CADERNO IV- ÁREAS DE CONHECIMENTO E INTEGRAÇÃO CURRICULAR

       Todos os cadernos apresentaram seus desafios, mas o IV para mim foi o que exigiu mais estudos e mais pesquisas, visto tratar da efetivação de todos as propostas vistas no decorrer da formação. Desde o primeiro caderno foi apresentado que o desafio da atualidade não pode centrar-se exclusivamente nos conteúdos voltados para o acesso ao ensino superior, quer seja o  vestibular ou o ENEM, tampouco o foco pode ser a formação instrumental para o mercado de trabalho, centrada na lógica das competências para a empregabilidade. Ambas são mutiladoras do ser humano. Ambas são unilaterais ao invés de se apoiarem na omnilateralidade (formação integral do ser humano, desenvolvido em todas as suas potencialidades, por meio de um processo educacional que considere a formação científica, tecnológica e humanística, a política e a estética, com vistas à emancipação das pessoas).

        Assim, é visível que a forma que a educação tem sido praticada torna-se distante de tal objetivo. Os números mostram que na atualidade a qualidade da educação brasileira é frágil, ocupa posições vergonhosas. É hora de pararmos de acharmos culpados e fazermos o que puder ser feito dentro da realidade na qual estamos inseridos. 

          Iniciamos com a seguinte reflexão:

“Seriam as estruturas lógicas das disciplinas a melhor forma de promover uma formação que leve ao desenvolvimento humano integral dos nossos estudantes”?

          


 Analisamos a tirinha e o vídeo: Escolas Democráticas.

            Na sequência, através de slides foi feita uma abordagem geral dos capítulos. 

             

        Analisando as críticas feitas em relação ao despreparo dos alunos e observar que a organização por área é apresentada como uma das causas, torna-se motivo de grande preocupação, uma vez que nossos planos já apresentam há alguns anos tal metodologia, mas  na prática nem isso temos conseguido efetivamente. 

             

    O caderno na página treze diz que: "As disciplinas escolares, quando consideradas apenas como acervos de conteúdos de ensino, isoladas e desprendidas da realidade concreta da qual esses conceitos se originaram, não permitem que o processo de ensino e aprendizagem redunde efetivamente na compreensão da realidade pelo educando".

       As novas DCNEM nos dão pistas nesse sentido, ao apontarem as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como eixo integrador entre os conhecimentos de distintas naturezas, contextualizando-os em sua dimensão histórica e em relação ao contexto social contemporâneo.

        São apontados dos caminhos para aproximação das diferentes áreas do conhecimento das diferentes áreas:

• O trabalho como princípio educativo: Uma prática pedagógica significativa com análises do mundo do trabalho (sem reduzi-lo apenas ao espaço onde ocorre o trabalho assalariado), que incluam a sua cultura, os conflitos nele existentes e suas vinculações aos projetos societários em disputa, suas implicações sobre a natureza, os conhecimentos construídos a partir do trabalho e das relações sociais que se estabelecem na sua produção. 
• A pesquisa como princípio pedagógico: Formar pessoas para produzirem novos conhecimentos, compreender e transformar o mundo em que se vive, visto que potencializar a relação entre o ensino e a pesquisa contribui para desenvolver, ao longo da vida, entre outros aspectos, as capacidades de interpretar, analisar, criticar, refletir, rejeitar ideias fechadas, aprender, buscar soluções e propor alternativas, potencializadas pela investigação e pela responsabilidade ética diante das questões políticas, sociais, culturais e econômicas.

       Assistimos ao vídeo o que é científico para refletirmos sobre o olhar em relação aos conteúdos pertinentes à formação humana integral:

        

       

       Na sequência assistimos ao filme: O triunfo, que foi analisado a partir de dois questionamentos:

1) A Atualização, a formação continuada, é crucial para o aprimoramento das práticas pedagógicas do docente. O aluno diante de um profissional qualificado não terá outra saída senão a de ouvir, refletir e discutir suas ideias com seu professor.  Por que o educador saberá se colocar diante do aluno como uma figura que prima pelo desenvolvimento dele e não pelo seu fracasso.  Não haverá indisciplina eterna se o professor souber mediar o conteúdo a seu aluno, e incutir nele valores fundamentais para a convivência harmoniosa na sociedade. Faz-se necessário saber mesclar as doses certas de "amor, afetividade e autoridade".

