Avaliação: Prêmio ou Punição?
Tratar do assunto Avaliação remete a um olhar em relação ao que se diz e ao que de fato se pratica. Paulo Freire diz que:
“ É preciso diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, até que num dado momento, a tua fala seja a tua prática.”
Os estudos giraram em torno da Avaliação em seu processo completo:
1. Avaliação
educacional;
2. Avaliação
da aprendizagem;
3. Avaliação
e taxas de rendimento;
4. Avaliações
externas.
PARA LUCKESI:
A
avaliação educacional, em geral, e a avaliação de aprendizagem escolar, em
particular, são meios e não fins, em si mesmas,
estando assim delimitadas pela teoria e pela prática que as circunstancializam.
Desse modo, entendemos que a avaliação não se dá nem se dará num vazio
conceitual, mas sim dimensionada por um modelo teórico de mundo e de educação,
traduzido em prática pedagógica. (LUCKESI, 1995, p. 28).
Assistimos a um vídeo muito bom de LUCKESI:
http://www.youtube.com/watch?v=JqSRs9Hqgtc
O caderno aborda de forma clara e objetiva que o desafio da escola é o de:
[…]
consolidar uma nova cultura de avaliação associada ao sucesso de todos os alunos, vinculada ao trabalho coletivo e ancorada em técnicas, instrumentos e procedimentos pelos quais cada aluno seja avaliado em relação a si mesmo e, simultaneamente, em relação aos colegas, fixados os critérios de um resultado satisfatório para todos.
A avaliação educacional deve pautar-se:
Cada um de nós, profissionais da educação, devemos entender que:
“...todas
as pessoas são capazes de aprender e de que as ações educativas, as estratégias
de ensino, os conteúdos das disciplinas devem ser planejados a partir dessas
infinitas possibilidades de aprender dos estudantes”.
Inegável que isso é grande desafio!
Para um maior aprofundamento nesse assunto tão importante para a formação estudantil os capítulos do caderno VI foram estudados em grupos e na sequência socializados. A seguir, alguma considerações de alguns grupos:
Grupo
I
• Quais têm sido os maiores desafios no campo da avaliação
educacional?
*Qualidade educacional
sobreponha à quantidade.
* Elaborar
questões que envolvam
o cotidiano do aluno.
* Critérios que
contemplem os
educandos na sua totalidade e
individualidade.
Professores:Antonio Assis,
Émerson Lauro e Francisco
Chagas.
O grande desafio tem sido avaliar o
aluno em todas as suas competências, verificar e medir a aprendizagem de trinta
a quarenta alunos por sala, com dez a treze turmas, sendo que cada educando tem
potencial diferente de aprendizagem. Por
fim, transformar esse resultado em números para estatísticas, levando em conta
a quantidade e a qualidade do aprendizado. Dentro dessa proposta, os
profissionais encontrarem viabilidade para tal missão.
Professoras: Jandira, Berenice e Lea
O desafio é nivelar o que o aluno tem em sua bagagem com o que vai ser
avaliado. Eles possuem uma dificuldade enorme no que tange à interpretação das
questões e quando percebem como é a resolução se surpreendem com o resultado.
Precisam de um empurrão. O jovem não gosta de ser avaliado porque não consegue
assimilar conteúdos e por mais que façamos avaliações diárias, eles (os alunos)
não se importam com o resultado deste tipo de avaliação, querem a tradicional
prova, mas querem uma prova “fácil”, que não exija muito apreço da parte dele.
Em contrapartida o sistema avalia a escola, estrutura, professores, o sistema
quer que avaliemos constantemente, não só o conteúdo programático, mas sim suas
habilidades e competências. Mas, como exercitar habilidades e competências, sem
cobrar e ensinar conteúdos que caem em provas de ENEM, vestibulares, concursos
e olimpíadas? O professor da rede pública, não tem tempo hábil para preparar
avaliações que condizem com as habilidades de cada um dos alunos, porque o
tempo todo é sugado até o último suspiro. É preciso ensino de qualidade, mas
pra ter esse ensino, são necessárias condições de trabalho. Professora: Franciele
• Qual sua concepção de avaliação e como ela se constituiu
na sua trajetória docente?
* A avaliação é um processo contínuo e
processual levando em conta a competência e habilidade de cada um, através de
exercícios escritos, pesquisas, provas objetivas e subjetivas.
* Utilizo a avaliação da mesma maneira
que fui avaliado. Crio avaliações com o objetivo de preparar os meus alunos
para o ingresso ao ensino superior (ENEM). A atividade docente cresce de acordo
com as políticas voltadas para a educação, uma vez que o conhecimento dar-se-á pela
iniciativa e busca pessoal de aperfeiçoamento pessoal e profissional.
