a atuação docente na era da conexão
REFLEXÃO:
"Para haver conflito, bastam duas pessoas."
Os conflitos existem desde o início dos tempos e são uma realidade sempre presente nas relações humanas e de trabalho. Eles se originam da diversidade de pontos de vista entre pessoas, da pluralidade de interesses, necessidades e expectativas, da diferença entre as formas de agir e de pensar de cada um dos envolvidos.
A escola, como uma das maiores instituições de formação do caráter humano, cujo ambiente é recheado das mais diversas inter-relações, deve ter como modelo de gestão de conflitos aquele que se baseia no diálogo e em princípios como respeito, confiança e comprometimento. No entanto, muitas vezes predominam medidas punitivas e esquece-se que o diálogo pode ser a chave para relacionamentos saudáveis.
Embora possa parecer paradoxal, nem todos os conflitos são necessariamente ruins. Muitos deles funcionam como agentes catalisadores de esforços e ideias.
A intensa e extensiva presença das tecnologias nessa temporalidade e a existência cada vez mais frequente de jovens conectados com grande familiaridade tecnológica têm inquietado os professores. É bastante recorrente ouvir depoimentos de profissionais da educação preocupados com o modo de ser dessa juventude tecnológica e conectada. Alguns professores parecem não compreender as novas formas juvenis de conduzir a própria existência, produzidas pela intensa conexão com as tecnologias digitais. E, neste sentido, expressam muita dificuldade em entender as transformações ocorridas na relação dos jovens com o acesso à informação e suas formas e se relacionar com o conhecimento. A sensação mais recorrente é que a escola e os conhecimentos curriculares estão perdendo terreno na disputa com o ciberespaço e a cibercultura.
De um modo geral, os jovens possuem maior familiaridade com as tecnologias do que nós professores, e isso coloca em xeque a relação de poder e as hierarquias do saber na sala de aula.
O estudo do Caderno Suplementar foi altamente enriquecedor, na medida em que propõe um repensar na metodologia de ensino uma vez que vivemos na Era da Conexão.
Tecnologias
móveis oferecem muito mais informações do que um professor pode conhecer,
mudando a base de autoridade.
Nova postura
•Função de orientador,
problematizador
•Formulador de
interrogações
•Coordenador de
equipes de trabalho
As mudanças dependem de Educadores maduros intelectual e emocionalmente, de pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar.
Após as discussões em relação ao caderno suplementar os professores elaboraram planos de aula, em que individualmente ou em grupos organizaram práticas pedagógicas com a inserção, principalmente do celular que tem gerado conflitos entre alunos e professores, pela utilização inadequada no espaço da sala de aula.
Surgiram muitas ideias, entre elas: documentários sobre temas relacionados ao lixo, às eleições, liberdade de expressão, pesquisas dos excluídos; tour virtual por museus, no qual eles podem viajar por diversos países diferentes e conhecer como cada espécie de animal vive; pesquisas virtuais na área de química; atividades voltadas a utilização do aplicativo "Grapher" na disciplina de Matemática. Enfim, aulas maravilhosas estão em processo. Assim que os relatos forem disponibilizados serão postados.
Aproveito esse espaço para agradecer o total apoio que a equipe gestora tem dispensado para o sucesso da formação em nossa escola. Na medida do possível as supervisoras têm feito adequações nos horários e a direção sempre diz SIM às inúmeras solicitações feitas. Todos os encontros temos um lanche que faz a diferença também.
2º MOMENTO:
Projetos de vida, escola e trabalho/ Formação das Juventudes, participação e escola
"O projeto é o que vai nos permitir fugir aos
determinismos e improvisos, organizando e planejando nossas ações futuras". (MACHADO, 2004)
Todos temos projetos e é isso que diferencia as condutas
humanas dos comportamentos de outros animais, de natureza instintiva e
repetitiva, porque a capacidade de projetar a existência no amanhã é própria do
humano.
Será
que os jovens estudantes estão tendo oportunidade de exercitar, de aprender a
escolher no cotidiano escolar? Quais os espaços e tempos que vêm estimulando a
formação de jovens autônomos?
Nós, professores e professoras, podemos ser parceiros e
coconstrutores desses projetos para o futuro dos jovens e das jovens
estudantes. Um caminho para isso é proporcionar chances para que os estudantes
falem de si e de seus projetos.