Concorda ou discorda com tais afirmações? Teça argumentos em favor do ponto de vista.

            

     Diante do exposto, percebe-se a veracidade dos pressupostos apresentados, contribuindo de uma maneira geral para o bom andamento do processo escolar.

      O professor despreparado pelos cursos de formação sofre um choque com a realidade, pois quando o profissional não se sente preparado no cumprimento de seus deveres como – planejar, ensinar e fazer com que a maioria adquira conhecimento vai responsabilizar fatores externos direcionando justamente para os lados mais frágeis do sistema.

   Há uma necessidade primordial que o professor do século XXI tenha conhecimentos teóricos além das disciplinas a que se propõe ministrar e uma gama diversificada de práticas de ensino.

     Ser professor atualmente é necessário desenvolver os conteúdos de modo contextualizado, globalizado e diversificado o suficiente para envolver os alunos num projeto de ensino aprendizagem capaz de despertar interesse e motivação, contemplando as necessidades individuais num trabalho coletivo de construção do conhecimento.

      Para Morin (2006) os saberes desunidos, divididos, compartimentados são inadequados, as necessidades das realidades ou problemas apresentam-se cada vez mais multidisciplinares, transversais, multidimensionais, transnacionais, globais e planetários que estamos vivendo.

      Nesta perspectiva, a educação do futuro precisa dominar a complexidade do global, perceber que o todo tem qualidades ou propriedades que não são encontradas na unidade isolada que por vezes  descaracteriza-se, quando separada do todo.

        É preciso efetivamente recompor o todo para conhecer as partes.

    Conclui-se que a educação do futuro deverá ser o ensino primeiro e universal, centrado na condição humana que coloca o ser humano contextualizado no universo e ao mesmo tempo reconhece a diversidade cultural a tudo que é humano.

    O ensino do futuro deve saber cuidar desse princípio de unidade e diversidade humana em todas as esferas: individual, social e cultural.

        A missão da educação do futuro é ensinar a compreensão entre as pessoas como condição e garantia de solidariedade intelectual e moral da humanidade.

      Então, percebe-se que o professor deve trabalhar para a humanização da humanidade desenvolvendo a ética da solidariedade, da compreensão, do respeito à diversidade individual promovendo a consciência antropológica, ecológica e espiritual da condição humana e para tanto precisa desenvolver a inteligência geral que favorece o pensamento complexo com um trabalho pedagógico de conteúdos interdisciplinares, contextualizados e globalizados.

       Enfim, é necessária uma formação que assegure práticas coerentes com os princípios que visem à transformação do sistema educativo e a inclusão dos novos desafios que dele decorrem. Uma formação que conceba o saber e que valorize as características específicas do processo de ensino e aprendizagem.

Professora: Cláudia Leitão.

     A formação tanto intelectual quanto humana está nas mãos dos educadores, pois esses têm, ou melhor, deveria ter o dever e a capacitação para ensiná-los. No entanto essa realidade está longe de ser alcançada em nosso país.

     Sabe-se que o papel do educador vai muito além de passar conteúdo para o aluno, antes de tudo um ser humano precisa entender o porquê está em uma sala de aula, ter em mente seus objetivos e ser acima de tudo um bom cidadão. Porém quando o professor se depara com as situações adversas no dia a dia sente-se tão incapaz que às vezes pensa até em desistir, visto que sua vontade é transformar e não conformar com a situação.

     Entende-se também que um profissional depende de outros para desenvolver um bom trabalho, ou seja, é preciso capacitação de todos os profissionais da área para desenvolver um bom trabalho, mas capacitação na formação humana e não somente em uma disciplina ou em qualquer setor.
     Por isso, a formação continuada tanto de professores quanto dos demais profissionais da escola é indispensável, mas para alcançar essa interação depende de muito esforço por parte dos educadores, de toda sociedade e apoio dos governantes, podendo iniciar com atitude de cada um de nós.

Professora: Jandira Job

         2) O filme aborda as diferentes formas de aprender se assemelhando as Inteligências Múltiplas de Howard Gardner . Cada um aprende de forma diferente, porque cada pessoa é diferente e com talentos diferentes. Há momentos no filme que “ todos somos estrelas e que só precisamos de um espaço para brilharmos”.

A escola está preparada para tal desafio? Qual o caminho para a mudança? Aponte aspectos que sejam mais significativos.

