A
GESTÃO DEMOCRÁTICA ocorre na medida em que as práticas escolares sejam
orientadas por filosofias, valores, princípios e ideias consistentes, presentes
na mente e no coração das pessoas, determinando o seu modo de ser e de
fazer.
(Heloísa Lück, 2006)
Foi feita uma abordagem de cada uma das metas: atribuições, leis que regem, termos de compromisso, e outros itens pertinentes.
Foi dado oportunidade à diretora, professora Bernadete Sartori, para que falasse sobre o papel do diretor e conselho escolar.
Em seguida, foram divididas as atividades de reflexão e ação em grupos:
Grupo
I: Antônio Assis de Menezes, Cleonice de M. F. Viana, Emerson Lauro, Francisco
Chagas, Marilson Turini, Ricardo Leandro Arcari.
Com
um grupo de colegas, faça um levantamento das situações em que vocês se
sentiram excluídos (as) de decisões que afetam a vida da escola e o seu
trabalho. Qual a origem dessa exclusão (de quem ou de onde partiu)? Quais os
possíveis motivos para tal exclusão?
Faça
o mesmo para situações em que se sentiram incluídos (as) na tomada de decisões
dessa mesma natureza.
Quais
os possíveis motivos dessa inclusão? Discuta com os colegas a que conclusões podem
chegar a partir desse levantamento, tendo em vista a participação na gestão
democrática da escola. Que posturas vocês estariam dispostos a assumir frente
ao que concluíram?
Sentimo-nos excluídos quanto às reuniões do conselho escolar por não serem
divulgadas para o corpo docente na condição de público, ou mesmo para fazer
parte do mesmo. E algumas propostas de grande importância para a escola ficam
fechadas no conselho sem que os professores
não tenham conhecimento do mesmo.
Não
somos consultados em relação a decisões e sim comunicados do que foi decidido.
Percebemos que esta exclusão acontece devido ao interesse de alguns.
Sentimo-nos,
incluídos apenas nas decisões previamente dirigidas em relação a datas e
eventos na escola.
Estamos
dispostos a ter uma participação mais efetiva nas decisões escolares e nas
cobranças em relações a execução do que
foi proposto.
As
informações e comunicados da CRE, sejam compartilhadas em tempo hábil e que
essas informações sejam claras tendo em vista o bom andamento da unidade
escolar.
Participação
da equipe diretiva em relação aos profissionais da educação uma vez que o apoio
nas suas decisões é de relevância fundamental, uma vez que se sentir abandonado
o profissional se sentirá desmotivado e conseqüentemente a qualidade e o
rendimento nas aulas fica prejudicado.
Grupo
II: Professores
Claudete, Franciele, Jandira e Leandro.
Junte-se
a outros colegas e procure fazer um levantamento de situações vividas na escola
pelos participantes do grupo que poderiam ser objeto de discussões sistemáticas
e de decisões tomadas coletivamente em benefício da escola e/ou dos envolvidos.
Se esse processo de discussão e decisão coletiva não aconteceu, examine com membros
do grupo as razões pelas quais isso não ocorreu. Se, ao contrário, o processo
ocorreu, quais os resultados para a escola e para os envolvidos? E quais as
reações dos colegas? Que sugestões esse grupo poderia oferecer para que, em
novas situações ocorridas na escola, o processo de discussão e de deliberação possa
acontecer?
Disponibilizar
monitores, cuidadores no caso da falta de professores, para amenizar “bagunças”
em sala e nos arredores.
Disponibilizar
funcionários para imprimir atividades para otimizar o tempo docente. Ter alguém
para manter o equipamento funcionando.
Priorizar
o atendimento ao professor no horário de aula, pois o aluno precisa entender
que o professor tem o respaldo da gestão. A orientação precisa estar disponível
para ajudar o professor em sala.
Repensar
os tipos de alimentos comercializados na cantina e primar por alimentos
saudáveis. A cantina deve obedecer ao toque do sino.
Ter
um trabalho de acompanhamento psicológico e/ou pedagógico com alunos
problemáticos.
Precisa-se
de um acompanhamento familiar, muitas vezes, o problema do aluno tem raízes em
casa. Hoje, visam muito o trabalho docente de se esquecem que os pais são os
primeiros professores.
Grupo
III: Professoras Juliana, Berenice, Maria do Carmo, Izabel e Bernadete.
a)
Comparar as decisões tomadas pelo Conselho Escolar e a prática existente na
escola.
b)
Verificar se as decisões foram tomadas democraticamente.
c)
Verificar também se há estratégias de comunicação entre representantes e
representados.
