quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

INÍCIO SEGUNDA ETAPA...

Mais uma jornada... dias 22 a 25 de novembro.



        Iniciamos a nossa etapa II em Vilhena com uma formação junto com nossos formadores regionais. Foram dias de grande proveito para que o Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio saia da teoria e seja efetivado em nossas escolas de Rondônia. Cada caderno foi trabalhado por professores qualificados para servirem de norte para a organização de nossas oficinas junto aos professores. Ao término dos estudos prévios o sentimento que me invadiu foi: Educar com qualidade é um desafio que requer vontade, determinação e coragem.




           A ideia inicial era que os estudos referentes a etapa II fossem realizados em 2015, mas ao aprofundar as reflexões sobre o caderno I, Organização do Trabalho Pedagógico, percebi o quão produtivo seriam essas reflexões ao término de 2014, uma vez que poderíamos ter uma semana pedagógica direcionada para as novas propostas. Apesar de tantas atividades para fecharmos o nosso ano letivo, com o apoio de nossos professores foi possível realizar esses estudos. Foram necessários para isso três encontros para contemplamos todo o quadro de professores e gestão.
         Tivemos a alegria de em um dos encontros recebermos a nossa formadora regional Maria Helena, que está sempre disposta a contribuir para que o Pacto seja uma realidade em todas as escolas que coordena.


            Pudemos sentir que a segunda etapa retoma os estudos feitos na etapa I, com um diferencial: que saiamos da teoria e vamos para a prática.

              O capítulo I aborda a formação humana integral: a articulação entre os direitos à aprendizagem e ao desenvolvimento humano e a Organização do Trabalho Pedagógico. Volta a nossa atenção para o que é primordial na educação da atualidade. Que seja levado em conta o contexto da diversidade cultural:


[...] levar em conta a origem das famílias e reconhecer as diferenças entre os referenciais culturais de uma família nordestina e de uma família gaúcha, ou ainda, reconhecer que, no interior dessas famílias e na relação de umas com as outras, encontramos indivíduos que não são iguais, mas que têm especificidades de gênero, raça/etnia, religião, orientação sexual, valores e outras diferenças definidas a partir de suas histórias pessoais. (BRASIL/ MEC/SEPPIR, 2009, p. 23)


            Após assistirmos ao vídeo do professor Miguel Arroyo refletimos acerca da diversidade na sociedade e na escola.


            Os grupos trouxeram as seguintes reflexões:
          1- A diversidade e a pluralidade constituem desafio na organização do trabalho pedagógico escolar? Quais?
          Sim. Na formação do conhecimento, no planejamento, na divulgação, implementação teórica e na prática da diversidade e pluralidade de nossa nação.
            Grupo: Berenice, Chagas, Marilson e Tatiane
           
            Sim, pois a escola precisa levar em conta as diversidades que são muitas: Cultural, econômica, religiosa, familiar entre outros.
            Grupo: Jandira Souza Andrade Job. Nelice Selmer Fiuza.e Maria do Carmo.


          2- A pluralidade e a diversidade podem ser mola propulsora de nova organização do trabalho pedagógico? Como? Por quê?
            A pluralidade e a diversidade constituem um desafio na organização do trabalho pedagógico escolar. Visto que é necessário ter um olhar diversificado, múltiplo, para os sujeitos do nosso trabalho. Fazer um planejamento que atenda a todos exige conhecimento prévio da clientela como: quais são os seus anseios, suas limitações, angústias e insatisfações. Para que o docente adquira mais conhecimento, ele terá que ter tempo disponível. “Há tempo disponível para isso?”
            Grupo: Berenice, Chagas, Marilson e Tatiane

  Disponibilizar de cursos profissionalizantes, tanto para alunos com para suas famílias, trazendo a comunidade para a escola. Porque muitos de nossos alunos ao saírem do ensino médio não têm como continuar os estudos, com o possível curso ele poderá trabalhar e futuramente pagar a sua própria faculdade.
        Fazer a festa das nações com ensino médio e festas das regiões para ensino fundamental. Isso fará a aproximação cultural dos alunos.
         Propor reuniões com alunos e professores dando oportunidade para eles exporem seus anseios e necessidades.
     Ter um acompanhamento mais intenso com alunos em dificuldades disciplinares e de aprendizagem.
         Reunião com pais nas salas com mais dificuldades, tanto de aprendizagem como disciplinar.
            Grupo: Jandira Souza Andrade Job. Nelice Selmer Fiuza.e Maria do Carmo.




