quarta-feira, 24 de setembro de 2014

CADERNO SUPLEMENTAR E CONCLUSÃO DO CADERNO II

1º MOMENTO: 

CADERNO SUPLEMENTAR- O USO DOS DISPOSITIVOS MÓVEIS NA EDUCAÇÃO: reflexões sobre a atuação docente na era da conexão

REFLEXÃO:

          
          "Para haver conflito, bastam duas pessoas." 

           Os conflitos existem desde o início dos tempos e são uma realidade sempre presente nas relações humanas e de trabalho. Eles se originam da diversidade de pontos de vista entre pessoas, da pluralidade de interesses, necessidades e expectativas, da diferença entre as formas de agir e de pensar de cada um dos envolvidos. 


       
        A escola, como uma das maiores instituições de formação do caráter humano, cujo ambiente é recheado das mais diversas inter-relações, deve ter como modelo de gestão de conflitos aquele que se baseia no diálogo e em princípios como respeito, confiança e comprometimento. No entanto, muitas vezes predominam medidas punitivas e esquece-se que o diálogo pode ser a chave para relacionamentos saudáveis.

    Embora possa parecer paradoxal, nem todos os conflitos são necessariamente ruins. Muitos deles funcionam como agentes catalisadores de esforços e ideias. 

    A intensa e extensiva presença das tecnologias nessa temporalidade e a existência cada vez mais frequente de jovens conectados com grande familiaridade tecnológica têm inquietado os professores. É bastante recorrente ouvir depoimentos de profissionais da educação preocupados com o modo de ser dessa juventude tecnológica e conectada. Alguns professores parecem não compreender as novas formas juvenis de conduzir a própria existência, produzidas pela intensa conexão com as tecnologias digitais. E, neste sentido, expressam muita dificuldade em entender as transformações ocorridas na relação dos jovens com o acesso à informação e suas formas e se relacionar com o conhecimento. A sensação mais recorrente é que a escola e os conhecimentos curriculares estão perdendo terreno na disputa com o ciberespaço e a cibercultura.

       De um modo geral, os jovens possuem maior familiaridade com as tecnologias do que nós professores, e isso coloca em xeque a relação de poder e as hierarquias do saber na sala de aula.

        O estudo do Caderno Suplementar foi altamente enriquecedor, na medida em que propõe um repensar na metodologia de ensino uma vez que vivemos na Era da Conexão.
      Tecnologias móveis oferecem muito mais informações do que um professor pode conhecer, mudando a base de autoridade.
         

         Nova postura 


          •Função de orientador, problematizador
          •Formulador de interrogações
          •Coordenador de equipes de trabalho

  As mudanças dependem de Educadores maduros intelectual e emocionalmente,  de pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar.


      Após as discussões em relação ao caderno suplementar os professores elaboraram planos de aula, em que individualmente ou em grupos organizaram práticas pedagógicas com a inserção, principalmente do celular que tem gerado conflitos entre alunos e professores, pela utilização inadequada no espaço da sala de aula. 

        Surgiram muitas ideias, entre elas: documentários sobre temas relacionados ao lixo, às eleições, liberdade de expressão, pesquisas dos excluídos; tour virtual por museus, no qual eles podem viajar por diversos países diferentes e conhecer como cada espécie de animal vive; pesquisas virtuais na área de química; atividades voltadas a utilização do aplicativo "Grapher" na disciplina de Matemática. Enfim, aulas maravilhosas estão em processo. Assim que os relatos forem disponibilizados serão postados.







          Aproveito esse espaço para agradecer o total apoio que a equipe gestora tem dispensado para o sucesso da formação em nossa escola. Na medida do possível as supervisoras têm feito adequações nos horários e a direção sempre diz SIM às inúmeras solicitações feitas. Todos os encontros temos um lanche que faz a diferença também.