Atividade em grupo –
caderno V
Professoras: Izabel, Juliana,
Berenice e Maria do Carmo.
Foi relatado que a comunidade em
geral escolar não fica ciente nem das pautas e nem das intervenções ou decisões.
Porém, também foi dito que em alguns casos existe a necessidade de resguardar
de conhecimento de todos alguns assuntos ficando restrito somente ao conselho e
ao interessado. Contudo, os resultados vêm aparecendo de acordo com o que se
solicita ao conselho de forma democrática.
Acredita-se
que por ser um projeto recente em Rondônia é verificada a falta de estratégias de
comunicação entre representantes e representados no sentido de consulta de
todos os interessados no assunto onde acaba ficando a critério somente dos
representantes no conselho como também uma adaptação de acordo com as
necessidades locais tanto dos critérios que precisam ser de acordo com as
necessidades da escola em questão.
Tendo
em vista a discussão algumas estratégias se fazem necessárias, uma delas são as
pautas serem, quando cabíveis, apresentadas a todos os setores da comunidade
escolar para que assim o representante não tome decisões sem consulta a
comunidade, como também abrir a sugestões citadas com antecedência.
Grupo
IV: Professoras Lea, Gláucia e Cláudia Liege
Organizar
um trabalho de conscientização dos alunos de primeiros e segundos anos em
relação à instauração do Grêmio Estudantil.
Conforme a direção orientou, a promoção da formação do Grêmio Estudantil é de responsabilidade das CREs. Eles quem virão até às escolas e formarão interessados a participarem. No entanto, o grupo identificou que se faz necessário um trabalho prévio de conscientização da legislação que rege esse colegiado. Observou-se que existem professores dispostos a orientar e acompanhar a implementação dessa parte importante também para a efetivação da gestão democrática.
Grupo
V: Maria Gonçalves, Aída Dominato, Cíntia Navarro,
Cícera Maria Félix, Tatiane Comisso, Cássia e Cláudia Lúcia.
1)
Identifiquem ações de caráter patrimonialista presentes no interior da escola
ou na relação desta com os pais.
2)
Façam o mesmo com exemplos concretos de “autonomia concedida” e autonomia
efetiva nas escolas onde atuam.
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Junto com um grupo de colegas, troquem e registrem suas experiências relativas
à forma como os pais com que têm contato se manifestam a respeito dos três
aspectos que, segundo Paro, condicionam a participação deles na vida escolar:
“a
ausência de participação pode ser atribuída a não clareza da sua importância na
gestão da escola pública. Tal falta de clareza deve ser tributada, segundo o
autor, à tradição autoritária presente na sociedade brasileira que, ‘ao fechar
todas as oportunidades de participação na vida da sociedade, em particular na
escola pública,
induz
as pessoas a nem sequer imaginarem tal possibilidade’”. (PARO, 1997, p. 58).
4
) Com base no que discutiram, proponham formas pelas quais possam ser rompidas
e superadas as práticas patrimonialistas existentes na escola, assim como
formas de articulação com os familiares dos alunos que ajudem a superar os condicionantes
que dificultam sua participação.
Verificamos
em nossa instituição que o currículo é ação de caráter patrimonialista, visto
que este já vem determinado por uma instância maior e as especificidades são
colocadas pelos professores e equipe gestora, dando aos pais o momento para
fala, mas que no fim nada é inserido, pois os projetos quando são levados ao conhecimento
já estão elaborados e muitas vezes nem é mexido.
Assim como as portarias e normas que
estão presentes na escola (como a distribuição de notas de avaliação- portaria
522) que são impostas, vem pronta da secretária da educação e mandada cumprir.
Na estrutura e organização da escola
existem leis que impõe ou restringem inúmeras situações que são impostas, nem
gestores conseguem mudar, como: número de alunos em sala de aula e troca de
turno pelos alunos.
No âmbito de autonomia concedida
temos o conselho escolar que a participação dos pais é acatada, colaborativa e
contam nas decisões. Na autonomia efetiva temos também algumas decisões do
conselho que são tomadas pelos pais e que o conselho toma.
Quando há participação do pai na
vida escolar do filho vemos que quase não há necessidade de chamá-lo, visto que
já existe instrução em casa. Um caso que aconteceu com um professor de
Português: tinha dois trabalhos na sala e o professor registrou no trabalho que
havia cópia da internet, a mãe do aluno que fez realmente o trabalho veio à
escola e solicitou que fosse revisto já que ela tinha ajudado o filho a fazer e
sabia que ele tinha errado por dar cópia para o colega.