            Outro ponto que o capítulo aborda é a escola como lócus    da formação integral: trajetórias docentes e reconhecimento das diferentes juventudes. São apresentados dois modelos de organização da escola de Ensino Médio, que se constituíram na história da educação brasileira:
            O primeiro decorrente da lógica econômica – formar perfis profissionais para o mercado de trabalho, em especial destinado aos alunos das classes populares. E o segundo, destinado à formação das elites dirigentes com vistas ao acesso à educação superior.
       Essa dualidade estrutural do Ensino Médio historicamente construiu diferentes políticas educacionais que refletiram dois perfis de formação de professor: Um destinado à educação geral e outro a educação profissional. Esta dualidade do Ensino Médio atingiu professores e estudantes nos aspectos formativos e profissionais, como uma resposta às demandas do contexto econômico; que por sua vez, distribuiu os estudantes em dois grupos distintos. Um desses grupos, o maior, direcionado a atender a necessidade de mão de obra; e o outro, muito seleto, formado para corresponder aos cargos intermediários e dirigentes da sociedade brasileira.
            A pluralidade e diversidade dos sujeitos (professores e estudantes) são fundamentos a serem considerados no PPP.
          As professoras: Cícera Maria Felix de Figueiredo, Cíntia L. Navarro da Silva, Franciele B. Sá Monteiro, Glaucia Lemos Ribeiro e Izabel F. da Silva colocaram que é preciso haver maior participação e envolvimento nos projetos da escola; o trabalho em equipe não somente a busca pela nota, mas para o crescimento e conhecimento. Participação docente na tomada de decisões, quanto às datas de reuniões, encontros, decisões pertinentes a toda comunidade escolar e principalmente um representante dos professores nestas (assim aproximará o professor da equipe gestora e administrativa.)
            Também em conversa com os alunos verificaram que a democracia nas escolas ainda não teve grande avanço. Esses compreendem que este é o caminho, porém a  maioria da classe estudantil não entende o verdadeiro significado da mesma, e acham que o objetivo é barganhar algo para si próprio e não exercem o seu papel de acompanhar os avanços e recusar o que não está certo ao ponto de lutar por seus diretos. Por este motivo a implantação do grêmio estudantil é peça chave na democracia escolar.
            Por fim, as professoras refletiram sobre os problemas que precisam ser resolvidos imediatamente na escola, que é a participação nas decisões, maior autonomia e acompanhamento do professor junto às decisões com a equipe gestora. As nossas falas têm que condizer com a nossa conduta (ex. mau humor na sala vai trazer resultados ruins). As manifestações são diversas, pois ainda persiste a ideia de que uma parcela (grande) dos alunos estuda para conseguir trabalho enquanto a minoria busca e almejam uma vaga na universidade garantindo um futuro promissor. Foi observado que na semana pedagógica foi debatido e fizemos algumas mudanças, em alguns projetos, mas que na prática não foram alterados e causaram desmotivação e frustrações para os professores. Assim, requer que cada segmento tenha comprometimento e seja organizado em sua função para que o trabalho em equipe funcione.


        As professoras Cláudia Liege e Lea chegaram à conclusão que os problemas que precisam ser resolvidos imediatamente na escola são:
  • Os alunos terem mais responsabilidade com a aprendizagem;
  • Maior entrosamento dos professores de todas as áreas;
  • Resgatar os sonhos dos alunos, o que querem ser no futuro.
            Chamaram a atenção para o fato de que até agora não foram feitos trabalhos sistemáticos para atingir os problemas acima citados. Apresentaram sugestões que contribuir para mudar essa situação:
  • Os alunos levarem mais a sério os estudos que o governo propicia, tendo uma conscientização da necessidade de estudar.
  • Reunir os professores e discutir o conteúdo programático (interdisciplinaridade);
  • Mostrar que tudo o que é conquistado na vida não vem de graça e sim com trabalho e estudo.