2º MOMENTO: 

Projetos de vida, escola e trabalho/ Formação das Juventudes, participação e escola 


 —    "O projeto é o que vai nos permitir fugir aos determinismos e improvisos,     organizando e planejando nossas ações futuras". (MACHADO, 2004)

     Todos temos projetos e é isso que diferencia as condutas humanas dos comportamentos de outros animais, de natureza instintiva e repetitiva, porque a capacidade de projetar a existência no amanhã é própria do humano.      
     Será que os jovens estudantes estão tendo oportunidade de exercitar, de aprender a escolher no cotidiano escolar? Quais os espaços e tempos que vêm estimulando a formação de jovens autônomos?     
     Nós, professores e professoras, podemos ser parceiros e coconstrutores desses projetos para o futuro dos jovens e das jovens estudantes. Um caminho para isso é proporcionar chances para que os estudantes falem de si e de seus projetos.

      A escola Aluízio Ferreira tem  estimulado a participação cidadã e a formação para a cidadania e os resultados têm vindo. Ganhamos o prêmio municipal de um concurso de produção textual relacionado ao tema: Melhor idade. Assunto esse que deve ocupar os bancos escolares, no sentido de valorizar cada etapa da vida humana. É comum ouvir de jovens que não sabem respeitar àqueles que tanto contribuíram para o nosso país.        
      Segue o texto vencedor:
Melhor idade
 Um assunto que gera diversas discussões é sobre o papel do idoso na sociedade e sobre o Estatuto do Idoso, que assegura direitos às pessoas com sessenta anos ou mais. Mas será que em nosso país esses direitos são efetivamente cumpridos ou ainda podemos nos deparar com pessoas que desrespeitam a lei e a terceira idade?
            O Estatuto do Idoso, criado em 2004, traz diversos benefícios, assegura-lhes meia entrada em locais públicos ou privados que abranjam  cultura e lazer, transporte coletivo gratuito, além de penas severas para pessoas que praticarem ou omitirem atos de desrespeito e abandono contra eles.
             Mas, em contrapartida ao Estatuto, dados obtidos pelo site UOL junto à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em 2013, revelam que cinco denúncias de violência contra idosos são registradas a cada hora no Brasil, o que nos mostra uma triste constatação: apesar de estarem protegidos por lei, ainda sofrem com o preconceito. Os dados ainda mostram que 70% dos denunciados têm algum parentesco com a vítima, indicando que o desrespeito nem sempre vem de fora, mas sim do ambiente em que vivem.  
            Convém atentar ao fato de que a velhice não é um lugar onde se escolhe estar, e sim um período da vida de um ser humano. Não se pode admitir a falta de respeito para com eles por suas contribuições no passado que formam o presente. Não se pode ignorar que suas     experiências e lições de vida continuam a acrescentar em cada geração.  Assim, deve haver um maior rigor na punição de infratores que desrespeitam pessoas da terceira idade, mobilizar a população a respeito das leis que protegem a pessoa idosa e realizar constantes reformas no Estatuto para que não haja brechas para a violência. Ser idoso é ter o direito de viver com dignidade e, como diz Érico Veríssimo: "Envelhecer é o preço que todos temos de pagar se quisermos continuar vivos”. 
      
                Outro momento ímpar que a escola tem vivido é a premiação regional 2014
       do Parlamento Jovem. 

           Adentrar ao Site:
 http://www2.camara.leg.br/responsabilidade-social/parlamentojovem/2014/resultado-oficial-pjb-2014 e receber essa notícia é algo que ficará marcado.





Fotos tiradas no dia 24/09/2014 - Brasília
O engajamento participativo pode aumentar o estímulo para novas aprendizagens, o desenvolvimento da convivência,
do respeito às diferenças e do reconhecimento do outro.

ESCOLA, instituição central na vida dos jovens, muitas vezes, desde cedo, é vista como um local em que não se deseja estar....