Não sei. Acho que é enxergar cada aluno como um ser “humano” individual, que tem problemas, sua vida. Investigar o porquê cada aluno desiste de estudar ou viver “corretamente”. O filme ressalta o espírito desafiador do professor que não teme enfrentar a sala. Cada aluno no filme tem sua vida e seu jeito, sua maneira de aprender e precisa de uma “mágica” diferente, na verdade cada aluno é um desafio e a educação, ser professor é para poucos. Apenas pra quem tem vocação, porque educar, e/ou ensinar é um desafio.

Professora de Biologia: Franciele

O professor de Matemática, Marilson fez o seguinte comparativo:

• As salas de aulas, do filme, estavam separadas por nível de conhecimento (notas) dos alunos.
• As nossas salas, por enquanto, não. Temos alunos com boa aprendizagem juntos com alunos que não têm um compromisso com a sua educação.
• O professor era itinerante, ou seja, não tinha vínculo empregatício com a escola.
• Nós somos, por lei, atrelados ao serviço público, quase com dedicação exclusiva.
• O professor só era responsável apenas por uma turma.
• Nós, por outro lado, temos várias turmas com diferentes dificuldades.
• Ele conseguia trabalhar vários conteúdos de disciplinas diferentes na mesma turma.
• Aqui cada professor tem sua área de atuação, dificultando o entrelaçamento multidisciplinar.
• Lá, o professor consegue visitar cada família dos seus alunos.
• Já aqui, o professor, por lei, não pode chamar os pais dos alunos sem primeiro, comunicar seu superior imediato.

A professora de Geografia, Aida Dominato, assim se posicionou:

É visível até para os leigos, ou seja, não é necessário ser um especialista para saber que a escola de hoje não está preparada para tal, pelas razões:

1º No filme ele possuía apenas uma turma, mais fácil de se acompanhar, do que o grande número de turmas do professor do ensino médio da atualidade.

2º O excessivo número de atividade que o professor tem que realizar e projetos a participar,etc,etc,etc.......é uma infinidade de atividades  a desenvolver e corrigir que muitas vezes não sobra tempo nem de conhecer o aluno superficialmente, quanto mais ir a casa do mesmo como no filme mostra.

3º Seria necessário todo um suporte técnico ao professor, com pessoal especializado como por exemplo, assistente social para fazer visitas as famílias, psicólogos para acompanhar casos de violência sofrida pelos jovens, conflitos familiares, traumas, drogas(uso pessoal, ou familiares)etc. Todos estes, além de outros não relacionados, interferem na aprendizagem.

4º O professor também possuía sua sala e era os alunos que se dirigiam para lá, assim ele tinha mais condição de organiza – lá com antecedência conforme a necessidade. Do jeito que está fica difícil prepará-la com atividades diferenciadas com antecedência(ex:sala ornamentada).

5º Ao final do curso  os que mais se destacaram nas diversas áreas,  eram premiados.Na escola de hoje  dizem que isso não é bom , para não incentivar a concorrência. O que a escola de hoje poderia fazer é, quando perceber algum destaque, que existissem bolsas remuneradas disponíveis para que os mesmos fossem direcionados,  tanto para universidade, quanto ao mercado de trabalho.

6º Sem investir no professor  com  incentivos para capacitação, como é o exemplo do SisMédio, além da diminuição da carga horária, para dar condição ao mesmo, de preparar melhor suas aulas, pesquisar, se atualizar, capacitar-se, fica complicado exigir mais de um profissional, já tão cobrado e sacrificado como é o professor. 

      Foi proposta a atividade relacionada ao filme: Ponto de Mutação.

    Como parte integrante desse processo educacional como podemos mudar para transformar a escola de hoje? Como integrar numa proposta curricular as diversas áreas de conhecimento que visem à formação do meu aluno como um todo? Responda a essas questões após assistir ao trecho do filme: Ponto de Mutação. 

Mudar nunca foi e nunca será algo fácil, pois todo ser humano tem seu próprio pensamento e costumes. Por isso, penso que o começo deve partir da conscientização dos profissionais da educação. Em relação á integração das áreas de conhecimentos, é preciso realizar um grande projeto e neste incluir todas as instâncias da educação, proporcionando cursos em todas as escolas. Ainda, fazer com que isso aconteça e, todo país e ao mesmo tempo. Os currículos deverão ser feitos com acompanhamento de toda comunidade: professores e  alunos, visto que saber a realidade dos nossos alunos é essencial para desenvolver um trabalho adequado para os mesmos. Somente tomando os cuidados necessários, a escola poderá progredir para alcançar bons resultados.