            Outro ponto importante que o caderno trata é a efetivação do novo redesenho curricular que deve ser baseado nas Diretrizes Curriculares Nacionais o que se torna inviável se não houver a valorização e interpretação do planejamento participativo: Projeto Político-Pedagógico, Proposta Pedagógica Curricular, Plano de Trabalho Docente, Regimento Escolar e Estatuto(s) como mediações para a Organização do Trabalho Pedagógico Escolar.


           Refletimos  que não é possível mais concebermos uma educação em que nós professores planejemos solitariamente. Faz-se necessária a interação entre a mesma disciplina e entre outras disciplinas. Busca-se, neste planejamento, a articulação entre os conteúdos e seus significados para a formação humana integral.
           As professoras Cláudia Lúcia e Cleonice, a partir de reflexões, concluíram que  “os trabalhos pedagógicos na educação, ou seja, o plano de trabalho dos docentes, para que aja um funcionamento da política educacional o trabalho tem que acontecer em rede. Devemos analisar as diferença nas diversas áreas social, econômica, política e cultural e, deverão estar embasados na legislação brasileira, diretrizes e parâmetros curriculares para que assim possam acontecer os projetos, os planos os regimentos e estatutos educacional.     A escola precisa absorver a todos esses fatores e repensar suas ações, pois assim poderemos alcançar os nossos objetivos”.      


        As professoras Juliana, Cássia, Glaucia e Áida, após analisarem o esquema acima apresentaram as seguintes reflexões:
     A população brasileira é resultado do processo de miscigenação racial, refletindo na grande diversidade de grupos étnicos, estes trazem consigo uma gama de hábitos e costumes diferenciados. Dessa forma estas diferenças, refletem na sociedade na qual estão inseridas. No contexto educacional elas ficam evidenciadas, assim, o grande desafio é: como trabalhar com tantas diferenças, sem perder o foco, nem o direcionamento? Não adianta só criar leis é necessário o apoio técnico ao professor, que atualmente se sente pressionado, sobrecarregado, desmotivado financeiramente, solitário em suas angústias, não consegue mais gerenciar sua atividade, perdeu a direção, não sabe mais qual sua atribuição, ou seja, ser professor, psicólogo, médico para diagnosticar  casos graves de deficiência e desequilíbrio emocional, assistente social, tem que atuar com as famílias e .......
       Portanto, por muito tempo  ignoradas as diferenças, tanto em relação a grupos étnicos, desigualdade social,  de gênero, pessoas com deficiências, é uma gama de pequeninas formas de expressar-se e demonstrar suas habilidades e capacidade, mas na atualidade  não é mais possível ignorá-las, ou tratar o sujeito(aluno) com descaso já que muitos necessitarão um atendimento especializado(como é o caso dos deficientes). Assim a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação já prevê esta mudança no contexto da pluralidade e diversidade cultural e no respeito à vida e a dignidade humana.
       De acordo com as LDB o PPP (projeto político pedagógico) manifesta a identidade escolar e o mesmo tem que atingir a todos colocando em prática as forças coletivas possibilitando a busca da qualidade da educação escolar. O PPC articula as relações entre LDB e as PCNEM reafirmando o significado da participação da escola e dos professores na construção de redesenhar o currículo do ensino médio. O PTD tem que acontecer de forma interativa entre os docentes para eliminar o planejamento solitário.
          O Regimento e Estatuto – é a síntese da normativa escolar que apresenta como finalidade assegurar a execução dos objetivos pedagógicos e sócio educacionais no projeto da escola direitos e deveres, disciplina as atividades onde todos devem ser educadores seja qual for sua função dentro da escola.

       Foram discutidos também os principais problemas da escola (Ensino Médio), os impactos desses problemas e propostas ações para mudar essa realidade, com vistas a reconstrução do PPP em 2015:


PROBLEMAS
(o que precisa ser mudado)

IMPACTOS NEGATIVOS
(do problema)

AÇÕES
(para resolver o problema)
1- Indisciplina
Dificuldade do ensino aprendizagem.
Projetos esportivos;
Efetivação de diálogos entre gestores, docentes, discentes e funcionários.
2-Estrutura inadequada
Dificuldade na efetivação das atividades aplicadas.
Rever as ações propostas pelo PPP;
Repensar as ações filosóficas. (ideológicas)
3-Invisibilidades para execução de aulas de campo
Falta de aproximação entre a teoria e a pratica.
Criar parcerias com instituições ou órgãos nas mais diversas áreas.
4- Carga horária extensa.
Tempo de planejamento insuficiente ou reduzido.
Redução de carga horária.
5- Ineficiência na execução da interdisciplinaridade.
Dificuldade em se alcançar o objetivo.
Execução da interdisciplinaridade.