Neste exemplo fica claro que quando
o pai é participativo, ele sabe onde buscar o diálogo e como fazer ensina ainda
o filho a pedir desculpa e assumir seu erro.
Vemos ainda que têm pais que não tem
comprometimento com a educação do filho. Eles não têm consciência que a escola
dá abertura para que eles participem do processo de educação dos filhos.
Ao vir à escola quando a nota dos
seus filhos está baixa, ou tem muita falta, não sabem dialogar com o professor.
Alguns pais aparecem somente no final do ano, e o filho está praticamente
reprovado e ainda vem cobrar providências da escola, ficando revoltados com o
professor ou com a escola e ainda acha que a escola está para prejudicar o
filho.
O pai é muito das vezes ausente e
fica querendo encontrar um culpado ao fracasso do filho, e dele como pai que
não cobra responsabilidade do filho, preferindo delegar e culpar a escola desse
fracasso.
Para superarmos este impasse
precisamos incentivar mais a participação dos na comunidade escolar, melhorar a
comunicação entre escola e comunidade, mostrar ao pai que o maior compromisso
com a educação de seus filhos ainda é da família, chamar os pais à
responsabilidade e compromisso, mostrar que a escola é parceira e não inimiga
ou adversária.
As discussões foram muito proveitosas, ao final delas a diretora pediu a palavra e disse, dentre as reivindicações dos professores, o que é possível atender. Reconheceu alguns pontos que precisam ser revistos e pediu aos professores que continuem contribuindo para o bom andamento da escola.
Refletimos também sobre: O Prêmio Gestão Escolar que é um reconhecimento a projetos
inovadores e gestões competentes na educação básica do ensino público
brasileiro. O objetivo da premiação é estimular que escolas públicas mostrem o
desenvolvimento de suas gestões, além de incentivar o processo de melhoria
contínua na escola, pela elaboração de planos de ações, tendo como base uma
autoavaliação. Ficou o incentivo para que lutemos pela melhoria na qualidade da educação oferecida em nossa escola.
O segundo momento, a professora Rosângela, diretora pedagógica, trouxe as seguintes bordagens em relação ao Projeto Político Pedagógico:
- Análise do conteúdo do PPP
- Reflexão sobre o ambiente em sala de
aula
- Postura docente
- Estratégias
Iniciou com perguntas relacionadas
com perguntas diversas, por exemplo:
data de criação da escola, o porquê do
nome, entre outras.
De forma dinâmica também instigou para ver se era do conhecimento dos professores os valores que compõem o nosso PPP.
Foi visível que o teor do documento não era do conhecimento da maioria, apesar de que no início do ano é feita a reformulação coletiva. Percebe-se que o tempo disponível para isso não é suficiente, assim a diretora sugeriu que cada professor tenha salvo o material todo para que possa recorrer a ele sempre que se fizer necessário.
As atividades referentes às reflexões sobre o PPP encerram-se com uma dinâmica bem divertida, em que foi preciso a união de todos para conseguir o que foi proposto, mostrando assim que não deve ser diferente no ambiente escolar.
Os desafios da prática:
a gestão democrática da escola
pública entre o proposto e o realizado.
- A
razão de ser da educação é a constituição de sujeitos sociais.
- - O
aluno não pode ser reduzido a condição de mero consumidor ou expectador.
- O
aluno é sujeito e razão de ser do processo educativo, deve participar das
atividades que aí se desenvolvem (Paro, 2002).
"A sala de aula é um
espaço de ações pedagógicas que devem valorizar a auto-organização, o trabalho
cooperativo e a problematização como estratégia
básica para a aprendizagem”.
DIALÓGICO E COOPERAÇÃO: “Ampliam as
capacidades humanas e se constroem a democracia e o espírito colaborativo entre
os discentes”.
Após as reflexões passamos a fazer as avaliações obrigatórias que contaram com a solidariedade dos colegas que já haviam feito.
O nosso grupo é tão abençoado que temos uma mascotinha, filhinha da Mestre Juliana Bessa. Faz a formação não visando a pequena gratificação concedida, visto não ter direito, mas para aquisição de conhecimentos. Quando o objetivo é crescer profissionalmente não existem desculpas, mas arrumam-se soluções. Foram vários encontros com a presença de Isabela, que enquanto a mamãe estudava fazia seus desenhos, brincava com suas bonecas, montava seus joguinhos...
Concluo minhas considerações relacionadas ao estudo do último caderno da primeira etapa, com a seguinte reflexão:
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