A escola Aluízio Ferreira tem estimulado a participação cidadã e a formação para a cidadania e os resultados têm vindo. Ganhamos o prêmio municipal de um concurso de produção textual relacionado ao tema: Melhor idade. Assunto esse que deve ocupar os bancos escolares, no sentido de valorizar cada etapa da vida humana. É comum ouvir de jovens que não sabem respeitar àqueles que tanto contribuíram para o nosso país.
Segue o texto vencedor:
Melhor idade
Um assunto que gera diversas discussões é
sobre o papel do idoso na sociedade e sobre o Estatuto do Idoso, que assegura
direitos às pessoas com sessenta anos ou mais. Mas será que em nosso país esses
direitos são efetivamente cumpridos ou ainda podemos nos deparar com pessoas
que desrespeitam a lei e a terceira idade?
O Estatuto do Idoso, criado em
2004, traz diversos benefícios, assegura-lhes meia entrada em locais públicos
ou privados que abranjam cultura e lazer,
transporte coletivo gratuito, além de penas severas para pessoas que praticarem
ou omitirem atos de desrespeito e abandono contra eles.
Mas, em contrapartida ao Estatuto, dados
obtidos pelo site UOL junto à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência
da República, em 2013, revelam que cinco denúncias de violência contra idosos
são registradas a cada hora no Brasil, o que nos mostra uma triste constatação:
apesar de estarem protegidos por lei, ainda sofrem com o preconceito. Os dados
ainda mostram que 70% dos denunciados têm algum parentesco com a vítima,
indicando que o desrespeito nem sempre vem de fora, mas sim do ambiente em que
vivem.
Convém atentar ao fato de que a
velhice não é um lugar onde se escolhe estar, e sim um período da vida de um
ser humano. Não se pode admitir a falta de respeito para com eles por suas contribuições
no passado que formam o presente. Não se pode ignorar que suas experiências e lições de vida continuam a
acrescentar em cada geração. Assim, deve
haver um maior rigor na punição de infratores que desrespeitam pessoas da
terceira idade, mobilizar a população a respeito das leis que protegem a pessoa
idosa e realizar constantes reformas no Estatuto para que não haja brechas para
a violência. Ser idoso é ter o direito de viver com dignidade e, como diz Érico
Veríssimo: "Envelhecer é o preço que todos temos de pagar se quisermos
continuar vivos”.
Outro momento ímpar que a escola tem vivido é a premiação regional 2014
do Parlamento Jovem.
Adentrar ao Site:
http://www2.camara.leg.br/responsabilidade-social/parlamentojovem/2014/resultado-oficial-pjb-2014 e receber essa notícia é algo que ficará marcado.
O engajamento participativo pode aumentar o estímulo
para novas aprendizagens,
o desenvolvimento da convivência,
do respeito às diferenças e do reconhecimento
do outro.
ESCOLA, instituição central na vida dos jovens, muitas vezes, desde cedo, é vista como um local em que não se deseja estar....
A escola é lugar de fazer amigos, compartilhar
experiências, valores e delinear projetos de vida. Tanto a permanência, quanto o abandono ocorrem por uma combinação de
condições subjetivas (apoio familiar, relação com os professores, engajamentos
na rotina escolar), fatores esses que não podem ser ignorados.
Concluímos esse encontro tão produtivo com a escrita individual de um memorial em que os professores posicionaram-se em relação às leituras dos dois cadernos.
"É importante, observar os alunos
e colocar-se no lugar desses, que muitas vezes são deixados de lado e até mesmo rotulados como ‘incapazes”, ‘fracos’, ou
algo semelhante. O
ideal capitalista de ‘vencer na vida’ precisa ser visto em sua amplitude e
interpretado de maneira global, integral, dando importância às habilidades dos
alunos e não só as limitações, para a formação de um cidadão completo e ativo
que participa da sociedade de forma positiva. Em
relação às gerações X, Y e Z, cada uma delas têm sua contribuição, devendo ser
feito de forma contínua o exercício de interação entre as diferentes gerações. O
papel do professor atual é o desafio de mediar de forma atrativa, inovadora e produtiva
o processo de ensino-aprendizagem, que nos últimos tempos vem passando por
transformações que não podem ser deixadas de lado, mas sim absorvidas".