Professoras: Cláudia Lúcia Leitão de Figuerêdo
                    Cleonice de Moura Fonseca Viana





PROBLEMAS
(o que precisa ser mudado)

IMPACTOS NEGATIVOS
(do problema)

AÇÕES
(para resolver o problema)

1- Autonomia
As leis delimitam muito e não permitem que realmente as escolas sejam “autônomas” exemplo sistema de avaliação.

?

2-Participação de Pais

Não acontece na semana pedagógica.

Trazer os pais que estão inseridos no Conselho Escolar a participarem efetivamente do PPP.

3- Divulgação do PPP final.
Não temos o PPP finalizado de fácil acesso, sempre tem que procurar e tal.
Promover de forma expositiva no mural, impresso e digitalizado para cada professor

4- Projetos
Muitos projetos que dificultam trabalhar o conteúdo em sala de aula.
Retirar alguns, reformular outros e na semana Pedagógica deixar decidido os coordenadores e colaboradores, pois sobrecarregam alguns e outros não fazem nada em nenhum projeto.

5- Conselho de Classe
Péssimo, acredito que devem pedir a opinião dos professores referente a  que abordar no conselho pois tentam fazer um diagnóstico geral que não é bom. O tempo é insuficiente.
Entrar em consenso no que abordar no conselho. Marcar data com antecedência consultar os professores antes, pois não está sendo eficaz do jeito com que vem sendo feito.




Professoras: Cássia, Gláucia, Áida e Juliana.

            O último capítulo, também de grande importância para a efetivação das mudanças propostas, tratou do papel do gestor em promover com os coordenadores pedagógicos a possibilidade da realização de formações continuadas.
            A organização do trabalho pedagógico na escola requer compreender, inicialmente, qual a natureza desse trabalho e quem são seus atores. Vale ressaltar que na escola todos realizam trabalho de natureza educativa: os docentes, o gestor, os coordenadores pedagógicos e os demais profissionais da educação: funcionários que atuam nas áreas de infraestrutura (limpeza, segurança), administrativa, alimentação escolar, laboratórios e, também, os estudantes.
   Como última atividade, cada professor analisou como o conselho escolar tem sido trabalhado em nossa escola, uma vez que Lima (2012) afirma que:
 Reside no Conselho de Classe o espaço apropriado para avaliação do processo de ensino, mas que este é deixado de lado sob a pressão das forças tradicionais que cedem lugar à mera expressão numé­rica dos resultados da avaliação da aprendizagem. Em alguns casos, o Conselho de Classe significa sim­plesmente, um espaço para leilões de notas, conceitos e menções. O desejo exagerado por anunciar apenas os resultados, tem ocasionado a fragilização do processo de avaliação que perde sua importância pela ênfase nos resultados descontextualizados da realidade onde foram originados. (WERLE, 2010)
Nesta mesma linha de raciocínio, Dalben alerta que o papel do Conselho de Classe no cotidiano escolar tem sido mais o de reforçar e legitimar os resultados dos alunos, já fornecidos pelos professores e registrados em seus diários, e não o de propiciar a articulação coletiva desses profissionais num processo de análise dialética, considerando a totalidade. (DALBEN, 1994, p. 114).
O Conselho de Classe precisa responder a alguns questionamentos: O que o estudante aprendeu, o que ele ainda não aprendeu, o que foi realizado para que ele aprendesse e, finalmente, o que pode realizar para que ele ainda aprenda. (BRASÍLIA-DF, 2014). Nesta perspectiva, o gestor escolar realiza a gestão pedagógica da escola com vistas à garantia dos direitos de aprendizagem de todos os estudantes. Quando afirmamos a gestão pedagógica, reiteramos a inadiável organização do trabalho pedagógico com base na Proposta Pedagógica Curricular, reconhecendo que as ações pedagógicas decorrem desse núcleo, o que pressupõe a garantia de algumas condições materiais objetivas, como uma ampla compreensão dos fundamentos curriculares e planejamento coletivo da prática docente, com a finalidade de articular os componentes curriculares, as metodologias de ensino e as práticas avaliativas. As análises decorrentes das práticas dos Conselhos de Classe constituem espaço propício para fazer o acompanhamento e avaliação das práticas docentes e discentes.
            