                  A escola é lugar de fazer amigos, compartilhar experiências, valores e delinear projetos de vida. Tanto a  permanência, quanto o abandono ocorrem por uma combinação de condições subjetivas (apoio familiar, relação com os professores, engajamentos na rotina escolar), fatores esses que não podem ser ignorados.

               Concluímos esse encontro tão produtivo com a escrita individual de um memorial em que os professores posicionaram-se em relação às leituras dos dois cadernos.




    "É importante, observar os alunos e colocar-se no lugar desses, que muitas vezes são deixados de lado e até  mesmo rotulados como ‘incapazes”, ‘fracos’, ou algo semelhante. O ideal capitalista de ‘vencer na vida’ precisa ser visto em sua amplitude e interpretado de maneira global, integral, dando importância às habilidades dos alunos e não só as limitações, para a formação de um cidadão completo e ativo que participa da sociedade de forma positiva. Em relação às gerações X, Y e Z, cada uma delas têm sua contribuição, devendo ser feito de forma contínua o exercício de interação entre as diferentes gerações. O papel do professor atual é o desafio de mediar de forma atrativa, inovadora e produtiva o processo de ensino-aprendizagem, que nos últimos tempos vem passando por transformações que não podem ser deixadas de lado, mas sim absorvidas".
     Professora de Filosofia e Sociologia: Cícera

     "Os estudos trazem como 'foco' o professor traçar um novo conceito sobre o 'sujeito' aluno.  Para combater a indisciplina, a evasão, é preciso que estejamos abertos para ouvi-los e com os mesmos nortearmos caminhos para se trabalhar. Precisamos vê-los com outros olhos".
     Professora de História: Gláucia Godinho

" O aluno é parte fundamental no desenvolvimento de um país. Portanto, o Educador deve estar preparado para enfrentar os desafios. Enfrentar a realidade e crescer junto para colhermos bons frutos. A educação é evolutiva e junto com essa evolução devemos sempre estar conectados a fim de darmos o melhor. O uso dos dispositivos móveis é real e indispensável para o progresso do Educador. Assim, o aprendizado é contínuo e participativo. Falar a linguagem da tecnologia é essencial no mundo que está conectado 24 horas".
Professor: Francisco Chagas


    “As tecnologias digitais e em especial os dispositivos móveis, trazem um potencial de transformação nas formas de se construir o conhecimento e consequentemente de ensinar e aprender. Na cibercultura, o papel do professor é de mediador pedagógico. Os professores têm o desafio de compreender a mobilidade para que possam propiciar experiências de aprendizagem para além do âmbito da sala de aula. Em qualquer lugar e em qualquer tempo. Portanto, é fundamental que professores estejam atentos à forma como os diferentes aprendizes utilizam seus dispositivos móveis, como acessam as informações, como se comunicam, como produzem conhecimento e como disseminam e compartilham informações. Idealizar o jovem que queremos que exista, desconhecendo o jovem real que temos diante de nós, é criar uma abstração que violenta a individualidade juvenil e também cria uma dificuldade para o relacionamento”.
     (Professora de Língua Portuguesa: Berenice Jacques)