"Os estudos trazem como 'foco' o professor traçar um novo conceito sobre o 'sujeito' aluno. Para combater a indisciplina, a evasão, é preciso que estejamos abertos para ouvi-los e com os mesmos nortearmos caminhos para se trabalhar. Precisamos vê-los com outros olhos".
Professora de História: Gláucia Godinho
" O aluno é parte fundamental no desenvolvimento de um país. Portanto, o Educador deve estar preparado para enfrentar os desafios. Enfrentar a realidade e crescer junto para colhermos bons frutos. A educação é evolutiva e junto com essa evolução devemos sempre estar conectados a fim de darmos o melhor. O uso dos dispositivos móveis é real e indispensável para o progresso do Educador. Assim, o aprendizado é contínuo e participativo. Falar a linguagem da tecnologia é essencial no mundo que está conectado 24 horas".
Professor: Francisco Chagas
"No caderno II refletimos sobre a importância de se entender o jovem como sujeito do Ensino Médio.
O primeiro ponto foi 'construindo uma noção de juventude', que passou pelo entendimento do que seja a juventude em suas múltiplas representações, demandas e valores. Evidenciou-se a necessidade de levar em consideração as representações, contradições, frustrações, anseios juvenis. A juventude deve ser vista como um momento determinado, mas não se reduz a uma passagem, é um momento de inserção social.
O segundo capítulo 'jovens, culturas, identidades e tecnologias', aborda que uma das mais importantes tarefas das instituições educativas está em contribuir para que os jovens possam realizar escolhas conscientes sobre suas trajetórias pessoais e constituir os seus próprios acervos de valores e conhecimentos.
A interação dos jovens com as tecnologias digitais tornou-se um importante elemento constitutivo da cultura juvenil. A escola e os profissionais da educação devem usar esse aspecto como ferramenta que facilite o diálogo com os jovens, contribuindo para o desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras.
É fundamental a existência de um projeto de vida para o aluno. A escola deve auxiliar o estudante a construir sua identidade e a entender suas potencialidades individuais.
Outro desafio para a escola é conhecer as diferentes inserções e experiências de trabalhos, além de suas repercussões para as trajetórias de escolarização dos jovens alunos. Tal perspectiva é reafirmada nas Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, na qual o trabalho é entendido como um dos princípios educativos básicos do Ensino Médio.
A vivência no território constitui uma base importante para a história de vida dos jovens. Seria interessante construir um Fundo de saberes, tendo como referência eles e seus territórios. Isto pode alargar nossa compreensão sobre como os jovens estudantes vivem e convivem em seus territórios de vida familiar, lazer e trabalho.
O último capítulo do caderno II, acena para a necessidade de experiência participativa como uma das formas de os jovens vivenciarem processos de construção de pautas, projetos e ações coletivas, vivenciar valores e o aprendizado de liderança, dentre outros. A participação potencializa os processos de aprendizagem e pode contribuir para a constituição de amplos processos formativos.
Quanto ao uso dos dispositivos móveis na educação, vemos escolas em processo de informatização, mas muito aquém das necessidades, principalmente quando o assunto é a velocidade da internet.
O desafio na educação escolar é saber como lidar e potencializar o uso dos dispositivos móveis e das tecnologias digitais, no sentido de construir uma interatividade nos domínios escolares.
A escola não tem cumprido a proposta debatida no caderno, de colocar o jovem como sujeito do Ensino Médio. O que tem prevalecido é um estado de reprodução através de avaliações ineficazes e um estado de coisificação, onde o aluno é visto como objeto, empecilho, vítima, desinteressado, desestruturado e por aí vai. Cria-se um círculo vicioso de vítima, vitimados e sistema. Ficamos presos a imaginários, tradições e estruturas que nos sublimam de vermos além do horizonte.
Apesar de todas as dificuldades enfrentadas por nós, não adianta ficar lamentando. É preciso visualizar as situações positivas na escola e manter a energia e disposição para a inovação, cumprindo assim, o nosso papel de sujeitos transformadores".
Professor de História: Leandro de Souza
" O aluno é parte fundamental no desenvolvimento de um país. Portanto, o Educador deve estar preparado para enfrentar os desafios. Enfrentar a realidade e crescer junto para colhermos bons frutos. A educação é evolutiva e junto com essa evolução devemos sempre estar conectados a fim de darmos o melhor. O uso dos dispositivos móveis é real e indispensável para o progresso do Educador. Assim, o aprendizado é contínuo e participativo. Falar a linguagem da tecnologia é essencial no mundo que está conectado 24 horas".