            Seguem algumas reflexões de alguns professores:

            No conselho de classe de Dezembro de dois mil e catorze foram abordadas algumas situações, como por exemplo, os alunos de recuperação, os desistentes, a questão da IPP (Intervenção Processual Pedagógica), ainda foi discutido sobre os educandos quem vêm de outras escolas sem notas nos bimestres anteriores.
            No momento algumas sugestões foram encaminhadas. Em relação aos alunos de recuperação, os professores foram  alertados a recolher as assinaturas de todos, os mesmos também foram questionados quanto a IPP, sobre os alunos que não tem nota em determinados bimestres foi dito que fica a critério do professor a resolução do problema, ou seja, poderá ser aplicado um trabalho, uma prova ou repetir a nota adquirida em outro bimestre.
            Durante a conversa houve muitas queixas sobre as leis e procedimentos atuais na educação, pois os mesmos têm tornado o trabalho do professores e gestores ainda mais difícil, além disso, foram comentados alguns problemas como, a falta de compromisso de professores e alunos, a indisciplina em sala de aula e o desencontro de informações entre os gestores da escola.
            Quanto ao ensino e aprendizagem não houve grandes comentários, visto que se tratava do último conselho do ano, tornando assim desnecessário alguns assuntos.
            Em relação às práticas democráticas sempre acontece salvo em algumas situações.         Neste conselho não houve decisões importantes, somente a questão dos alunos que vêm sem nota para escola, neste caso cada integrante pode dar sua opinião e a decisão foi feita democraticamente.
            Os conselhos acontecem com frequência, porém algumas mudanças devem acontecer. Primeiro, deixar de ser prioridade saber quem ficou ou não de recuperação, ao invés disso, encontrar caminhos para que o índice diminua ainda propor caminhamentos individuais para cada situação, discutir as práticas positivas e negativas, contar com a participação de alunos responsáveis neste processo, além disso, repensar meios para facilitar o dia a dia de educador e educando em sala de aula, ou seja, regras e conscientização dos alunos em relação ao ensino e aprendizagem, já que, o nosso maior problema é a indisciplina e não a dificuldade de aprendizagem, exceto em poucos casos. Muito é feito, mas com certeza com empenho de todos é possível fazer mais por nós educadores e por nossos alunos que é o principal foco da educação.
 Professora: Jandira Andrade Job

            O principal objeto do Conselho de Classe é o ensino e suas relações com a avaliação da aprendizagem. Nesse sentido, a importância do Conselho de Classe, está na possibilidade e capacidade de leitura coletiva da prática e, diante do reconhecimento compartilhado das necessidades pedagógicas, mobilizarem esse coletivo no sentido de alterar as relações nos diferentes espaços da escola.
            Torna-se necessária a participação de todos os segmentos nos Conselhos de Classe, assumindo assim, suas parcelas de responsabilidade na efetivação do Projeto Político-Pedagógico da escola e assegurando a função desta instância colegiada, como um dos mecanismos de gestão democrática da escola.
            Segundo Dalben, um novo Conselho de Classe só será possível de ser efetivado quando os sujeitos que o integram apoderam-se, conscientemente, dele, colocando-o a serviço de seus propósitos, articulando-o com um Projeto Político Pedagógico comum. Desta forma o Conselho é um espaço educativo gerador de ideias, que deverá dar conta de importantes questões didático-pedagógicas, possibilitando assim, aprendizagem efetiva a todos os alunos e ao professor uma reflexão da sua própria prática. Ao refletir sobre seu próprio trabalho, o professor terá oportunidade de construir novas teorias, novos esquemas e novos conceitos, adquirindo um novo olhar pedagógico que se refletirá no espaço de sala de aula.
            Portanto, há necessidade de se rever as reais finalidades do Conselho de Classe, como instância integradora da organização social e do trabalho desenvolvido pela escola.
Professora: Cíntia Navarro