"No caderno II refletimos sobre a importância de se entender o jovem como sujeito do Ensino Médio.
O primeiro ponto foi 'construindo uma noção de juventude', que passou pelo entendimento do que seja a juventude em suas múltiplas representações, demandas e valores. Evidenciou-se a necessidade de levar em consideração as representações, contradições, frustrações, anseios juvenis. A juventude deve ser vista como um momento determinado, mas não se reduz a uma passagem, é um momento de inserção social.
O segundo capítulo 'jovens, culturas, identidades e tecnologias', aborda que uma das mais importantes tarefas das instituições educativas está em contribuir para que os jovens possam realizar escolhas conscientes sobre suas trajetórias pessoais e constituir os seus próprios acervos de valores e conhecimentos.
A interação dos jovens com as tecnologias digitais tornou-se um importante elemento constitutivo da cultura juvenil. A escola e os profissionais da educação devem usar esse aspecto como ferramenta que facilite o diálogo com os jovens, contribuindo para o desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras.
É fundamental a existência de um projeto de vida para o aluno. A escola deve auxiliar o estudante a construir sua identidade e a entender suas potencialidades individuais.
Outro desafio para a escola é conhecer as diferentes inserções e experiências de trabalhos, além de suas repercussões para as trajetórias de escolarização dos jovens alunos. Tal perspectiva é reafirmada nas Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, na qual o trabalho é entendido como um dos princípios educativos básicos do Ensino Médio.
A vivência no território constitui uma base importante para a história de vida dos jovens. Seria interessante construir um Fundo de saberes, tendo como referência eles e seus territórios. Isto pode alargar nossa compreensão sobre como os jovens estudantes vivem e convivem em seus territórios de vida familiar, lazer e trabalho.
O último capítulo do caderno II, acena para a necessidade de experiência participativa como uma das formas de os jovens vivenciarem processos de construção de pautas, projetos e ações coletivas, vivenciar valores e o aprendizado de liderança, dentre outros. A participação potencializa os processos de aprendizagem e pode contribuir para a constituição de amplos processos formativos.
Quanto ao uso dos dispositivos móveis na educação, vemos escolas em processo de informatização, mas muito aquém das necessidades, principalmente quando o assunto é a velocidade da internet.
O desafio na educação escolar é saber como lidar e potencializar o uso dos dispositivos móveis e das tecnologias digitais, no sentido de construir uma interatividade nos domínios escolares.
A escola não tem cumprido a proposta debatida no caderno, de colocar o jovem como sujeito do Ensino Médio. O que tem prevalecido é um estado de reprodução através de avaliações ineficazes e um estado de coisificação, onde o aluno é visto como objeto, empecilho, vítima, desinteressado, desestruturado e por aí vai. Cria-se um círculo vicioso de vítima, vitimados e sistema. Ficamos presos a imaginários, tradições e estruturas que nos sublimam de vermos além do horizonte.
Apesar de todas as dificuldades enfrentadas por nós, não adianta ficar lamentando. É preciso visualizar as situações positivas na escola e manter a energia e disposição para a inovação, cumprindo assim, o nosso papel de sujeitos transformadores".
Professor de História: Leandro de Souza