Professor: Francisco Chagas
“As tecnologias digitais e em especial os dispositivos móveis, trazem
um potencial de transformação nas formas de se construir o conhecimento e
consequentemente de ensinar e aprender. Na cibercultura, o papel do professor é
de mediador pedagógico. Os professores têm o desafio de compreender a mobilidade
para que possam propiciar experiências de aprendizagem para além do âmbito da
sala de aula. Em qualquer lugar e em qualquer tempo. Portanto, é fundamental
que professores estejam atentos à forma como os diferentes aprendizes utilizam
seus dispositivos móveis, como acessam as informações, como se comunicam, como
produzem conhecimento e como disseminam e compartilham informações. Idealizar o
jovem que queremos que exista, desconhecendo o jovem real que temos diante de
nós, é criar uma abstração que violenta a individualidade juvenil e também cria
uma dificuldade para o relacionamento”.
(Professora de Língua Portuguesa: Berenice Jacques)
O primeiro ponto foi 'construindo uma noção de juventude', que passou pelo entendimento do que seja a juventude em suas múltiplas representações, demandas e valores. Evidenciou-se a necessidade de levar em consideração as representações, contradições, frustrações, anseios juvenis. A juventude deve ser vista como um momento determinado, mas não se reduz a uma passagem, é um momento de inserção social.
O segundo capítulo 'jovens, culturas, identidades e tecnologias', aborda que uma das mais importantes tarefas das instituições educativas está em contribuir para que os jovens possam realizar escolhas conscientes sobre suas trajetórias pessoais e constituir os seus próprios acervos de valores e conhecimentos.
A interação dos jovens com as tecnologias digitais tornou-se um importante elemento constitutivo da cultura juvenil. A escola e os profissionais da educação devem usar esse aspecto como ferramenta que facilite o diálogo com os jovens, contribuindo para o desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras.
É fundamental a existência de um projeto de vida para o aluno. A escola deve auxiliar o estudante a construir sua identidade e a entender suas potencialidades individuais.
Outro desafio para a escola é conhecer as diferentes inserções e experiências de trabalhos, além de suas repercussões para as trajetórias de escolarização dos jovens alunos. Tal perspectiva é reafirmada nas Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, na qual o trabalho é entendido como um dos princípios educativos básicos do Ensino Médio.
A vivência no território constitui uma base importante para a história de vida dos jovens. Seria interessante construir um Fundo de saberes, tendo como referência eles e seus territórios. Isto pode alargar nossa compreensão sobre como os jovens estudantes vivem e convivem em seus territórios de vida familiar, lazer e trabalho.
O último capítulo do caderno II, acena para a necessidade de experiência participativa como uma das formas de os jovens vivenciarem processos de construção de pautas, projetos e ações coletivas, vivenciar valores e o aprendizado de liderança, dentre outros. A participação potencializa os processos de aprendizagem e pode contribuir para a constituição de amplos processos formativos.
Quanto ao uso dos dispositivos móveis na educação, vemos escolas em processo de informatização, mas muito aquém das necessidades, principalmente quando o assunto é a velocidade da internet.
O desafio na educação escolar é saber como lidar e potencializar o uso dos dispositivos móveis e das tecnologias digitais, no sentido de construir uma interatividade nos domínios escolares.
A escola não tem cumprido a proposta debatida no caderno, de colocar o jovem como sujeito do Ensino Médio. O que tem prevalecido é um estado de reprodução através de avaliações ineficazes e um estado de coisificação, onde o aluno é visto como objeto, empecilho, vítima, desinteressado, desestruturado e por aí vai. Cria-se um círculo vicioso de vítima, vitimados e sistema. Ficamos presos a imaginários, tradições e estruturas que nos sublimam de vermos além do horizonte.
Apesar de todas as dificuldades enfrentadas por nós, não adianta ficar lamentando. É preciso visualizar as situações positivas na escola e manter a energia e disposição para a inovação, cumprindo assim, o nosso papel de sujeitos transformadores".
Professor de História: Leandro de Souza
"Atualmente
o jovem está diante de perspectivas não só de empregabilidade, mas de seu
objetivo de projeto de futuro em um panorama de incertezas e a aprendizagem na
escola está impotente no interagir com isso.