           O primeiro impasse é a falta de organização da equipe escolar, pois ainda tínhamos professores aplicando provas bimestrais e desta forma não foi possível diagnosticar em todas as disciplinas o ensino-aprendizagem e a nota final dos alunos causando insatisfação de muitos professores e até mesmo dos alunos que perguntam por que alguns já terminaram e outros não? Ai quem termina antes do calendário escolar fica como bom e o outro que está seguindo o calendário e segurando o aluno até na data correta fica como irresponsável.
           Em relação aos alunos a primeira problemática abordada foram os alunos que faltam muito durante o bimestre perdendo atividades, conteúdos, matando aula comprometendo o ensino-aprendizagem dos mesmos. Segundo ponto, alunos que vêm de outra escola sem nota de bimestre anterior por vários motivos: sem professor, não avaliaram parcialmente, tinham sistema de avaliação diferente.
          Os encaminhamentos não foram feitos, pois o conselho foi para levantamento dos alunos aprovados e diagnosticar os que ficaram para recuperação desta forma não foi tratado sobre aprendizado somente notas baixas.
            Durante o conselho escolar são várias as queixas dos professores em relação dos alunos devido a falta de compromisso dos mesmos, quando falamos de queixa é dito no sentido de expressar com os colegas também professores comportamento ruins do aluno enquanto quando dizemos problema é quando temos fatos e situações em comum que precisa de uma intervenção geral com participação de todos gestão escolar, orientador, professor, pais e responsáveis.
          Diante de um conselho escolar de final de ano não tivemos muitas sugestões na verdade foi pedido para ser verificado na CRE coordenadoria regional de ensino o que deveria ser feito com os alunos vindos de outras escolas sem notas de bimestre anterior? Pois, diante destas situações gostaríamos de como professores sermos respaldados pelas atitudes de acordo com as normas do estado e não como achamos que devemos dar a nota que não temos.
            Em relação a práticas de gestão democrática, não podemos fazer muito diante das problemáticas abordadas, mas estamos percebendo o quanto devemos estudar as normas e leis que regem a educação.
        Teoricamente o conselho de classe deveria discutir o ensino aprendizagem, o andamento da turma em geral, convivência entre os alunos, parecido com o que é citado por Lima (2012), mas na prática não conseguimos praticá-lo da forma correta, pois são tantas as angústias referentes à indisciplina dos alunos, falta de compromisso dos mesmos, falta excessivas nas aulas que na verdade tratamos destes alunos o que fazer com eles para tentar melhorar as notas mesmo ele não querendo aprender. O método tradicional é necessário sim, pois não conseguimos tratar de forma geral dos nossos alunos e sim de forma individualizada como já estudamos no caderno de tarefa, os alunos são diferentes, tem tempo e forma diferente de aprendizagem as quais ainda não conseguimos chegar a todos propiciando um ensino-aprendizagem igual para todos, com esta fala não digo que devemos continuar com o método tradicional mas complementá-lo, o problema é que não existe uma regra para todos os casos e como foi respondido pela CRE fica a critério da escola resolver a nota do aluno. Então deixo a questão... será que estamos preocupados com nota ou com aprendizado? Pois o conteúdo que este aluno não viu ele não terá como ver, a nota podemos avaliar pelo que foi lhe passado, mas o que ele perdeu?
            Nem tudo podemos resolver de forma justa e coerente pois até a onde a lei nos ampara?
          Precisamos estudar a fundo a LDB e o regimento escolar, estadual e quaisquer outros documentos que possa nos amparar e ajudar a resolver alguns problemas que nos surgem durante o processo de ensino. 
Professora: Juliana Bessa

            Assim, concluímos os estudos relacionados ao caderno I: Organização do Trabalho Pedagógico no Ensino Médio, com a certeza de a mudança é urgente e necessária. Afinal, nossos alunos precisam voar.




            

sábado, 8 de novembro de 2014

ENCERRAMENTO SISMÉDIO - ETAPA I

     No dia sete de novembro, nós professores da E. E. E. F. M. Aluízio Ferreira, tivemos a alegria de concluirmos os estudos referentes à primeira etapa.
     Eu não poderia iniciar o encontro sem antes agradecer àquele que move e sustenta todas as coisas. Aquele que me deu forças para conciliar meu lado espiritual, família, vinte e sete  aulas e formação. Assim, refletimos através da música: Amar como Jesus amou interpretada pelo padre Marcelo Rossi.