Professora de Língua Portuguesa: Jandira Andrade Job

Reestruturar é preciso! Este é o lema para integrar o currículo e a formação integral do aluno. Assim, como o filme sugere um novo olhar, devemos refletir sobre a prática de nossas atividades cotidianas direcionando para que estabeleça com o conhecimento dos nossos alunos, visto que esses não são “esponjas” que estão ali para absorver o que lhes é passado, mas também para juntos criarmos conceitos, levá-los a experimentar e aguçar o conhecimento. Para que isso aconteça temos que dialogar entre os profissionais para selecionarmos melhor os conteúdos e criarmos elos de ligação para as matérias dialogarem e se integrarem. Chamar também os alunos para dialogarem, falarem seus pontos de vista, ter um feedback do ensino aprendizagem e verificar o que precisa ser fortalecido. Além é claro de reestruturarmos a escola para que se tenham salas ambientes e profissionais que atendam alunos, pais e professores de maneira digna e completa (psicólogo, fonoaudiólogo, assistente social, entre outros). Somente assim, poderemos integrar o currículo para formar nossos alunos de forma integral.

Professora de Língua Portuguesa: Tatiane Comisso

Nos dias atuais, um dos assuntos mais discutido na sociedade brasileira é a questão da educação e o papel da escola na formação do cidadão. Diante de uma sociedade individualista em que vivemos é um desafio resgatar os valores morais, o respeito pelo ser humano e o comprometimento coletivo. Verificamos que algumas disciplinas como Sociologia, Filosofia e Religião, trabalham com temas para direcionar, mas é pouco, todos têm que estar inseridos num contexto. Independente da disciplina seja Matemática, Português, Geografia, História, Ciências, teria que ser inserido no currículo conteúdos para estimular o aluno a dar valor no aprender, como uma necessidade di dia-a-dia. Como proposta curricular inserir também a formação que mostre que um bom cidadão tem que ter e ser bons pais, e mães, porque eles terão famílias e filhos. Diante de tudo o que é estudado durante a vida a disciplina mais utilizada é ser pai e mãe, assim poderia tentar mudar a sociedade para melhor.

Professora de História: Lea Sassamoto

Primeiro mudando meu conceito de Educação, segundo, mudando o foco, em vez de focar só na teoria, valorizar também a prática para a mudança da percepção do aluno, conscientização que, se mudar seu jeito de ver o mundo, um novo mundo ele verá.

Professor de Matemática: Marilson Turini

Para que o aluno cresça em sua plenitude é necessário que ele se desenvolva mentalmente, fisicamente e socialmente. A escola de hoje só terá mudanças a partir do momento que passarmos a vê-la de maneira mais humanizada, pois afinal, são seres humano que estão e fazem parte dela. Acredito que uma proposta que viria de encontro é, primeiramente, a mudança do currículo e que ele fosse direcionado em modalidades diferentes para atender as necessidades dos nossos alunos. A interdisciplinaridade é de grande importância, pois hoje não temos conhecimentos isolados e sim uma complementação do saber.