O
jovem com todos os suportes tecnológicos e de comunicação a seu dispor,
absorvendo raciocínio dotado de muita rapidez com conhecimento com base na
imagem, socializado com a televisão, internet, redes sociais, ao passo que a
escola em sua maioria centra-se na lentidão do quadro de giz.
Caracteriza-se,
portanto em uma diferença de ritmo, tempo e espaço com muita significação. São
juventudes que estão em busca de um lugar, que transitam entre várias
instituições, como a família, a escola, o trabalho, não são mais aquelas
crianças que estão permanentemente sob tutela, alguns já são trabalhadores,
embora não se possa afirmar que possuam total independência.
São
seres pensantes questionadores, não concordam, divergem dos adultos, questionam
e vivem, juntamente, uma situação de indefinições, tanto em relação ao trabalho
quanto na busca de um espaço, um lugar. Com isso, proporciona também uma
oportunidade ímpar de se trabalhar pedagogicamente com essas juventudes.
Docentes
precisam estar cientes disso e ter um olhar e um cuidado especial com tais
juventudes. Refletindo sobre essa juventude, a escola do Ensino Médio tem que
praticar, assim como todas as outras, uma pedagogia do diálogo.
É
primordial saber envolver os jovens nas decisões, dar voz e reconhecer a
identidade do sujeito jovem que frequenta essa escola. Lembra-se que falar de
sujeitos jovens implica falar em juventudes, no plural. A juventude no singular
pode ser entendida meramente como uma etapa transitória da vida, mas juventudes
no plural significa compreender que os jovens dessa faixa possui
heterogeneidade de classe social, de orientação sexual, de diversidade
étnico-cultural, de referência do seu entorno, que pode ser urbano ou rural.Nesse
contexto, a escola e os docentes precisam reconhecer essa diversidade de
juventudes e o reconhecimento não é um reconhecimento meramente formal ou
legal, é um reconhecimento que deve se fazer também na prática pedagógica,
portanto, não adianta apenas discutir no plano teórico, tem que relacionar com
a prática em sala de aula.
As
juventudes citada são heterogêneas, divergentes e dar voz a isso não é
meramente formalizar as diferenças, mas compreender que as opiniões são
múltiplas e que a escola é um espaço de contradições que devem ser explicitadas
e dialogadas.
Os
jovens, seus pais, sua cidade, seu entorno, os docentes, gestores, precisam
necessariamente cultivar na escola a pedagogia do diálogo.
A
escola, com a prática da participação e do diálogo, é um espaço de livres
manifestações, de opiniões e de uma construção em torno de consensos possíveis.
Esses
consensos não são coisas fáceis de construir, não significa somente dar voz a
tudo e a todos, mas saber que precisam ser ouvidos para se procurar escolher
caminhos consensuais, dentro do espaço possível de atuação da escola.
Caracteriza-se
um desafio cotidiano que poderá, dentre outros, contribuir para que a escola
aumente a participação das juventudes, diminua as taxas de evasão e torne o
aprendizado dos conteúdos, mas significativo, com uma escola mais próxima dos
problemas que vivemos na atualidade.
Uma
escola democrática que envolve as juventudes precisa, portanto, colocar nas
suas práticas cotidianas as representações que esses jovens têm na sua vida do
que a escola deve fazer assim a escola pode passar a ser mais envolvente como
espaço de construção de conhecimentos, de diálogo, de trabalho, conjunto de
permanência e um projeto de vida importante para esses jovens.
Em
relação aos recursos tecnológicos no processo de mudança, é preciso observar
que no passado, os alunos viam o professor como principal, ou única fonte de
conhecimento e informação. Porém agora têm idênticas possibilidades de acesso
às bases de dados das redes mundiais de computadores: bibliotecas, livros,
laboratórios virtuais, simuladores, listas de discussões, grupos de
intercâmbio, projetos cooperativos e muitas outras possibilidades, superando em
todos os sentidos, as limitações do passado.
Além
disto, tanto os professores como os alunos podem contribuir para acrescentar
informações às bases de dados existentes, de maneira simples e rápida, seja
publicando eletronicamente resultados de seu trabalho, seja criando suas
próprias páginas de informação na internet, alterando substancialmente o
paradigma educacional vigente.