  "Atualmente o jovem está diante de perspectivas não só de empregabilidade, mas de seu objetivo de projeto de futuro em um panorama de incertezas e a aprendizagem na escola está impotente no interagir com isso.
     O jovem com todos os suportes tecnológicos e de comunicação a seu dispor, absorvendo raciocínio dotado de muita rapidez com conhecimento com base na imagem, socializado com a televisão, internet, redes sociais, ao passo que a escola em sua maioria centra-se na lentidão do quadro de giz.
   Caracteriza-se, portanto em uma diferença de ritmo, tempo e espaço com muita significação. São juventudes que estão em busca de um lugar, que transitam entre várias instituições, como a família, a escola, o trabalho, não são mais aquelas crianças que estão permanentemente sob tutela, alguns já são trabalhadores, embora não se possa afirmar que possuam total independência.
     São seres pensantes questionadores, não concordam, divergem dos adultos, questionam e vivem, juntamente, uma situação de indefinições, tanto em relação ao trabalho quanto na busca de um espaço, um lugar. Com isso, proporciona também uma oportunidade ímpar de se trabalhar pedagogicamente com essas juventudes.
    Docentes precisam estar cientes disso e ter um olhar e um cuidado especial com tais juventudes. Refletindo sobre essa juventude, a escola do Ensino Médio tem que praticar, assim como todas as outras, uma pedagogia do diálogo.
    É primordial saber envolver os jovens nas decisões, dar voz e reconhecer a identidade do sujeito jovem que frequenta essa escola. Lembra-se que falar de sujeitos jovens implica falar em juventudes, no plural. A juventude no singular pode ser entendida meramente como uma etapa transitória da vida, mas juventudes no plural significa compreender que os jovens dessa faixa possui heterogeneidade de classe social, de orientação sexual, de diversidade étnico-cultural, de referência do seu entorno, que pode ser urbano ou rural.Nesse contexto, a escola e os docentes precisam reconhecer essa diversidade de juventudes e o reconhecimento não é um reconhecimento meramente formal ou legal, é um reconhecimento que deve se fazer também na prática pedagógica, portanto, não adianta apenas discutir no plano teórico, tem que relacionar com a prática em sala de aula.
    As juventudes citada são heterogêneas, divergentes e dar voz a isso não é meramente formalizar as diferenças, mas compreender que as opiniões são múltiplas e que a escola é um espaço de contradições que devem ser explicitadas e dialogadas.
   Os jovens, seus pais, sua cidade, seu entorno, os docentes, gestores, precisam necessariamente cultivar na escola a pedagogia do diálogo.
    A escola, com a prática da participação e do diálogo, é um espaço de livres manifestações, de opiniões e de uma construção em torno de consensos possíveis.
    Esses consensos não são coisas fáceis de construir, não significa somente dar voz a tudo e a todos, mas saber que precisam ser ouvidos para se procurar escolher caminhos consensuais, dentro do espaço possível de atuação da escola.
   Caracteriza-se um desafio cotidiano que poderá, dentre outros, contribuir para que a escola aumente a participação das juventudes, diminua as taxas de evasão e torne o aprendizado dos conteúdos, mas significativo, com uma escola mais próxima dos problemas que vivemos na atualidade.
    Uma escola democrática que envolve as juventudes precisa, portanto, colocar nas suas práticas cotidianas as representações que esses jovens têm na sua vida do que a escola deve fazer assim a escola pode passar a ser mais envolvente como espaço de construção de conhecimentos, de diálogo, de trabalho, conjunto de permanência e um projeto de vida importante para esses jovens.
   Em relação aos recursos tecnológicos no processo de mudança, é preciso observar que no passado, os alunos viam o professor como principal, ou única fonte de conhecimento e informação. Porém agora têm idênticas possibilidades de acesso às bases de dados das redes mundiais de computadores: bibliotecas, livros, laboratórios virtuais, simuladores, listas de discussões, grupos de intercâmbio, projetos cooperativos e muitas outras possibilidades, superando em todos os sentidos, as limitações do passado.
   Além disto, tanto os professores como os alunos podem contribuir para acrescentar informações às bases de dados existentes, de maneira simples e rápida, seja publicando eletronicamente resultados de seu trabalho, seja criando suas próprias páginas de informação na internet, alterando substancialmente o paradigma educacional vigente.
   Em relação às novas tecnologias, os professores têm visões pessimistas, otimistas ou indiferentes. A visão otimista considera as inúmeras facilidades oferecidas pelas tecnologias da informação e comunicação para o futuro de maravilhas.
   Entretanto, o problema de uso sistemático e organizado das TIC’S na educação não é tão simples como parece.
   A ausência de contexto, a quantidade e a velocidade da informação e a virtualidade dos novos meios de comunicação estão exigindo do professor um trabalho de acompanhamento e orientação muito mais intenso.
    No novo contexto tecnológico, o professor passa a ter uma importância ainda maior, diante de questões como: Como ensinar a administrar as inúmeras possibilidades de receber informações a qualquer hora e lugar? Como formar no aluno a capacidade analítica e seletiva sobre as informações que recebe? Como aprimorar o processo intelectivo de transformação da informação em conhecimento? Como podemos ver, há muitas possibilidades, novas perspectivas, mas também grandes desafios a enfrentar.
   Um dos entraves é a ausência de contexto na internet, mostrando que o acesso à informação da internet é em geral desprovido de contexto. Os referenciais de tempo, espaço, relações entre objetos, fatos, dados, etc. praticamente não existem ou exigem experiência e conhecimentos prévios para sua identificação. Neste ambiente, o aluno pode facilmente sentir-se confuso ou perdido, sem ter como relacionar as informações que recebe com algo que tenha algum significado para sua vida.