Professores:Antonio Assis, Émerson Lauro e Francisco Chagas.
A avaliação é a
sondagem da aprendizagem. Essa sondagem pode ocorrer de várias formas:
subjetiva, objetiva, oral, participativa e produtiva e não deve servir como
meio de eliminação e sim como um processo de verificação e enriquecimento do
sujeito na aprendizagem e ao mesmo tempo servir de parâmetro para docentes e
discentes.
Professoras: Jandira, Berenice e Lea
Eu avalio conteúdos trabalhados, levo em consideração o raciocínio do
aluno e tento entender o que o aluno queria dizer com aquela resposta. A minha
trajetória docente, que não é tão longa assim, ainda não me levou pra algo
muito diferente do que eu já pensava quando saí da faculdade. Avalio o discente
em sala de aula, se ele busca entender, se interage, se esforça e pelo menos
tenta. A nota condiz com o aproveitamento do mesmo em sala. Professora: Franciele
Grupo
II
• Em
consulta ao projeto político-pedagógico e aos planos de ensino (aos quais você
possa ter acesso) de sua escola, procure identificar os seguintes elementos:
• Definição
(ões) de avaliação da
aprendizagem encontrada(s).
• Quais
os instrumentos e
procedimentos mais utilizados.
• Critérios
para atribuição de
notas ou conceitos e de aprovação.
• Instâncias
e participantes para
definição da situação de cada aluno ao final do ano letivo.
• Outras
observações que
considere relevantes para a discussão de avaliação da aprendizagem.
Ocorre de forma diagnóstica, sistemática,
cumulativa.
Trabalho em grupo em sala de aula com: Debates seminários, trabalho extra classe, pesquisa e avaliação escrita.
Avaliação ocorre conforme a portaria 0522/2014.
- Se expressa em notas em escala de 0 a 10.
- Atividade em classe - AC 3.0 ( pontos ).
- Atividade extra classe - AEC 2.0 ( pontos ).
- Avaliação escrita - AE 5.0 ( pontos ).
A equipe gestora em consonância com os professores em conselho de classe, reúnem-se bimestralmente para analisar os resultados, as circunstância do processo de ensino aprendizagem do aluno, zelando sempre pela qualidade do ensino aprendizagem desses, conforme o plano apresentado no projeto político pedagógico.
Trabalho em grupo em sala de aula com: Debates seminários, trabalho extra classe, pesquisa e avaliação escrita.
Avaliação ocorre conforme a portaria 0522/2014.
- Se expressa em notas em escala de 0 a 10.
- Atividade em classe - AC 3.0 ( pontos ).
- Atividade extra classe - AEC 2.0 ( pontos ).
- Avaliação escrita - AE 5.0 ( pontos ).
A equipe gestora em consonância com os professores em conselho de classe, reúnem-se bimestralmente para analisar os resultados, as circunstância do processo de ensino aprendizagem do aluno, zelando sempre pela qualidade do ensino aprendizagem desses, conforme o plano apresentado no projeto político pedagógico.
Professoras: Claudete da Silva Reis, Cíntia Navarro,
Maria Gonçalves de Almeida Cândido e Maria do Carmo Amaral
-
Definição de avaliação da aprendizagem encontrada.
Diagnóstico
do ensino-aprendizagem. Também é uma pesquisa de resultado produzido, é um
indicativo do que o aluno aprendeu. A função dela é garantir o sucesso do
aluno.
-
Instrumentos e procedimentos mais utilizados.
Na avaliação da aprendizagem do
estudante o professor utiliza procedimentos e instrumentos diversos, tais como:
a observação, os registros individuais e coletivos, os portfólios, exercícios,
entrevistas, provas e testes adequados a faixa etária e as características de
desenvolvimento do educando, utilizando a coleta de informações sobre a
aprendizagem dos alunos como diagnóstico para as intervenções pedagógicas
necessárias.
-
Instancias e participantes para definição da situação de cada aluno ao final do
ano letivo.
Após o final do processo de
ensino-aprendizagem ao estudante que
ainda não apresentou domínio dos conteúdos necessários a continuidade do
processo escolar será garantido estudos contínuos de recuperação por meio de intervenção pedagógica-
processual IPP durante todo período letivo e recuperação semestral. Mesmo assim
se não conseguir a media 6.0 para aprovação, o conselho de professores se
reunira para decidir sobre a aprovação ou retenção do mesmo.
- Outras observações que considere relevantes
para a discussão de avaliação da aprendizagem.
