sábado, 20 de setembro de 2014

CADERNO II - JOVEM E A FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL

PARADOXO

          Quando se fala em juventude, deparamo-nos por vezes com um paradoxo:

         “O jovem no Brasil nunca é levado a sério [...]
          Sempre quis falar, nunca tive chance
          Tudo o que eu queria estava fora do meu alcance
          [...]  (Charlie Brown Jr. – Não é sério

          Por outro lado, “Todos querem ser e parecer jovens”.


     SE VOCÊ É JOVEM AINDA – CHAVES

(Refrão)
Se você é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda,
Amanhã velho será, velho será, velho será!
A menos que o coração, que o coração sustente
A juventude, que nunca morrerá!

Existem jovens de oitenta e tantos anos,
E também velhos de apenas vinte e seis.
Porque velhice não significa nada,
E a juventude volta sempre outra vez!
(Repete refrão)

E você é tão jovem quanto sente
Pode apostar: é jovem pra valer
E velho é quem perde a pureza
E também é quem deixa de aprender!
(Repete refrão)

Não diga não à vida que te espera,
Pra festejar a alegria de viver,
Pra agradecer a luz do seu caminho,
E você vai com isso entender!
(Repete refrão 2x)

Nhonho: "Olha, olha turma! O Dr. Chapatin!
É o velho mais jovem que eu conheço!"
Dr. Chapatin: "Eu não sou velho, viu!
Sou uma pessoa vivida!"
Nhonho: "É, Dr. Chapatin,
Quantos anos o senhor tem, hein?"
Dr. Chapatin: "Eu? Todos!
Mas isso não te interessa, ouviu!
Jovem ainda!"

          Assim, iniciamos as discussões de assunto de tamanha relevância. Acredito que de forma paradoxal também...afinal, o clip escolhido para assunto tão sério foi nada mais, nada menos que: CHAVES! Ou não?...

Escola  - professores - alunos “jogo de culpados”


DE QUEM É A CULPA?



          Foi organizada a simulação de um júri, tendo como réu o aluno, que tinha a seu favor um advogado de defesa e um promotor que exigia a sua condenação. Também havia as testemunhas de cada uma das partes. 
    








         A atividade propiciou muitas reflexões em relação ao tratamento oferecido aos alunos. É comum olhá-los de forma igualitária, ignorando que: “Jovens necessitam ser percebidos como sujeitos de direitos e de cultura e não apenas como ‘objetos’ de nossas intenções educativas”.



          Professora Maria do Carmo, em suas reflexões, disse que: "nós educadores temos que procurar um meio mais fácil para conquistarmos nossos educandos para a sua formação, usando seus dons, dos quais por vezes passam despercebidos por nós". 




           Professora Lea, chama a atenção que a relação entre professor e aluno é geralmente profissional: "A partir do momento que você passa a se interessar pela sua clientela, trocar ideias e informações, este intercâmbio melhora o relacionamento entre aluno e professor e dá mais subsídios para o ensino do conteúdo programático proposto no currículo".


          " Os jovens sujeitos do Ensino Médio nos trazem cotidianamente desafios para aprimoramento de nosso ofício de educar... Entre esses desafios, encontra-se a difícil tarefa de compreensão dos sentidos os quais os jovens elaboram no agir coletivo, em seus grupos de estilo e identidades culturais e territoriais que, em grande medida, nos são apenas “estranhos” (no sentido de estrangeiros) e diferem de muitas de nossas concepções (adultas) de educação (escolar ou não), de autoridade, de respeito de sociabilidade “adequada” e produção de valores e conhecimentos".


ENCONTRAMOS O CULPADO? É O PROFESSOR?...


           "Ao buscar compreender essa realidade, um primeiro passo é constatar que a relação da juventude com a escola não se explica em si mesma: o 'problema' não se reduz nem apenas aos jovens nem apenas à escola e aos seus professores. É fundamental superar a nossa tendência em achar 'o culpado' de um relacionamento problemático".

        O fracasso escolar aparece hoje entre os problemas de nosso sistema educacional mais estudados e discutidos. Porém, o que ocorre muitas vezes é a busca pelos culpados de tal fracasso e, a partir daí, percebe-se um jogo onde ora se culpa a criança, ora a família, ora uma determinada classe social, ora todo um sistema econômico, político e social. Mas será que existe mesmo um culpado para a não-aprendizagem? Se a aprendizagem acontece em um vínculo, se ela é um processo que ocorre entre subjetividades, nunca uma única pessoa pode ser culpada. Alicia Fernández nos lembra que “a culpa, o considerar-se culpado, em geral, está no nível imaginário” (FERNANDEZ, 1994) e coloca que o contrário da culpa é a responsabilidade. Para ser responsável por seus atos, é necessário poder sair do lugar da culpa.
            
   
                                      

          Para terminarmos a oficina iniciamos as discussões sobre: Jovens em suas   tecnologias, assunto esse que por vezes incomoda, devido os alunos terem mais familiaridade do que o professor.
       Se a tecnologia é considerado para muitos professores como  ameaça a autoridade, é também considerada como ferramenta educativa que facilita o diálogo entre os jovens e a escola, com práticas inovadoras. O desafio está na mediação, no diálogo e tentativa de aproximação com os jovens. 
     

          No parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE, 2011) que a fundamenta, fica explícita a necessidade de uma “reinvenção” da escola de tal forma a garantir o que propõe o artigo III, ou seja, “o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico”, e também o artigo VII, “o reconhecimento e aceitação da diversidade e da realidade concreta dos sujeitos do processo educativo, das formas de produção, dos processos de trabalho e das culturas a eles subjacentes”. 

                Os jovens devem ser  desafiados a fazer uso seguro e crítico das novas tecnologias na perspectiva de dominar os instrumentos do conhecimento e não ser dominados por elas. 
           

"Eu temo o dia em que a tecnologia ultrapasse nossa interação humana, e o mundo terá uma geração de idiotas". (Albert Einstein)



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