    Enfim os computadores chegaram às escolas, mas sua contribuição efetiva à educação ainda é insignificante.
    (Professora: Cláudia Lúcia Leitão)"

        Viver na sociedade da informação é adaptar-se  sem maiores questionamentos a uma era em que  as tecnologias dominam todas as áreas, ou melhor, todas as fases da vida humana e principalmente dos jovens em formação e que frequentam o Ensino Médio. Este é o principal foco em questão: o jovem como sujeito do Ensino Médio, buscando sua autoafirmação na sociedade em que vive e geralmente esbarrando nos conflitos de gerações e nos obstáculos que o Sistema Educacional brasileiro ainda impõe. Na sociedade do conhecimento, a educação ocupa lugar central e as novas tecnologias também. Esse deveria ser o ideal de sociedade onde o conhecimento estaria ao alcance de todos e para todos.
   Hoje os jovens possuem um campo maior de autodominação frente às instituições do denominado mundo adulto onde constantemente buscam alcançar cada vez mais seus objetivos e com isso, eles vivem com mais intensidade. Há de se levar em consideração que as representações sobre a juventude, os sentidos que se atribuem a esta fase, a posição social, o tratamento que lhes é dado ganham contornos particular significativo no contexto social, histórico e cultural, distintos, fazendo da juventude ao mesmo tempo uma condição social e um tipo de representação onde na realidade vivem o seu tempo e sua história.
     A escola ainda tem muita dificuldade para lidar com os jovens e ainda mais com o uso das tecnologias. As múltiplas possibilidades de acessar as informações disponibilizadas no ciberespaço as quais permitem criações coletivas em rede revolucionando os processos de aprendizagens inclusive da escola onde o principal personagem é o jovem aluno que frequenta o Ensino Médio.  Professores e alunos brasileiros utilizam cada vez mais o computador e a internet em sala de aula, a mobilidades dos dispositivos móveis em prol da educação como: celulares, tabletes, smarphones e outros se tornam porta de entrada para o mundo virtual. Esses dispositivos trazem um potencial de transformação nas formas de construir o conhecimento e consequentemente ensinar e aprender. O papel do professor é fundamental, tornando-o um orientador do processo em andamento.
   Professor, aluno e humanidade em geral vivem num mundo totalmente tecnológico e o grande risco que esse mundo oferece é de que o homem deixe de pensar, racionar e questionar criticamente diante da comodidade que o avanço da tecnologia oferece atualmente para a sociedade em seu contexto. É de fundamental importância que a escola faça o seu papel que é orientar conscientemente o jovem educando no uso eficiente desses dispositivos, isto é, professores, escola e alunos em harmonia com a tecnologia.

     (Supervisora: Maria Gonçalves)
     


"SE VOCÊ NÃO SABE ONDE QUER IR, QUALQUER CAMINHO SERVE".



                

sábado, 20 de setembro de 2014

CADERNO II - JOVEM E A FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL

PARADOXO

          Quando se fala em juventude, deparamo-nos por vezes com um paradoxo:

         “O jovem no Brasil nunca é levado a sério [...]
          Sempre quis falar, nunca tive chance
          Tudo o que eu queria estava fora do meu alcance
          [...]  (Charlie Brown Jr. – Não é sério

          Por outro lado, “Todos querem ser e parecer jovens”.


     SE VOCÊ É JOVEM AINDA – CHAVES

(Refrão)
Se você é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda,
Amanhã velho será, velho será, velho será!
A menos que o coração, que o coração sustente
A juventude, que nunca morrerá!