A
avaliação tem que ter sistematicidade, tem que mapear os resultados e trabalhar
com as deficiências, tem que ser compatível entre os explicado e o cobrado.
Professores:
Aida Dominato Gonçalves, Cícera Maria Felix de Figueiredo, Izabel Ferreira da
Silva e Leandro Coelho de SouzaGrupo III
•A partir de dados e
taxas de rendimento de nossa escola, o que eles revelam?
•Na avaliação
institucional de sua escola, como têm sido abordadas as avaliações externas e
como têm sido utilizados seus resultados?
•Existe algum tipo de
atividade voltada para essas avaliações? Como, por exemplo, organização de
simulados, laboratórios ou espaços de diálogos?
•Os alunos fazem
comentários sobre o Enem? Se afirmativo, em que perspectiva?
•A organização dos
planos de ensino, de alguma forma, tem levando em conta as matrizes de
referência do Enem?
Alunas: Tatiane comisso,
juliana bessa e glÁucia lemos.
A partir dos dados
obtidos em 2012 e 2013 verificamos que o índice de aprovação de nossos alunos
do ensino médio houve variações, como: no regular vespertino temos uma queda no
índice de aprovação 93,6 para 89,8 nas
três séries; enquanto no abandono melhorou 8,5 para 5,4.No regular noturno as
médias de aprovação subiram (82% para 91,3%), já as taxas de abandono foram
maiores (21, 4% para 35,3%).
No EJA houve variações
em cada série no 1º ano uma queda significativa de aprovação (86, 4 para 65, 4)
e o abandono piorou de (47,9 para 51,4). No 2º ano houve uma queda de aprovação
de (87,1 para 77,8) já no abandono houve uma considerável queda de 37, 6 para
18, 2. E no 3º ano o índice de aprovação cresceu de 87, 2 para 94,8 % e
abandono diminui de 29,1 para 10,5%. Vimos então que há maior variação no EJA.
Nesta modalidade de ensino temos uma clientela diversificada e que requer com
isso uma avaliação/trabalho diferenciado com demonstração na prática vimos que
obtivemos um bom resultado a partir desta nova abordagem. Já no regular
vespertino com a mudança de perspectiva dos alunos na inserção do mercado de
trabalho e na perspectiva de reajustar horários, tarefas houve queda na
aprovação, mas uma melhora no abandono com a conscientização e estimulação em
relação aos estudos.
Através dos gráficos
foi possível notar a necessidade do plano de intervenção para as turmas de 3º
ano na disciplina de Língua Portuguesa.
A reflexão nos mostrou uma queda de 5% no nível adequado. Em busca de
solucionar essa carência os agentes que diretamente fazem parte da comunidade
escolar foram adquiridos obras literárias, filmes, documentários e livros
paradidáticos, retomando a execução de projetos como: leitura na escola,
simulados com ênfase no ENEM. Buscando a conscientização do aluno através da
socialização valorizando o crescimento intelectual com ações de reconhecimento
do seu desempenho promovendo certificados para alunos destaques.
Nos dados obtidos na disciplina de Matemática obtivemos média abaixo
do básico para os 1º ano 51,3%, proficiência, participação adequado e padrão de
desempenho. Para os 2º ano foi obtido básico
49,1%. Nos 3º ano obteve-se o básico com 58,3%.
A partir dos dados revelados pelas avaliações a escola
estabeleceu uma situação de intervenção. Aquisições de obras, vídeos aulas, intensificarem
aulas praticam no Laboratório Computacional e simulados.
No
regular noturno houve melhora na aprovação, mas em compensação o abandono foi
maior. Mesmo com conscientização não conseguimos amenizar o abandono neste
período. Os alunos já a partir do 2º ano começam a buscar informações sobre
como preparação nesta série. Enquanto
alguns alunos do 3º ano (aqueles que buscam até mesmo reforço com professores
para ajuda-lo na prova do ENEM. A escola busca oferecer simulados durante o
ano, tem o PROEMI que nós 1º e 2º ano
que buscar sanar as dificuldades existentes de anos anteriores e fortalecer a
base pro ENEM. Já os professores voltam atividades e conteúdos para esta prova
assim como outras avaliações externas.
Em relação ao Ideb, observa-se que estamos inseridos em um contexto em que se faz necessário progredir.
Em relação ao Enem, observa-se que houve o aumento no número de participantes, mas as notas estão muito baixas. Observa-se que na Redação nossos alunos se encaixam no maior percentual, mas em sua maioria de nível insuficiente para o ingresso às universidades.
Há projetos, para o ano de 2015, que o PROEMI contemple também os terceiros anos, assim poderemos proporcionar aos alunos oficinas de produção de texto para melhor preparará-los.
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