Em
relação às novas tecnologias, os professores têm visões pessimistas, otimistas
ou indiferentes. A visão otimista considera as inúmeras facilidades oferecidas
pelas tecnologias da informação e comunicação para o futuro de maravilhas.
Entretanto,
o problema de uso sistemático e organizado das TIC’S na educação não é tão
simples como parece.
A
ausência de contexto, a quantidade e a velocidade da informação e a
virtualidade dos novos meios de comunicação estão exigindo do professor um
trabalho de acompanhamento e orientação muito mais intenso.
No
novo contexto tecnológico, o professor passa a ter uma importância ainda maior,
diante de questões como: Como ensinar a administrar as inúmeras possibilidades
de receber informações a qualquer hora e lugar? Como formar no aluno a
capacidade analítica e seletiva sobre as informações que recebe? Como aprimorar
o processo intelectivo de transformação da informação em conhecimento? Como
podemos ver, há muitas possibilidades, novas perspectivas, mas também grandes
desafios a enfrentar.
Um
dos entraves é a ausência de contexto na internet, mostrando que o acesso à
informação da internet é em geral desprovido de contexto. Os referenciais de
tempo, espaço, relações entre objetos, fatos, dados, etc. praticamente não
existem ou exigem experiência e conhecimentos prévios para sua identificação.
Neste ambiente, o aluno pode facilmente sentir-se confuso ou perdido, sem ter
como relacionar as informações que recebe com algo que tenha algum significado
para sua vida.
Enfim
os computadores chegaram às escolas, mas sua contribuição efetiva à educação
ainda é insignificante.
(Professora: Cláudia Lúcia Leitão)"
Viver na
sociedade da informação é adaptar-se sem
maiores questionamentos a uma era em que as tecnologias dominam todas as áreas, ou melhor, todas as fases da vida
humana e principalmente dos jovens em formação e que frequentam o Ensino Médio.
Este é o principal foco em questão: o jovem como sujeito do Ensino Médio,
buscando sua autoafirmação na sociedade em que vive e geralmente esbarrando nos
conflitos de gerações e nos obstáculos que o Sistema Educacional brasileiro
ainda impõe. Na sociedade do conhecimento, a educação ocupa lugar central e as
novas tecnologias também. Esse deveria ser o ideal de sociedade onde o
conhecimento estaria ao alcance de todos e para todos.
Hoje os jovens
possuem um campo maior de autodominação frente às instituições do denominado
mundo adulto onde constantemente buscam alcançar cada vez mais seus objetivos e
com isso, eles vivem com mais intensidade. Há de se levar em consideração que
as representações sobre a juventude, os sentidos que se atribuem a esta fase, a
posição social, o tratamento que lhes é dado ganham contornos particular
significativo no contexto social, histórico e cultural, distintos, fazendo da
juventude ao mesmo tempo uma condição social e um tipo de representação onde na
realidade vivem o seu tempo e sua história.
A escola ainda
tem muita dificuldade para lidar com os jovens e ainda mais com o uso das
tecnologias. As múltiplas possibilidades de acessar as informações
disponibilizadas no ciberespaço as quais permitem criações coletivas em rede
revolucionando os processos de aprendizagens inclusive da escola onde o principal
personagem é o jovem aluno que frequenta o Ensino Médio. Professores e alunos brasileiros
utilizam cada vez mais o computador e a internet em sala de aula, a mobilidades
dos dispositivos móveis em prol da educação como: celulares, tabletes,
smarphones e outros se tornam porta de entrada para o mundo virtual. Esses
dispositivos trazem um potencial de transformação nas formas de construir o
conhecimento e consequentemente ensinar e aprender. O papel do professor é
fundamental, tornando-o um orientador do processo em andamento.
Professor, aluno e humanidade em geral vivem num mundo
totalmente tecnológico e o grande risco que esse mundo oferece é de que o homem
deixe de pensar, racionar e questionar criticamente diante da comodidade que o
avanço da tecnologia oferece atualmente para a sociedade em seu contexto. É de
fundamental importância que a escola faça o seu papel que é orientar
conscientemente o jovem educando no uso eficiente desses dispositivos, isto é,
professores, escola e alunos em harmonia com a tecnologia.
(Supervisora:
Maria Gonçalves)
"SE VOCÊ NÃO SABE ONDE QUER IR, QUALQUER CAMINHO SERVE".