Existem jovens de oitenta e tantos anos,
E também velhos de apenas vinte e seis.
Porque velhice não significa nada,
E a juventude volta sempre outra vez!
(Repete refrão)

E você é tão jovem quanto sente
Pode apostar: é jovem pra valer
E velho é quem perde a pureza
E também é quem deixa de aprender!
(Repete refrão)

Não diga não à vida que te espera,
Pra festejar a alegria de viver,
Pra agradecer a luz do seu caminho,
E você vai com isso entender!
(Repete refrão 2x)

Nhonho: "Olha, olha turma! O Dr. Chapatin!
É o velho mais jovem que eu conheço!"
Dr. Chapatin: "Eu não sou velho, viu!
Sou uma pessoa vivida!"
Nhonho: "É, Dr. Chapatin,
Quantos anos o senhor tem, hein?"
Dr. Chapatin: "Eu? Todos!
Mas isso não te interessa, ouviu!
Jovem ainda!"

          Assim, iniciamos as discussões de assunto de tamanha relevância. Acredito que de forma paradoxal também...afinal, o clip escolhido para assunto tão sério foi nada mais, nada menos que: CHAVES! Ou não?...

Escola  - professores - alunos “jogo de culpados”


DE QUEM É A CULPA?



          Foi organizada a simulação de um júri, tendo como réu o aluno, que tinha a seu favor um advogado de defesa e um promotor que exigia a sua condenação. Também havia as testemunhas de cada uma das partes. 
    








         A atividade propiciou muitas reflexões em relação ao tratamento oferecido aos alunos. É comum olhá-los de forma igualitária, ignorando que: “Jovens necessitam ser percebidos como sujeitos de direitos e de cultura e não apenas como ‘objetos’ de nossas intenções educativas”.



          Professora Maria do Carmo, em suas reflexões, disse que: "nós educadores temos que procurar um meio mais fácil para conquistarmos nossos educandos para a sua formação, usando seus dons, dos quais por vezes passam despercebidos por nós". 




           Professora Lea, chama a atenção que a relação entre professor e aluno é geralmente profissional: "A partir do momento que você passa a se interessar pela sua clientela, trocar ideias e informações, este intercâmbio melhora o relacionamento entre aluno e professor e dá mais subsídios para o ensino do conteúdo programático proposto no currículo".


          " Os jovens sujeitos do Ensino Médio nos trazem cotidianamente desafios para aprimoramento de nosso ofício de educar... Entre esses desafios, encontra-se a difícil tarefa de compreensão dos sentidos os quais os jovens elaboram no agir coletivo, em seus grupos de estilo e identidades culturais e territoriais que, em grande medida, nos são apenas “estranhos” (no sentido de estrangeiros) e diferem de muitas de nossas concepções (adultas) de educação (escolar ou não), de autoridade, de respeito de sociabilidade “adequada” e produção de valores e conhecimentos".


ENCONTRAMOS O CULPADO? É O PROFESSOR?...


           "Ao buscar compreender essa realidade, um primeiro passo é constatar que a relação da juventude com a escola não se explica em si mesma: o 'problema' não se reduz nem apenas aos jovens nem apenas à escola e aos seus professores. É fundamental superar a nossa tendência em achar 'o culpado' de um relacionamento problemático".

        O fracasso escolar aparece hoje entre os problemas de nosso sistema educacional mais estudados e discutidos. Porém, o que ocorre muitas vezes é a busca pelos culpados de tal fracasso e, a partir daí, percebe-se um jogo onde ora se culpa a criança, ora a família, ora uma determinada classe social, ora todo um sistema econômico, político e social. Mas será que existe mesmo um culpado para a não-aprendizagem? Se a aprendizagem acontece em um vínculo, se ela é um processo que ocorre entre subjetividades, nunca uma única pessoa pode ser culpada. Alicia Fernández nos lembra que “a culpa, o considerar-se culpado, em geral, está no nível imaginário” (FERNANDEZ, 1994) e coloca que o contrário da culpa é a responsabilidade. Para ser responsável por seus atos, é necessário poder sair do lugar da culpa.
            