Professora de Língua Portuguesa: Cìntia Navarro da Silva

O filme mostra uma visão de mundo mais integrada e isso relacionada com o estudo e com as matérias entre elas e entre a vida do estudante. Deveriam ocorrer com os conteúdos trabalhados também dentro da escola, apesar de cada disciplina ter seu nicho específico, deveria também estar didaticamente dialogando com todas as outras disciplinas, bem como relacionando os conteúdos trabalhados à realidade vivenciada pelos alunos, preparando-os tanto a vida prática quanto a iniciação da pesquisa científica e ao mercado de trabalho. Segundo concepções de autores que analisam a realidade escolar, enfoca-se que a prática pedagógica atual, tradicional, disciplinar, favorece a configuração da fragmentação do conhecimento. Então, ressalta-se a necessidade de se introduzir práticas de ensino inovadoras no sentido de reverter esse problema. Nessa perspectiva, salienta-se a prática da interdisciplinaridade como a melhor forma de diminuir a dissociação entre a realidade da escola e o seu objetivo de formar homens plenos, não se ignorando os diversos obstáculos emergentes. Hoje, no momento atual, no contexto da globalização excludente, presencia-se um avançado desenvolvimento tecnológico, científico e econômico. Os indivíduos precisam integrar-se de forma ativa e esta realidade. Porém, frequentemente, as escolas não trabalham com conhecimento que propiciem a atuação adequada ao meio, do qual o indivíduo é componente. Os conteúdos são ensinados desarticulados do cotidiano dos alunos, que não conseguem estabelecer relação entre teoria e a prática, pois as informações recebidas não apresentam relações com a realidade. A escola possui a função de integrar o educando à sociedade, auxiliando-o na construção da identidade pessoal, em detrimento de ser mecanismo de alienação. O relacionamento flexível com a comunidade favorece a compreensão de fatores sociais e culturais que se expressam na escola. Contudo, a escola deve abordar, fundamentalmente, questões que interferem na vida dos alunos e com as quais se confrontam cotidianamente. As problemáticas sociais como: ética, saúde, meio ambiente, pluralidade cultural e sexualidade, são conteúdos essenciais nas diversas disciplinas, independentes da área da disciplina. Como exposto acima, a interdisciplinaridade tem se transformado em uma ideia central para a resolução de diversos problemas, tendo em vista que o ensino interdisciplinar nasce de uma nova pedagogia, cuja tônica primeira seria a superação do monólogo e a instauração de uma nova dialógica. Observa-se então que a prática interdisciplinar tem demonstrado uma importante aliada na formação do homem uno e pleno.

Professora de Biologia: Cláudia Lúcia de Figueredo

           Em primeiro lugar não concordo com o 1º texto que diz que, a escola da atualidade não valoriza e considera a individualidade, a criatividade, a curiosidade, a habilidade ,itens fundamentais no processo ensino aprendizagem, inerentes a cada criatura, diferenciados pois, uns possuem uma, mais não outra, destaca-se nessa, mas não naquela, aliás a meu ver a escola pública, pois a particular não conheço o sistema, considera muito mais esses itens, do que mesmo o conhecimento, esse tem sido relegado a 2º plano,  o que revela tal situação é, os semi-analfabetos que  concluem o ensino médio, já que retê-los mesmo que apresentem dificuldades na leitura, interpretação e/ou compreensão de qualquer texto, contexto ou nas quatro operações matemáticas, não é possível, ou é muito difícil de acontecer.Já nas mais variadas atividades desenvolvidas em sala ou fora dela(extra classe) os  itens acima, são sim os mais valorizados e observados para que um  aluno nos dias de  hoje, seja considerado apto a prosseguir.

                     Em relação ao questionamento do caderno IV, vejo que é, cada profissional que atua na educação procura fazer o melhor, no  que está ao seu alcance, de forma responsável, buscando reavaliar-se, sempre inovar nas atividades, para acompanhar o mundo globalizado. Em relação a proposta curricular, essa integração pode continuar  através  dos projetos na qual todas as áreas atuam conjuntamente com um mesmo fim, encontros  para conciliar e desenvolver atividades, planejamento em conjunto. Diálogo entre professores, para organizar conteúdos para serem desenvolvidos em sala de aula, cursos de capacitação, onde ações conjuntas são planejadas. Buscando a análise do filme vejo que sempre existe e deve existir um jeito novo de ver as coisas, às  vezes estamos tão influenciados, na maioria das vezes, negativamente com tantos afazeres, dificuldades de resolver questões que surgem em sala de aula, que não conseguimos ver uma luz no fim do túnel, enxergamos só as dificuldades. Com um curso como o SisMédio, paramos momentaneamente nossos afazeres para refletirmos nossas dificuldades, e é ao   mesmo tempo, meio de  encontrar caminhos, refletir e discutir conjuntamente  novas perspectivas e possibilidades, para que possamos atuar em sala de aula com mais eficiência.