      Na sequência, a professora de Geografia Áida Dominato ofertou a cada colega uma linda mensagem.
      Então, foi o momento de começarem os depoimentos referentes à formação. Cada professor recebia um cartão com uma qualidade sua marcante e expunha seu ponto de vista em relação aos estudos.


 


 










        Confesso que as palavras ouvidas foram molas que me impulsionaram para ir ao encontro em Vilhena desejosa de voltar pronta para que a segunda etapa seja tão boa, ou ainda melhor que a primeira. Não digo isso no intuito de valorizar o meu trabalho, mas o empenho e a dedicação de todos os professores em cada atividade que lhes foi proposta. Sei que alguns orientadores não tiveram esse privilégio que tive. Uma equipe grande, vinte e cinco professores e uma coordenadora pedagógica, que sistematicamente compareciam aos encontros e estavam empenhados em refletir sobre cada caderno estudado. Sem contar que tivemos encontros em que passamos o dia todo na escola. Não havia desculpas, mas se buscavam estratégias para que pudéssemos chegar a esse momento.






        Concluo essa postagem com a vivência da professora de Língua Portuguesa Jandira.

RENOVAR SEMPRE, 

MAS SEM PERDER A ESSÊNCIA





Ao ser convidada a participar do pacto, logo veio a mente o desafio que seria incluir mais um trabalho entre tantos que já tenho, como professora, dona de casa, esposa, mãe, igreja, enfim, são vários. Porém, refletindo sobre o assunto cheguei a conclusão que não devo conformar somente com a minha formação e parar, pois tudo vai mudando com o passar dos tempos e  como educadora devo  estar sempre buscando novos caminhos para o melhoramento próprio e dos meus alunos.
No decorrer do curso constatei que os trabalhos tornaram-se bastante interessantes, os encontros descontraídos com a participação de todos, uma equipe animada, isso fez um bem enorme para mim, nesses momentos o grupo pode compartilhar experiências positivas e negativas levando todos a reflexão para encontrar soluções e não culpados. Além disso, a orientadora, Telma Rocha, conduziu essa primeira etapa com muita eficiência, tanto nos estudos como na organização de dias e horários, facilitando assim, o bom desempenho de cada um. A maior parte das atividades foram coletivas, o que facilitou a realização das mesmas, além de torná-las mais atrativas e proveitosas. As atividades individuais também foram bem conduzidas pela a orientadora do curso, podendo ser realizadas sem grandes dificuldades.
Em relação aos conteúdos dos cadernos, concordo com a maior parte deles, mas alguns pontos devem ser repensados. Vejamos alguns pontos:
Ao estudar o primeiro caderno do pacto, foi possível perceber os avanços que houve durante todos esses anos em relação à educação. Não há como negar a melhoria na qualidade do ensino, principalmente nos quesitos como, o acesso às escolas, ao profissionalismo dos educadores, aos incentivos aos educando, mas por outro lado perderam-se os valores, o amor à pátria, o respeito aos pais e aos professores. Com isso, a educação também perdeu o rumo.
Sabe-se que o ensino pode e deve ser melhorado, porém se algo não for mudado na mente da nossa sociedade, toda essa busca em avançar, será em vão. Para que aconteça essa mudança tão esperada por todos é preciso descobrir meios para compreender os anseios dessa juventude em conflito.
Já no segundo caderno foi possível perceber que jovens e professores estão em conflito. Do ponto de vista da maioria dos professores a juventude atual não tem colaborado para um bom desenvolvimento do ensino, por outro lado são constantes as reclamações dos estudantes em relação aos professores, pois os mesmos veem seus educadores como opositores e não como mediadores.
Os educadores veem sofrendo ultimamente com a brusca mudança de comportamento dos seus educando, visto que nossa juventude tem vivido uma realidade em que os valores antigos já não têm tanta importância para os mesmos, ou seja, os conceitos de valores são outros, vivemos em uma sociedade fragmentada, onde a maioria das famílias não possui mais os princípios que regem uma boa conduta. Com isso nossos jovens parecem estar perdidos, principalmente em relação aos estudos e consequentemente ao seu futuro.