   
                                      

          Para terminarmos a oficina iniciamos as discussões sobre: Jovens em suas   tecnologias, assunto esse que por vezes incomoda, devido os alunos terem mais familiaridade do que o professor.
       Se a tecnologia é considerado para muitos professores como  ameaça a autoridade, é também considerada como ferramenta educativa que facilita o diálogo entre os jovens e a escola, com práticas inovadoras. O desafio está na mediação, no diálogo e tentativa de aproximação com os jovens. 
     

          No parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE, 2011) que a fundamenta, fica explícita a necessidade de uma “reinvenção” da escola de tal forma a garantir o que propõe o artigo III, ou seja, “o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico”, e também o artigo VII, “o reconhecimento e aceitação da diversidade e da realidade concreta dos sujeitos do processo educativo, das formas de produção, dos processos de trabalho e das culturas a eles subjacentes”. 

                Os jovens devem ser  desafiados a fazer uso seguro e crítico das novas tecnologias na perspectiva de dominar os instrumentos do conhecimento e não ser dominados por elas. 
           

"Eu temo o dia em que a tecnologia ultrapasse nossa interação humana, e o mundo terá uma geração de idiotas". (Albert Einstein)



domingo, 14 de setembro de 2014

O QUE É O PACTO PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO?

    
       O Programa tem como objetivo promover a valorização da formação continuada dos professores e coordenadores pedagógicos que atuam no Ensino Médio público, nas áreas rurais e urbanas, em consonância com a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - LDB) e as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (Resolução CNE/CEB nº 2, de 30 de janeiro de 2012.

      O Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio foi regulamentado pela Portaria Ministerial nº 1.140,de 22 de novembro de 2013. Em Rondônia a FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA (UNIR) aderiu ao Pacto Nacional para o Fortalecimento do Ensino Médio lançado pelo Ministério de Educação (MEC), em parceria com a Secretaria de Educação do Estado de Rondônia (SEDUC).

     A adesão dos professores foi feita no SISMédio, sistema informatizado de cadastro desenvolvido para atender ao público do pacto. 

           Cada educador receberá bolsa mensal de R$ 200 para fazer a formação, que será presencial e desenvolvida na própria escola. Para participar, o docente deve atuar em sala de aula e estar registrado no Censo Escolar de 2013.

     Os professores cursarão dois módulos do pacto. O primeiro trata da formação comum a todos, organizada nos núcleos:
• Sujeitos do ensino médio• Ensino médio• Currículo• Organização e gestão do trabalho pedagógico• Avaliação e áreas de conhecimento• Integração curricular
           
              No segundo módulo serão abordados conteúdos das áreas do conhecimento, como ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e matemática. Os professores destinarão seis horas semanais à formação continuada. Serão três horas de aulas coletivas e três de estudos individuais.
        
         Nos últimos anos, de modo geral, pode-se assistir de forma marcante ao empenho por parte das secretarias educacionais na implementação de programas de formação continuada, preocupadas principalmente, com a introdução de múltiplas inovações curriculares e embuídas do propósito de melhoria e aperfeiçoamento das práticas pedagógicas desenvolvidas por seu corpo docente. Uma carga significativa de recursos humanos e financeiros tem sido despendida pelas instâncias públicas em projetos de “capacitação” de professores, gerando uma série de atividades de formação continuada – palestras, seminários e cursos. 

   Este Blog tem por finalidade efetuar registros dos Encontros a serem realizados na E. E. E. F; M. Aluízio Ferreira, sob orientação de Telma Rocha da Silvatendo como Formadora Regional a professora Maria Helena Rodas Catarino.