Realidade vivenciada atualmente: Estamos todos sobrecarregados, sentimos o peso das responsabilidades, enfrentamos desafios que muitas vezes parecem intransponíveis, sinto ao dialogar com os colegas de profissão, em todos a mesma angústia, mas ao mesmo tempo muita dedicação e compromisso de profissionais que fazem além do esperado e cobrado, temos uma jornada de trabalho que não dá para se computada em horas, só se for horas dedicação, hora esforço, horas finais de semana, horas madrugada, pois com tantas coisas que vão surgindo nem sei  mais como estamos conseguindo cumprir. Chegamos ao final do ano letivo exaustos e necessitados, precisamos refazer nossa   energia, forças, esperança, coragem mesmo para dar continuidade a uma profissão tão bonita mas ao mesmo tempo tão desvalorizada, desrespeitada, quer seja pela desvalorização  salarial, condição de trabalho, pelo aluno, pelos pais, sistema como um todo que não enxerga as nossas dificuldades e procura encontrar caminhos para nos auxiliar, vejo muito mais cobranças do que ações concretas e eficazes para nos dar o suporte necessário para que consigamos realizar um trabalho digno, mais eficiente e menos desumano(estafante,exaustivo,sem valor, essa é nossa realidade).

O que necessitamos: Melhores salários, para dedicação exclusiva.

Carga horária (a redução da mesma é crucial) condizente com tantas atribuições e cobranças.

Salas de aula com quantidade menor de alunos, para que possamos atuar melhor e acompanhar melhor a turma.

Profissionais que possam nos auxiliar(psicólogos, assistentes sociais, entre outros)

Cursos, quer seja de capacitação, na área de informática, entre outros.

Além de material de apoio ao professor sempre.

Mais diálogo entre professores das mais diversas áreas com momentos proporcionados para isso.

Assim, repensando a condição de trabalho do professor, é fundamental dar a ele, todo suporte técnico, além de valorizá-lo, primeiramente com um salário a altura de sua importância, ele terá  assim o necessário para  que, possa atuar nas dificuldades  enfrentadas  na atualidade,assim o professor conseguirá desenvolver seu trabalho  a contento. Se tal não for feito, não creio que a grande maioria consiga desenvolver seu trabalho do jeito necessário, pois o professor já faz o suficiente ou pelo menos o que é possível dentro de suas possibilidades. E exigir além, sem dar o suporte necessário, é dar uma sobrecarga de responsabilidade a alguém que já se encontra tão sobrecarregado. 

Professora: Áida Dominato.

A grande mudança se dá no íntimo de cada um de nós. Precisa-se de coragem e determinação.

Apesar de todas as dificuldades impostas pelo sistema que nos impera, as mudanças estão presentes, na sociedade que vivemos. Portanto, devemos participar como fosse nossa estrutura óssea procurando em cada detalhe questionar e criticar, mas sem deixar de participar.

Para que, a mecânica educacional aconteça, é necessário ter uma visão do ambiente em que vivemos. É óbvio ter acesso às informações que nos rodeiam se fez necessário. Estar preparado é a pedra fundamental dos docentes para as mudanças que estão diante de nossos olhos se tornem realidade. O compromisso de cada um nós, é levar a uma imensa onda construtiva em prol de uma educação inclusiva, humanizada e qualificada para o nosso país.

PROFESSOR: FRANCISCO DAS CHAGAS       

         Como última atividades relacionada aos estudos do caderno IV, o grupo decidiu que neste fim de ano será possível fortalecermos um projeto que já existe há alguns anos em nossa escola: Aluízio Solidário. No entanto, verificamos que seu objetivo original se perdeu ao longo dos anos, devido a falta de envolvimento nosso nas propostas. Sendo assim, decidimos que a escola toda: funcionários dos diferentes setores, professores, alunos e pais estaremos neste fim de quarto bimestre direcionando nossos olhares além de "nossos umbigos".

            A seguir, segue a metodologia das atividades:

Lançamento do Projeto para os professores e funcionários que compõem cada equipe:

• Passar o vídeo: Contagie-se, acredite na bondade;
• Ler e refletir sobre um texto que trata de solidariedade, fraternidade e amor ao próximo (em anexo);
• Apresentar a metodologia do projeto, componentes da equipe e escolher um aluno de cada sala que comporão a liderança;
• Solicitar a cada funcionário que colabore com um brinquedo e faça a coleta de mais cinco.