Os jovens, por outro lado, não encontram respostas as suas dúvidas em seus professores, pois há muitas vezes uma barreira entre o “velho e o novo” os anseios não são supridos na escola, talvez porque a escola e professores não estão preparados para tal realidade. Percebe-se essa disparidade quando entra a questão da tecnologia. Essa nova geração tem acesso a todo o momento aos inúmeros meios tecnológicos, mas ao mesmo tempo não sabem usá-los adequadamente, a rede de ensino do nosso país incluindo os educadores, não estão preparados para dar suporte a esse avanço desenfreado da tecnologia.
As discussões feitas nos encontros do pacto têm como objetivo descobrir meios para que possam ajudar nesses conflitos, como encontrar soluções para os problemas existentes, não achar culpados, mas buscar o caminho menos doloroso para ambas a partes.
No terceiro caderno foi abordada a questão das grades curriculares. Nelas devem trazer a realidade de cada escola, porém é preciso levar em consideração o currículo nacional para que todos os estudantes de todo o país tenham a mesma oportunidade, além disso, propor aos jovens algo concreto, ou seja, que os ajude a se prepararem para o futuro.
Mas qual seria a necessidade maior dos jovens hoje? Talvez seja preciso incluir atividade além dos conteúdos disciplinares, como projetos que levam à reflexão sobre os problemas sociais do país, ao pensamento crítico, pois cabe a eles elaborarem suas próprias experiências na construção do novo.
Com este objetivo vale repensar a ideia dos cursos técnicos dentro da escola, visto que as pesquisas mostram um número grande de jovens que não ingressaram no ensino superior. Isso devido vários fatores, mas o principal é a falta de recursos financeiros, por isso, precisam trabalhar para ajudar no sustento da família.
No intuito de diminuir estas dúvidas ou entender melhor as necessidades dos alunos, houve um diálogo entre eles e os professores da escola, onde pôde perceber que falta muito para se chegar ao ideal, mas ficou clara a grande possibilidade de alcançar o objetivo.
No quarto caderno vimos que formação tanto intelectual quanto humana está nas mãos dos educadores, pois esses têm, ou melhor, deveriam ter o dever e a capacitação para ensiná-los. No entanto, essa realidade está longe de ser alcançada em nosso país.
Sabe-se que o papel do educador vai muito além de passar conteúdo para o aluno, antes de tudo um ser humano precisa entender o porquê está em uma sala de aula, ter em mente seus objetivos e ser acima de tudo um bom cidadão. Porém, quando o professor se depara com as situações adversas no dia a dia sente-se tão incapaz que às vezes pensa até em desistir, visto que sua vontade é transformar e não conformar com a situação.
Entende-se também, que um profissional depende de outros para desenvolver um bom trabalho, ou seja, é preciso capacitação de todos os profissionais da área para desenvolver um bom trabalho, mas capacitação na formação humana e não somente em uma disciplina ou em qualquer setor.
Por isso, a formação continuada tanto de professores quanto dos demais profissionais da escola é indispensável, mas para alcançar essa interação depende de muito esforço por parte dos educadores, de toda sociedade e apoio dos governantes, podendo iniciar com atitude de cada um de nós.
Os cadernos cinco e seis foram muito importantes, pois falaram das avaliações e administração escolar. Foram quebrados alguns conceitos sobre avaliação, conhecemos um pouco mais sobre administração da escola, expomos nossas opiniões no trabalho realizado em grupo.
Durante esse processo de formação já pude observar algumas mudanças, principalmente na maneira de eu agir com os alunos, mais flexibilidade, mais segurança, são pequenas mudanças, mas o suficiente para ouvir alguns comentários como, “nossa professora que legal essa atividade”, ainda um dia desses quando eu cheguei a uma sala e entreguei a atividade para os alunos, um deles disse: até que enfim, uma coisa legal. Embora dizendo num tom de ironia, eu fiquei feliz, afinal tudo que um professor quer é que os seus alunos mostrem interesse pelas aulas.  Cheguei ao final dessa etapa com muito confiança e espero que a próxima seja ainda melhor.
 “Dizem que a vida é para quem sabe viver, mas ninguém nasce pronto. A vida é para quem é corajoso o suficiente para se arriscar e humilde o bastante para aprender.” Clarice Lispector

Professora: Jandira Job


      Acredito que o meu sorriso demonstra o quão satisfeita estou com a nossa equipe.



Que venha a segunda etapa... estamos prontos!