            Lançamento do Projeto para os alunos:

• Em dia e horários definidos em cronograma, passar em todas as turmas e turnos o filme gerador do tema: A cura;
• Saída da sala com um professor para ler e refletir sobre um texto que trata de solidariedade, fraternidade e amor ao próximo (em anexo);
• Propor que cada sala pesquise uma família que será contemplada com a ajuda;
• Entregar a todos os alunos um cartão com uma mensagem que deverá ser entregue a alguém desconhecido no trajeto para casa (em anexo);
• Entregar convites aos pais e responsáveis para participarem do projeto (em anexo);
• Pedir aos alunos que coletem e tragam alimentos não perecíveis para a montagem de cestas;
• Apresentar as pessoas que compõem as três equipes
• Todas as pessoas que compõem essa instituição serão divididas em equipes por turno
• MATUTINO
•  Líderes: Lea, Silvana, Neli e Vânia (escolher dois alunos)
• Professores: Agnes, Claudete, Cláudio, Irani, Jandira, José Emílio, João, Leda, Luiza, Maria Tereza, Tatiane, Milena e Odete
• Merendeiras: Luzia e Zafira
• Secretárias: Fátima, Sônia, Luzia e Alexandra
• Zeladores: Erci, João, Mara e Iraci
• Outros funcionários: Áurea, Carmelinda, Milton, Jacira e Roseli
• Todos os alunos, pais e responsáveis dos que estudam no período matutino

• VESPERTINO
• Líderes: Karen, Lucivânia, Penha Kelly, Cláudia Liege (escolher dois alunos)
• Professores: Antônio Assis, Aida, Berenice, Cíntia, Cleonice, Franciele,  Lauro Émerson, Gláucia Lemos, Juliana, Leandro, Izabel e Odete
• Merendeiras: Maria Soares, Narcy e Tereza
• Secretárias: Antônia e Sônia
• Zeladores: Creuza,  Célia, Tereza, Joilton e Euzilene
• Outros funcionários: Sebastião, Maria Penha, Nelci, Creuza e Cleide
• Todos os alunos, pais e responsáveis dos  que estudam no período vespertino.

NOTURNO

• Líderes: Sheilla, Simone, Regina, Maria Gonçalves (escolher dois alunos)
• Professores: Cássia, Cícera, Cláudia Lúcia, Francisco Chagas, Gláucia Godinho, Genivaldo, Keila, Maria do Carmo, Ricardo Frank, Ricardo Arcari, Vilson e Marilson
• Merendeiras: Otacília, Genaide e Geneci
• Secretárias: Maria Guedes e Irene
• Outros funcionários: José Doraci, Mauri e Cleonice
• Todos os alunos, pais e responsáveis dos   que estudam no período noturno.

Os líderes definirão qual a cor de cada equipe.

     

             No decorrer da semana, cada disciplina estará envolvida na temática do projeto, conforme descrição abaixo:

•       Língua Portuguesa: Incentivar os alunos na realização de produções de poemas e paródias sobre o tema "como viver bem em sociedade".
•       Artes: Produção de cartões para serem entregues para as famílias que serão contempladas com as cestas (Ensino Fundamental) e análise da tela de Cândido Portinari: os Retirantes (Ensino Médio).
•          Geografia: Classes sociais, distribuição de renda, bairros, favelas, periferia, zona rural e zona urbana e êxodo rural.
•    História: Comparativo histórico entre o descobrimento do Brasil e a atualidade, analisando o que ocorreu para que hoje haja tanta diferença entre estados ricos e pobres, estados desenvolvidos e subdesenvolvidos e até mesmo pobres.
•      Matemática: Podem ser trabalhados, os números, as proporções, e o cálculo, raciocínio lógico e as quatro operações fundamentais. Gráfico da natalidade e mortalidade infantil nas grandes periferias; pesos, medidas, massa e volume.
•     Ciências: Principais doenças causadas por falta de alimento, tipos de doenças que ocorrem na periferia por falta de saneamento básico, esgoto e água tratada, vermes, dengue e outras doenças que aparecem na pele. Montagem de um bloco de receitas de remédios caseiros.
•            Física: Montagem de um bloco de receitas de remédios caseiros.
•          Química: Montagem de um bloco de receitas de remédios caseiros.
•       Língua estrangeira: Fornecer um texto sobre solidariedade para fazer a tradução.
•        Filosofia, Ensino Religioso e Sociologia: Ler e debater textos relacionados ao tema: Um olhar sobre a realidade.

           Nas duas semanas de duração do projeto os alunos, funcionários e pais estarão envolvidos na arrecadação de alimentos não perecíveis.

       Será organizada uma programação que envolverá: funcionários dos diferentes setores, professores, alunos e comunidade em geral para celebrar o fechamento do projeto. Nessa oportunidade, algumas produções dos alunos serão socializadas.

                   É possível que alguns de nós possamos olhar para tudo que é proposto como algo utópico, inatingível, inviável, mas: